Coleção pessoal de danifigueiredo

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A vida mais doce é não pensar em nada.

É pelas próprias virtudes que se é mais bem castigado.

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.

Certos pavões escondem de todos os olhos a sua cauda - chamando a isso o seu orgulho.

Os grandes intelectuais são céticos.

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Passei a minha vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, eu cometia outro. Sou uma culpada inocente.

O que me mata é o cotidiano. Eu queria só exceções.

Bem sei que é assustador sair de si mesmo, mas tudo o que é novo assusta.

É que só sei ser impossível, não sei mais nada. Que é que eu faço para conseguir ser possível?

Eu preciso de algumas horas de solidão por dia senão “me muero”.

Quem muito agrada, desagrada.

O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma.

Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.

Para que escrevo? E eu sei? Sei não. Sim, é verdade, às vezes também penso que eu não sou eu, pareço pertencer a uma galáxia longínqua de tão estranho que sou de mim. Sou eu? Espanto-me com o meu encontro.

No fundo ela não passara de uma caixinha de música meio desafinada.

Porque, às vezes, acordar tem lá suas muitas desvantagens.

Eu sou nostálgica demais, pareço ter perdido alguma coisa não se sabe onde e quando.