Eu, que simbolicamente
morro várias vezes só para
experimentar a ressurreição.
Para falar a verdade, nunca estive tão bem. Por quê? Não quero saber por quê.
Antes o sofrimento legítimo que o prazer forçado.
A vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora.
Eu sou mansa mas minha função de viver é feroz.
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Minha consciência é inconsciente de si mesma, por isso eu me obedeço cegamente.
Ouve-me, ouve o meu silêncio.
Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza.
E só estou triste hoje porque estou cansada. No geral sou alegre.
Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
por amor.
Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se.
Eu antes era uma mulher que sabia distinguir as coisas quando as via. Mas agora cometi o erro grave de pensar.
Fico às vezes reduzida ao essencial, quer dizer, só meu coração bate.
Já que sou, o jeito é ser.
Sou tão misteriosa que não me entendo.
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Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.
A direção é mais importante do que a velocidade.
Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.
Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. (...) Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso.
O que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse.
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