Coleção pessoal de DelvaBrito
Quando o seu coração está iluminado, você ilumina o mundo. Permita, portanto, que a sua luz irradie em todas as direções.
Fim de semana chegando...
Pausa pra se divertir,
pra colocar a "conversa em dia",
pra visitar familiares
e amigos também.
Pausa pra diminuir a "bagagem",
tirando tudo que não serve mais
e substituindo pelos melhores sentimentos.
Pausa pra se organizar materialmente, por que não?
Pausa pra relaxar, curtir a família, e o amor também!
Pausa pra pensar em si mesmo(a)
e se (re)descobrir
para melhor se conectar com o outro.
Pausa...
Posicionar-se diante dos acontecimentos é um ato corajoso e, portanto, nobre. Quem não age assim, em dado momento "cai" do lado mais conveniente, revelando um caráter "duvidoso".
A humildade é necessária para que possamos reconhecer o quanto ainda precisamos aprender para nos elevarmos a um "estágio" superior na hierarquia da espiritualidade.
Desabafo
Hoje, 15 de novembro, parei um pouco para refletir sobre diferentes momentos vividos pelo e no Brasil: independência? Ditadura/democracia/ditadura; corrupção, impunidade, moradia popular, saúde e educação de má qualidade; “boicote” à liberdade de expressão, devastação do meio ambiente, entre outros, acompanhados ou não de revolta popular.
Como tem sido difícil ver o povo brasileiro “encurralado” em toda a sua história: da alegria para a opressão e vice versa, esperando uma “gota” para se lançar na “chuva”!
Mudo eu, muda o Brasil, pois é uma ilusão pensar em mudar um país gigante sem a mudança de cada um de nós! Vivemos em um país cuja Bandeira traz o lema do Positivismo: "Ordem e Progresso", mas esta marca não é capaz de expropriar dos brasileiros a sua capacidade de amar e lutar por este país, que é o nosso “lar” provisório.
Cada brasileiro precisa se revisitar e tirar de si o melhor. É difícil mas não é impossível. São outros tempos, outras cabeças, outras estratégias, mas sempre vale à pena sair da inércia.
Depoimento
Há, realmente, possibilidade de um ser humano alcançar a plenitude (completude, inteireza, totalidade) ou em determinados momentos e/ou situações ele poderá se sentir pleno? Esta minha pergunta me levou a lembrar um momento, um único momento em toda a minha vida que me senti assim: completa, plena, com uma felicidade indefinível. Foi quando caminhava, na Galícia, numa floresta de eucaliptos. A chuva caia bem fina. Eu estava cansada e me sentei sobre um tronco de madeira. Estava como fome. Comi uma pedaço de pão e bebi o restante da água que dispunha. De repente, senti um estado de felicidade que nem dá para explicar! Lembro-me que foi como se eu tivesse regressado à infância e estivesse brincando sob a chuva de granizo como fazia com os meus irmãos e amigos. Puxa! Como me senti feliz por nada!
Demorei, mas compreendi a mensagem de Amado Nervo: “Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.”
Era 2 de novembro, Dia de Finados. Fui ao Cemitério com a intenção de visitar o local aonde se encontram os restos mortais do meu filho, que partiu aos 20 anos de idade.
Havia muita gente em todos os cantos: grupos orando; pessoas andando como se estivessem passeando, pois conversavam animadamente; jovens com balde, água e flanela se oferecendo para fazer limpeza em troca de dinheiro; vigilantes parados como “estátuas”; um “clima” quase de “festa”.
Eu caminhava e via tudo aquilo com certa passividade, pois, para uma mãe, é difícil entender e aceitar uma perda desta natureza.
Em dado momento, os sinos anunciaram a Missa de Finados, que seria realizada às 17h na Igreja local. Foi aí que parei de caminhar, fechei os olhos, respirei, escutei o meu coração e me perguntei: "O que estou fazendo aqui? Missa de Finados? Como assim? "
A resposta que “chegou” pra mim foi: "Meu filho está vivo e eu ainda vou (re)encontrá-lo!"
Não tenho como explicar o que me aconteceu. Lembro-me apenas que era estranho estar no cemitério. Então, saí rapidamente dali, fui para o estacionamento, peguei o carro e, em vez de ir para casa, fui resolver uma situação do cotidiano.
Mas a saudade, o grande amor que ficou, me acompanhará até o momento certo.
Gratidão!
"Fazer aniversário é olhar para trás e para o aqui e o agora com gratidão e pra frente com fé".
(Rosaura Gomes)
Lembrando que cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé e que cada idade tem beleza própria. Parabéns!
Vamos começar o nosso dia agradecendo pelo que foi, pelo aqui e agora e, por que não, pelos nossos sonhos que estamos materializando. Gratidão é um ato de amor e amor sempre retorna para quem ama.
Perdoar é um ato de coragem e de compaixão consigo mesmo, pois quem perdoa deleta o "lixo" que está no seu coração.
Caminhando se chega ao desconhecido e o grande aprendizado ocorre.
Aprendi com um Padre de Triacastela/Espanha, uma das rotas do Caminho de Santiago de Compostela, que cada um faz o seu caminho; que cada caminho é único. Vivenciei que caminhando em silêncio, assumindo o seu caminho sozinha, o contato com o Universo é mais profundo. A mente se esvazia de tal forma que é como se fosse uma "tábula rasa", sem nenhuma inscrição. Foi o que ocorreu comigo. Nesse "estado", mesmo quando me encontrava numa floresta, não havia espaço para insegurança, medo etc, só "o aqui e o agora", a existência.
O caminho que cada um escolhe leva a momentos especiais, como o estar consigo mesmo, possibilitando reflexões, para retornar fortalecido.
Uma lágrima escorrendo pelo rosto e gritando: - "Saudades"!
Esta é uma lágrima sublime, pois expressa:
- risos do passado;
- sonhos realizados;
- o amor que ficou e que permanecerá além dos tempos.
Vamos começar o nosso dia agradecendo:
- pelo ontem, pelo hoje e pelo aqui e agora;
- pelo que deu certo e, principalmente, pelo que não aconteceu como queríamos porque não era pra acontecer;
- pelos amigos e, especialmente, pelos que se consideram inimigos ou indiferentes a nós, pois estes precisam do nosso amor;
- pelas pessoas que estão passando por momentos difíceis em todos os sentidos;
- pela paz de cada um, da família, do e no planeta, lembrando que "somos todos um".
Conhecer a si mesmo não é tarefa fácil. Quando pensamos que já nos conhecemos, eis que já mudamos. O espaço entre o conhecer e o não conhecer é tênue, quase imperceptível.