O que nos faz amar as novas relações não é tanto o cansaço que sentimos das antigas, ou o prazer de mudar, mas o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem bem e a esperança de o sermos pelos que não nos conhecem tanto.
A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.
Os amantes apenas vêem os defeitos das amadas quando o seu encantamento acaba.
Não há disfarce que possa esconder por muito tempo o amor quando este existe, nem simulá-lo quando este não existe.
A distância é como os ventos: apaga as velas e acende as grandes fogueiras.
As amizades renovadas exigem mais cuidados do que aquelas que nunca foram interrompidas.
Conserva-se por muito tempo o primeiro amante, quando não se toma um segundo.
Quanto mais se ama uma mulher mais pronto se está a odiá-la.
A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la.
É melhor empregarmos o nosso espírito em suportar os infortúnios que nos acontecem do que em prever os que nos podem acontecer.
Todas as paixões nos levam a cometer erros, mas o amor faz-nos cometer os mais ridículos.
O ciúme nasce sempre com o amor, mas nem sempre morre com ele.
No amor, o engano vai quase sempre mais longe do que a desconfiança.
A vingança procede sempre da fraqueza da alma, que não é capaz de suportar as injúrias.
Raramente conhecemos alguma pessoa de bom senso além daquelas que concordam conosco.
Todos temos força suficiente para aguentar os infortúnios dos outros.
A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes.