Coleção pessoal de LeticiaDelRio1987

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⁠Insuficiência,
E a culpa é minha,
Eu não aguento mais,
Eu só queria que meus pensamentos ficassem em silêncio,
Eu queria dar um reset na vida,
A intensidade me corrói,
Ninguém me aguenta,
Ninguém fica,
Eu só queria que tudo isso acabasse,
Mas, me falta coragem,
Se não faltasse,
Talvez meu peito não chorasse mais,
Às vezes não é só texto,
É um pedido de ajuda,
Mas, quem é capaz?
Dói demais,
Essa insuficiência insuportável,
Me sinto insignificante,
A insegurança bate forte,
Eu só quero fugir da realidade,
O que não resolve,
Mas, a dor é tanta...

⁠É na dificuldade que percebemos quem realmente nos ama, sou azul, a vida me impôs algumas diferenças e tenho também a responsabilidade da culpa de ter deixado algumas portas abertas, hoje minha maior companhia é a dor, estou me isolando por tempo ilimitado, porque a minha vida se tornou em fardo e quem é capaz de compreender e ficar?

É encantador não é?
A dualidade do amor,
A intensidade do prazer,
A oxitocina tomando o corpo,
Embriagando a mente,
Um assemblage de sentimentos,
Como um bom e redondo vinho,
Medo da queda,
Dor ou abandono, Um coquetel de intensidades,
Não é mesmo?
Tomemos?
Um brinde a vida!

⁠E.T
Abreviação de extraterrestre?
Sou.
Sou mesmo,
Não sou daqui,
Embora me conecte com sua natureza,
Não sou dada à beleza humana,
Sacana,
Mata sua própria espécie,
Não amadurece,
Resolve tudo na força do braço,
Para,
Larga logo esse laço,
Destruindo o natural,
Sendo o que basta, é essencial,
Destruindo para construir seu mundo de concreto,
Que nada de concreto tem,
Seus afetos vãos,
Seu desejos que não sabem pra onde vão,
Sem saber que o efeito vida é semente,
É boomerang.

⁠O caminho do só, nem sempre é sozinho.

⁠A vida passa, nos ultrapassando como bala de arma de fogo,
Viva cada momento,
Se ame,
Se agrade,
A vida é muito curta para não fazermos o que nos dá prazer,
E viva, a nossa própria companhia!

O monólogo da depressão.

⁠Eu só queria ter um motivo para levantar da cama,
Nesses dias escuros, onde tudo perdeu o sentido,
Tudo desmoronou,
Enquanto isso, respiro,
Sobrevivo, sem vontade de viver a realidade,
O mundo dos sonhos se torna mais coerente,
Patino, sem quebrar essa corrente, essas,
Não interessa,
Quem vê de fora não compreende,
Não sabe o quanto dói, não entende,
A luta é pesada,
As vitórias ingratas,
Eu só queria partir,
Sumir daqui,
De tudo, de todos e até mesmo de mim,
Dar um fim,
Enquanto isso, respiro,
Resisto,
Como um cisco no vento,
Mas, ainda...
Empurro com a barriga,
Sem força, sem vontade,
Numa vida inodora, insípida e invisível,

⁠Só você pode escolher por ti,
Recuse interrupções.

⁠Às vezes o choro é tanto que seca a alma.

⁠Há amores que vem e vão,
Mas, também não acredito que venham em vão,
Tudo é aprendizagem,
Às vezes parece até sacanagem,
Da vida, da auto sabotagem,
Afinal, qual é a viagem da existência,
Além da excelência da persistência.

⁠Sobre esse ano,
2024,
Uma esperança versus os fatos,
Eu mudei,
Mais do que esperava,
Menos do que gostaria,
Que ironia não?
Estamos aqui outra vez,
Quase no Amém,
Fazendo propósitos e planos,
Daquilo que ainda não conquistamos,
Essa cobrança é o que mata afoga,
Arrasa, sofrimento que não passa,
Mas, que 2025,
Seja sucinto,
Leve,
Como o estado desta pessoa,
Que humildemente se descreve.

⁠Metamorfose...
É o que essa tattoo representa...
Dói, não é fácil aceitar certas mudanças,
Mas, tudo se encaminha como deve ser.
Sair do casulo,
Aprender o que é solitude,
Me pôr em primeiro,
Descobrindo o real,
Tomando minhas próprias rédeas.
Sobre.

⁠A arte é uma massagem na alma,
Tanto para quem à faz,
Levando o pesar das dores da vida,
Tanto para quem à adquire,
Absorvendo para si um pedaço de outrem,
Um alguém que talvez nem se saiba o rosto,
Mas, no gosto o refrigério sobreposto,
Daquilo que se entende de dentro,
No centro...
À caminho do vento,
Que é o tempo passar.

⁠Será que ainda é possível viver o Amor?
Não esse em dissolução,
Líquido,
Estaria Bauman correto?
Porque todos me escorrem pelos dedos,
E quando se vão deixam gosto de facada torcida,
Só se sobram vísceras, resto e dor,
Choro,
Não se pode mais,
Ninguém é capaz,
Não se admite erros,
Não se constrói,
Só o sangue que se espalha,
Não exatamente a hemoglobina,
Mas, o invisível e inestancável,
De alma.

⁠Derrepente, o silêncio pode ser a mais estrondosa palavra.

⁠Coração de Leão.

Sorria meu bem,
Sei que é difícil,
Mas, podemos ir além,
A alma de artista,
Excêntrica, como nós,

Grita, arde, berra,
Ecoa dentro do peito como alma cativa,
Não se limita em si,
Embora de fora é incompreendida,

Não se sinta aflita,
Minha linda,
Minha querida,
Te vejo além do castanho dos seus olhos,

Vejo seu coração,
Que ressoa como linda canção,
Saindo do teu âmago,
Diafragma,
Coração,

Entre suas cordas vocais,
Lindo instrumento se faz,
Alma de artista meu bem,
Sei que podemos ir além,

A arte é uma fuga,
E também é prisão,
De uma mente sem limites,
Sem freio,

Que não se cala, fala,
mais do que a própria voz,
Mais do que o próprio peito pode suportar,

Nas fotos,
Nos poemas,
Nos sons,
Num mundo que não é nosso,
Ele não nos contém,
Não nós compreende,

Ouviremos juntas o concerto desse nosso novo tom,
Ainda que no silêncio de nossos corpos,
Misturado com nossas mentes barulhentas,

Sem pressa, medo ou julgamento,
Segurando nas mãos,
No colo, entre os dedos,
No entrelaçar dos corpos nus,

Nessa dança, onde nenhuma de nós se cansa,
Nesse diálogo sem falas,
Que abram alas,
Que nosso amor ressoe na avenida da vida,

Nesse carnaval sem máscaras, sem rua, sem pudor,
Secando todas as lágrimas contidas nos cantos que fomos deixadas nessa vida,
Chegou a nossa vez, nossa vez de ser feliz.

⁠Masoquistas emocionais,
Com uma dificuldade imensa de passar amores de Platão para Neruda, sofredores, criadores de histórias da própria cabeça, sim, essa é a vida de um poeta, é uma dor, é um dom, mas, também vem com a angústia de ser um sofredor, de amores platônicos, distonicos, fora de curso, fora da curva, impossíveis e incríveis, somente dentro da nossa mente.

⁠⁠Seria meu coração inimigo?
Porque o bicho é bandido,
Como pode viver uma vida em oito dias?
Tantas histórias, tantas alegrias.

A angústia de tua precoce partida,
Deixou-me aturdida,
Perdi-me na noção tempo-espaço,
Mesmo com apenas poucas batidas nesse compasso,

O assombro de um amor adolescente,
Me tomou e parecia condizente,
Fui inocente?
Claro que não,

Foi direto no subconsciente,
Um sonho vívido,
Daqueles que se almeja dormir de novo para que nos sobrevenha,

Seria minha sina,
Fadada a dor de estar presa em alma de menina?
Alma de escritor,
Que só sabe viver de amor,

Ainda que não correspondidos,
Uma trama de corações partidos,
Estapafúrdios,
E histórias dignas de Era uma vez.

⁠Deus me fez perfeita como sou,
Então,
Porque irei brigar comigo?
Veja bem,

A vida não é um castigo,
É aprendizado,
Com ou sem abrigo,
Pra que viver oprimido?

Só vem,
Esperança é o que se tem,
Levanta,
Só assim se alcança,

Faça uma trança,
Corte os cabelos,
Experimente raspar tudo uma vez,
Foi Deus que te fez,

Tenha o nome que tu der,
Ou como a fé para tu vier,
Tu é perfeito,
Mesmo com a caixa de Pandora dos defeitos,

Ninguém é livre de inópia,
Por preceito,
Agradeço e aceito,
Com sentimento,
Cada vez menos lamentos.

⁠Eu sou um vidro,
Eu me quebro,
Mas, também eu corto,

Corações feitos de mosaico,
Mas, não são todos que são capazes de reconfigurar,

São tão pequenos os pedaços,
Quase invisíveis,
Se tornam cerol de pipa...

Ao invés de lindas artes,
Se ouve o alarde,
De grande dor, que por não saber ele causou.