Coleção pessoal de deboraduarteb

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Eu queria morrer.
Pensei nessa palavra muitas vezes. É algo difícil de dizer em voz alta. É ainda mais assustador quando você sente que pode estar falando sério.

⁠Quando eu morrer, meu corpo vai parar de funcionar. Ele vai se desligar, de uma vez ou gradativamente. A respiração vai cessar, o coração vai parar de bater. Morte clínica. E um pouco depois, tipo, uns cinco minutos depois, meus neurônios vão morrer. Mas, nesse meio-tempo, talvez meu cérebro libere uma maré de DMT. É uma droga psicodélica liberada quando sonhamos, então eu vou sonhar. Vou sonhar mais do que jamais sonhei, porque isso é tudo. É a última descarga de DMT toda de uma vez. Meus neurônios vão disparar e verei um espetáculo de lembranças e imaginação. Vai ser uma baita viagem. Vai ser alucinante porque minha mente vai estar viajando pelas memórias de longo e curto prazo, sonhos se misturando com lembranças, e finalmente a cortina se fecha. O sonho que fecha todos os sonhos. O último grande sonho enquanto minha mente esvazia o depósito e então… acaba. A atividade cerebral cessa e não resta nada mais de mim. Nenhuma dor. Nenhuma lembrança. Nenhuma consciência de quem já fui. De que já machuquei alguém. De que já matei alguém. Tudo permanece como era antes de mim. A eletricidade se dispersa do meu cérebro até sobrar só tecido morto. Carne. Esquecimento. E todas aquelas coisinhas que fazem parte do meu corpo, os micróbios, bactérias e bilhões de outras coisinhas que vivem nos meus cílios, no meu cabelo, na minha boca, na minha pele, no meu estômago e tudo mais, seguirão vivendo. E comendo. E estarei servindo o meu propósito: alimentar a vida. Quando me decompuser e as minúsculas partes de mim forem recicladas, estarei em bilhões de outros lugares. Meus átomos estarão nas plantas, insetos, animais. Eu serei como as estrelas no céu. Aqui em um momento, depois, espalhadas pelo cosmos.

⁠Fique como as cores nas paredes. Pintadas, mas você não pode apagar todas elas.

⁠Respeite o meu tempo. Respeite o meu espaço. Respeite a minha energia.

⁠Eu acredito que você pode mudar o mundo escolhendo a si mesmo todos os dias. Escolhendo ser você. Escolhendo ouvir seu coração. Escolhendo por amor, não por medo.

⁠Ao longo da vida, eu aprendi que o tempo
não espera por ninguém
Então, enquanto eu estiver viva, vou apenas ser eu...
Seja lá quem quer que seja.

⁠Pode-se dizer que existo infinitamente. Estou aqui agora. E em todos os segundos entre meu nascimento e a minha morte.

Foi então que ali, no silêncio pesaroso da noite, que finalmente compreendi. Eu estava doente. Eu havia nascido doente. E essa doença se chamava 'melancolia'.

⁠Quando vejo coisas frágeis, coisas indefesas, coisas quebradas, eu vejo o familiar. Eu era pequena, era fraca, também era perfeita... Agora sou um espelho quebrado.

⁠Queria ficar neste momento para sempre. Mas aí não seria um momento.

⁠Todos fingem se importar, quando na verdade não se importam.

⁠A vida é como um livro, que na mão de cada um varia a quantidade de páginas, mas que na última delas, de absolutamente todos, é escrita igual e com uma única palavra: 'Fim'.

⁠Se nossos sonhos não assustam a gente é porque eles não são grandes o suficiente.

Às vezes é preciso dormir, dormir muito. Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente. Inteira.

Sabe qual é a ironia da vida? Pensamos sempre ao contrário. Temos pressa de crescer e depois suspiramos pela infância perdida. Perdemos a saúde para termos dinheiro e logo em seguida perdemos o dinheiro para termos saúde. Pensamos tão ansiosamente no futuro que esquecemos o presente, e assim, não vivemos nem o presente e muito menos o futuro. Vivemos como se nunca fossemos morrer e morremos como se nunca tivéssemos vivido. A vida é feita basicamente de 'contrários'. A palavra 'vida' tem apenas um “V”, o resto é só “ida”...

Você e forte, mesmo que sempre diga a si mesmo que não é forte o suficiente.

Quando eu era pequena, eu amava ficar observando as estrelas. De alguma forma elas me faziam acreditar que todos os meus sonhos se tornariam realidade.

Sabe? Eu admiro aqueles que conseguem sorrir com os problemas, que conseguem reunir forças no medo, que mesmo com tudo desmoronando, jamais perdem a esperança.

Tem dias que eu acordo e me questiono se todas as escolhas que fiz realmente valeram a pena, se todas as cicatrizes que a vida me deixou realmente me transformaram em uma pessoa mais forte.

E no final das contas, a vida se rebelou a imperfeição mais perfeita.