Coleção pessoal de LeticiaDelRio1987
A verdade mesmo é que não me encaixo,
Sou pássaro livre,
Incontido,
Quebrei todas as gaiolas que dos que acham que me prendem,
Meu canto é livre,
Meu vôo, nunca baixo,
Gosto de cada traço,
Gosto do exagero,
Do Caos,
Sou a última gota,
Também sou o balde que transborda,
Prefiro o sentimento que me corta,
Do que o copo vazio,
Pobre e sem vida que discorda,
Não tenho limites,
Existe régua pra medir o Universo?
Então, porque preciso ser o inverso?
Por isso falo o que penso,
Choro,
Grito,
Gargalho,
Gemido alto, nada escondido,
Sou uma força da natureza,
Energia,
Pura,
A cura...
Para esse mundo de lamentos e mentiras,
Vivo ao inverso desse mundo,
Vivo o puro e profundo,
E é isso que tenho atraído no mundo.
Sem medo.
Esse é meu segredo.
Super Bonder preparado,
Para cara e coração quebrados,
Quando precisar,
Mas,
Me jogo,
Logo.
De cabeça,
Sem titubear,
Aprendi a ser meu próprio lar.
Carnaval em Veneza.
Infinito desse mundo,
As máscaras nunca caem,
Os foliões vão ao delírio,
Pierrôs, colombinas e arlequins,
Numa dança sem fim,
Onde os corações enrijecidos,
São bandidos,
Dedicados ao prazer obscuro,
Se escondem,
Ficam em cima do muro,
Endurecem,
A si,
Aos outros,
Enaltecem,
Romantizando os jogos de perdição,
Torturadores da razão,
De rostos cobertos,
São valores invertidos,
Não consigo,
Nesse mundo invertido,
Submetido a enganação,
Sou eu a dizer que não,
Prefiro a dor da verdade,
O viver sem maldade,
Cheio de intensidade,
Ainda que outros digam,
Que essa é minha fraqueza,
Minha força está ainda que seja na tristeza,
No derrubar de lágrimas,
No surto,
No grito,
No verso.
Prefiro a dor da paixão,
Do amor não correspondido,
Do que a frieza daquilo que é contido.
Quando o universo manda, a gente só agradece.
Vou eternizar-te em poesia,
Quero mais de ti em meus dias,
Você é linda,
Seu sorriso estremece minha alma,
Sorrimos juntas,
Como numa canção em uníssono,
Os corpos se encaixam,
As ideias se entrelaçam,
Poesia e canção,
Na filosofia
Quem diria,
Podemos dar as mãos e viajar o mundo,
O universo,
Dentro de si,
De nós,
De tudo.
Dos corpos,
Do toque,
Da boca,
Das minhas mãos acariciando tua nuca,
Por detrás dos cachos do seu cabelo,
Aroma de flor,
Que busca o amor,
Como um todo,
Sem julgamento ou lamento,
E viva o sentimento!
Puro,
Sem projeções ou lado obscuro,
Livre, de bom grado, e suave como o desenrolar do teu beijo,
Singelo,
Porém com desejo.
Prazer em conhecer, Angel.
Assim que eu me sinto agora.
Numa mistura de euforia e paz,
Não consigo me mexer,
Enquanto minha alma transborda em lágrimas,
O coração dispara,
Dói,
Depois quase para,
Disretimia,
Efeito colateral de um amor,
Modificado...
Nunca findado,
Em cada término uma parte de nós se vai,
Uma parte do outro fica,
Ninguém sai ileso de suas próprias escolhas,
Só quero teu bem BB.
Estarei sempre aqui pra você.
Letícia Del Rio.
A minha intuição não mente,
Gostaria que fosse diferente,
Mas, meu coração já sente...
Pouco a pouco,
Nas mãos antes dadas,
Lentamente afastadas,
Só sobram dedos,
Sombras...
Dos que antes usados para o prazer agora se esvaem,
Sem medo e sem vontade de ficar,
É um tumulto dentro do peito,
Não queria ser esse soneto,
Separação...
Como não.
São ciclos de círculos que vivem no circo que se chama minha vida,
Meu nariz já está pintado.
O Sapato preparado,
A ser pisado,
Ao fardo do fado ao fracasso,
A vergonha da falência,
De uma alma que só quer amar e ser amada...
Cansada.
No ranking do seu coração, qual é a minha posição?
De quatro? Por você,
Shibari...
Logo eu que um dia fui Domme,
Perdi pra ti,
Ganhei para a dor,
Sou uma masoquista do amor.
Ninguém sai ileso das suas próprias escolhas,
Embora alguns digam que não pediram para nascer,
Existem controvérsias.
A verdade é que somos única e exclusivamente responsáveis por tudo que acontece conosco,
A vida é o movimento continuo do pensamento,
Qual é o seu?
Uma vez plantada a semente,
Na mente,
Cresce, fortalece, vibra e nasce em atitudes,
Suas ou do outro.
Não existe exartrose sem dor,
Efeito dominó,
A vida não tem dó,
Pois, sabe da nossa potência.
A existência é linda,
Embora haja resistência,
Enquanto o coração bate no peito,
E a Alma não bater asas ao infinito,
Existirá sempre o conflito,
Intenso,
Implacável,
Voraz.
E aí?
O que é que você faz?
A escolha sempre será sua.
Lute!
A batalha diária da gana.
A ansiedade é uma espada,
Dilacera o peito dos dois lados,
A carne treme,
O coração sangra,
A pele que sua,
Pinga a dor,
Que não se acaba,
Na terra,
Como semente frutifica,
Pensamento como tempestade,
De vasto vento,
Avassala,
Quem à encara,
Brutal desvairada,
Sádica sensação que não me esvai,
Prolifera como cólera,
No âmago amargo de quem não a espera.
Sou o 80 do 8 ou 80,
Sinto,
Portanto,
Existo,
Com força!
Prefiro,
O pecado do excesso, da culpa,
Do que a cruz de ser pela metade,
Me entregar pela metade,
Ser unha.
Sou carne.
Prefiro,
A dor da entrega,
O sangue escorrendo,
Do que no contido me perder do que sou.
Não sou um réptil,
Embora,
Nem saiba eu de que se trata a mim.
Então,
Já vou.
Paixão,
É o fogo que me alimenta,
Eu não gosto do raso,
Nem sou razoável,
Sou a chama que queima sem silêncio,
Sou o grito incontido no vazio,
Sou a dor,
E também sou profundo amor,
Vc sabe onde estou?
Porque não me encontro,
Não me acho,
Não me movo,
Não sinto e não vejo quem me vê,
E meus pensamentos me incomodam até o amanhecer.
Siga seu coração eles dizem...
E pra que?
Se ele tende a me doer?
Maluco, maléfico e tendencioso,
Terrível, bandido e ambicioso,
E onde fica a razão,
De mim se esconde...
Não sei pra onde,
Queria medir na mesma medida,
Retribuir como sou atribuída,
Mas, ele não me deixa sair,
Ruído e sedento a me denegrir,
Capcioso coração que pulsa e nele o sangue se bombeia,
Sangra e verte-se vigorosamente de um lado para o outro,
Em um é puro e no outro é doente.
Só queria um dia,
Que eu não morresse de saudade,
Que meu copo sempre cheio não transbordasse,
Eu só queria ter freio nesse coração de bicicleta na ladeira,
Onde o chinelo tá só o resto,
De tanto que já carcomeu,
Não desiste, se arrasta,
Quase sem borracha com o resto que sobrou no asfalto.
O que eu mais temia aconteceu...
Fodeu,
O amor apareceu,
De novo,
Frondoso,
Charmoso,
Tirou seu chapéu,
Com todo seu véu,
Ao chão,
Me leva ao céu,
Me entrego,
Em laço,
Mais um traço,
Do medo,
Desmoronamento,
Enquanto o sino da igreja toca,
Se desloca o sono,
Os sonhos,
Eu quebro os pratos,
Grego,
Louça,
A Louca,
Era meu coração.
E o mundo sempre gira sem o perdão,
Ou vai dizer que não?
Mas, o que se faz quando não há de que?
Nem um porque?
Mas, a culpa vem como um carrasco de morte,
Na sentença,
A presença que se esvai,
Correu,
Sem alimento evaneceu,
Estranha,
Estranho,
Faz anos.
Sair desse ciclo,
Pico,
Entre amor e temor.
Já tentei mudar,
Mas, não dá...
Dá...
Coração que tende a falhar.
Desesperadamente,
Sem fim.
Eu sou o Amor,
Ou seria somente Dor?
Ou o Amor é isso?
Alma nua,
Vontade de sair correndo na rua,
Uma saudade crua,
Dura,
A lágrima nos olhos,
A distância que mata,
Aos poucos,
Sádica,
Caótica,
Cruel,
Doce amar?
Entre o Céu e o Fel,
Em paixão me localizo,
Ternura ou loucura?
Me acho,
Encaixo e desencaixo,
Arregaço,
Esse coração de esculacho,
Ladeira abaixo,
Não sossega o facho,
Acende e queima,
De volta a fogueira ...
E nem é São João.
Libriana.
Quando ela nasceu,
O céu sorriu,
Eu sorri meio que sem saber que ela estava retornando,
Ela brilha,
Uma lágrima escorre no rosto de emoção te reconheço,
Minha conexão não falha,
Sinto o todo,
A pele arrepia,
Faz o contexto?
O prazer da sua companhia supera tudo,
Seu cheiro gruda,
Seu sorriso transcende,
Seu jeito de menina encanta,
Nunca espanta,
Quero te dar colo,
Quero te dar tudo,
Conchinha,
Aperto,
Beijo na nuca que desce pelas costas e derrete o peito de euforia,
Ainda que em pouco,
Sinto muito,
Muito com liberdade,
Muito de bom,
Com alma de pipa, voa que voa,
E volta para os meu braços,
Sou seu ninho passarinho,
Vai pra longe,
E quando te ver de novo,
O reconfortante abraço dos braços que não se fecham,
E o repouso nesse peito que já é parte Seu,
Pode fazer morada!
Tem dias que os dias se arrastam em findar,
Tudo dói,
De dor de alma sabe?
Nada físico...
A vergonha me transpassa,
Me sinto a própria vergonha,
Falo demais,
Tropeço nas minhas próprias palavras,
Prolixa,
Na intensidade,
Me sinto em maldade,
Mesmo sabendo dentro do coração,
Que não sou assim não,
Sinto que firo,
Sem querer cometo Sincericídios,
Me acho dura com quem amo,
Me acho exagerada com pessoas que admiro que nem notam minha existência,
Tortuosa,
Cercada de más escolhas,
Escorada naquilo que me satisfaz e ao mesmo tempo me desfaz...
Desmerecida,
Desmedida,
Destempero,
Como se fosse o último dia,
E no final...
Tudo se transforma em nada,
E mais do mesmo,
Vazio,
Pó.
6:05
Tudo vem à tona,
Como uma maratona,
Que horas são essas?
Para que gosta de dormir à beça,
Penso nas mil e quatrocentas vidas,
Como seriam vividas?
Multiverso,
Eu no avesso,
Queria ter mais coragem,
Parece que comigo vivo de sacanagem,
Um saboto desse broto,
Kkk,
Vem pra cá,
Nesse bloco de notas,
Desabafar,
Conversando comigo até clarear...