Coleção pessoal de Liszt1999
"Precisamos reformar os partidos políticos. Se os partidos continuam como propriedades privadas de indivíduos ou grupos, eles apenas solapam as bases do sistema democrático. Nada mais".
"É preciso incentivar a prática da população tendo em vista a partilha do político. Educar, não para o mercado como dizem os que defendem o privatismo, mas para o exercício consciente da soberania popular. Assim, é imperioso o emprego de tecnologias de ponta na educação das massas brasileiras. Precisamos democratizar a sociedade e o Estado, federalizando a suposta república brasileira".
As massas são instrumento de manobra em eleições ou campanhas contra os direitos civis. Resumindo, o feto do espaço público e democrático, no Brasil, está sempre à beira do aborto.
"Não existe (sobretudo após duas ditaduras ferozes que ceifaram lideranças civis e impediram a experiência da invenção democrática) espaço público no Brasil".
"Os partidos brasileiros não passam de balcões negocistas. Quando surge a ideologia entre eles, é a mais regressiva e despótica possível".
"A estrutura do Estado brasileiro foi produzida no século XVI, em pleno absolutismo. Desde aquele período, vivemos sob o signo da diferença entre cidadania e operadores do poder".
“Não existiu e não existe espaço público no Brasil para ser reinventado. Estamos ainda nas projeções de uma possível vida pública livre”.
"O Brasil se coaduna com tal lado do poder absoluto: nele, valores não contam, apenas poder e dinheiro. E privilégios".
"O antigo programa partidário do petismo deveria ter sido mudado, com a militância, após a Carta aos Brasileiros."
"Brasil é um país oligárquico, nele os partidos também se organizam de maneira oligárquica, defendendo, sobretudo, os interesses dos chefes de famílias poderosas ou dos ajuntamentos dirigentes regionais. Aqui o programa serve apenas para legalizar a legenda junto à justiça eleitoral e nada mais. Os oligarcas (ou sua família) são longevos no poder."
"Somos absolutistas anacrônicos. Vivemos sempre sob o regime do favor, dos privilégios, da não república".
Sou um pessimista com a história do Brasil, cheia de corrupção, favores, desigualdades sociais e econômicas. Essas desigualdades atingem a todos.