Coleção pessoal de denodado_
O seu coração é uma casinha que nem sempre vai caber todo o mundo, mas tem que caber o máximo de pessoas que te façam crescer.
O silêncio ganhou voz quanto tu partiu e, hoje, grita dentro de mim todo o barulho que nossas noites aclamavam.
Ela tinha um jeito garotinha, feito pétalas, vivia dançando aos ventos. Alguns a achavam frágil, mas era ali que habitava a grande mulher.
Algumas saudades têm dos paradoxos mais infelizes. Por mais que queira esquecer, você sabe que vai querer morrer se conseguir fazer isto.
Às vezes, só queremos ser o próprio ar e respirar por si. Nem sempre tem a ver com o meio externo, mas sim com as coisas de dentro.
Eu gosto dos beijos da alma.
Daqueles que não se limitam aos lábios.
Daqueles que fazem até o coração fazer bico.
Esparr(amei)
o que eu (mais) tinha
Tu olhou e (à)s gargalhadas, foi embora.
Então, olhei pra (mim) e segui em frente.
Amei mais à mim.
Eu sabia que iria doer, mas não tanto. Mesmo assim eu parti.
E eu fiz tudo certo para alguém que faz tudo errado.
E a dor que eu tenho, é tudo o que eu mais queria apagar. Mas tudo o que sobrou é o que eu escondo. Eu até tento gritar a minha dor, libertar-me dela, mas vivo preso entre a voz e o eco.
A noite fria cai sobre a cidade.
Chove lá fora e aqui dentro.
Chove saudade e me afoga.
Só me resta saber por onde seu calor escapou.
Ela amava abraços apertados e duradouros.
Mas na sua solidão, ela era só um frasco de medo.
Abraços ajudam a abafar o medo, ela disse.
O amor pode ser esquecido e a vida sempre pode recomeçar.
Depois de alguns desamores, ela começou a olhar de lado para a lua.
Em multidões, era só uma perdida congelada em um vazio estrelado.
Ela sofria, mas ninguém sabia e percebia.
Ela vivia em um galpão de areias movediças, onde em seu universo, achava impossível emergir.
No seu céu, as nuvens eram carregadas de tristezas e cegavam os sorrisos que tentavam circular.
Continuamente, ela entrava em jardins pálidos, cinzentos e tão frios(outros corações) que a faziam sentir calafrios violentos até a sola do pé e, isto a causava um terrível medo.
Mas em um belo dia, ela entrou em seu quarto e pediu sinais para retornar à vida.
Retornar para o jeito que era antes, muito antes de todos os ruídos.
Aos poucos foi se encontrando e criando conforto em si. Conforto nos mantém calmos.
Em calmaria, ela entendeu "que não precisava andar tão pesada. Necessitava viver sem o peso do passado".
Então...ela foi em seu closet e colocou o vestido mais belo que tinha, passou seu batom preferido e calçou o sapatinho que ela tanto adorava.
Parou na frente do espelho, criou uma constelação de cenário e foi dançar consigo.
Deu as mãos(chance) para a vida e dançou até o coração explodir de amor por si mesma.
Deixou as tristezas para trás, permitiu um sorriso dançar em seus lábios e foi viver.
E na frente de um espelho, com seu elegantíssimo vestido e todas aquelas estrelas, ela aprendeu que:
O amor pode ser esquecido e a vida sempre pode recomeçar.