Coleção pessoal de daniel-Jack-Silveira
Por vezes me parece que o destino é um livro de páginas desencontradas, mal escritas e absurdamente confusas; ouso imaginar que o verdadeiro mérito do ser humano é reordenar – ou ao menos pôr alguma ordem – à tão mal editada obra a que chamamos de destino.
Não há meios de “mudar” o que está escrito ... ao menos em seu conteúdo. Dedicar cada dia a reorganizar, em benefício próprio, a forma como foram por alguém lançadas as palavras: eis a lógica da vida!
É de louco que será taxado aquele reordena o destino que o cerca ... afinal, aos “normais”, é mais cômodo percorrer as tortuosas e desencontradas páginas do “livro”. Mais prático e convencional é travestir de loucura o inconformismo alheio.
Imagine que a resistência, consciente ou não, ao ditado amadurecimento, guarde profunda relação com o incansável inconformismo diante da concepção ignóbil acerca da maturidade.
Aos pobre olhos das convencionais faces, surge a comodidade da condicionada prática de ignorar, com pretensa superioridade, tudo o quanto não se mostram capazes de compreender.
A ignorância, na verdade, é a maior aliada do convencionado amadurecimento.
Lamentável a ideia de que seja possível buscar a felicidade, eis que somente se pode buscar aquilo que se tem certeza existir.
Se certeza existisse, bastaria toma-la de pronto para si.
A verdade - jamais soberana, é claro - é que a felicidade está em cada passo da sua ilusória busca.
E salve Lord Byron
Juras de amor eterno são a primeira evidência de um sentimento volúvel.
Jamais se saberá o que se está a sentir, quando realmente se sente.
Se possível for a certeza de que se ama, é porque já amou no passado.
Flexão verbal incompatível com a eternidade.
Toda discussão é inócua quando os pensamentos se tornam convicções.
Para alguns, ambas as posições estarão equivocadas; Para os mesmos, ainda, estarão acertadas eternamente.
As convicções são o engessamento do intelecto.
E se, com o tempo, vier o tempo nos cobrar pelo tempo que desperdiçamos?
Que seja leve o preço a pagarmos por nosso destempero
Não permita que o avesso, norteando a teu lado, acabe por sufocar minha ânsia de de acompanhar pelo sempre
Não se felicite por me deixar para trás. Lembre-se que aprecio tanto a beleza do seu dorso quanto o brilho dos teus olhos.