Coleção pessoal de Daniel.consciencia
Cada dia mais é minha convicção que aquele que cresce em amor cresce em tudo na vida; da mente aos atos de vida verificável.
Muitas vezes ouço as pessoas dizerem que querem um amor.
Penso: Não quer amor nada. Quer apenas um Pet para possuir e ser possuído. Afinal, quem ama não quer nunca um amor, pois pode amar a todos, indiscriminadamente. Quem quer um amor quer uma posse, quer um objeto, quer um domínio de propriedade humana
Entre homem e mulher o amor quase sempre surge como paixão, desejo e encantamento; porém, somente se mantém como amor mesmo, o qual não tem nada a ver com as miragens iniciais do amor embrionário, se for alimentado pela decisão de amar.
o amor deixa livre sempre.De fato, o amor não é dono de nada e nem de ninguém. Quem ama não possui e nem é possuído. O amor não é um encontro de serpentes famintas engolindo uma a outra.
O amor não é romântico e nem fantasioso. O amor lida com o que é; sem ficção. Nele cabe o romance quando essa é a relação, mas suas bases são bases de verdade e realidade.
Por mais que uma paixão te faça sofrer, também lhe dá a horrível sensação de estar “vivo” —ainda que seja “vivo em dor”.
É muito fácil ficar apaixonado por quem existe para nós apenas como bom papo, boa amizade, bom perfume, e boas coisas... Então, muitas vezes, o indivíduo “joga tudo pro alto” apenas para descobrir que amava uma projeção, uma vontade de amar, um amor pelo próprio amor, mas não um ser humano real; posto que para se amar alguém de verdade, tem-se que ficar exposto a tal pessoa de fato, e não apenas na hora das “guloseimas fraternas”.
ESTÁS APAIXONADO?leve a moça(o) para casa, coma um saco de sal com ela(e), veja-a(o) acordar-se todos os dias ao seu lado, disponha sexualmente dela(e) todas as noites e quantas vezes desejar, exponha-se a ela(e) como mãe e dona de casa, assista ao cansaço dela(e) nos afazeres do cotidiano, e, então, somente depois disso tudo, me diga se a “paixão” continua “intacta”.
Quanto mais impossível for o “amor”, mas intensa será a “sensação de paixão”, posto que tais sentimentos se “alimentam da impossibilidade”.
A PAIXÃO é um estado de surto; e, de cujo estado, vi muito pouca gente sair feliz; pois, os que saíram felizes, assim saíram apenas em razão das bem-aventuradas dores do arrependimento.
a pessoa tomada pelo surto da paixão, vê (às vezes já tarde demais), que tudo o que ela dizia ser essencial, nada mais foi do que uma fome criada pelo instinto do inseguro; o qual, agora, depois de ter feito tudo quanto disse que tinha o significado de uma eternidade de importâncias, nada mais foi que um fugaz desejo de possuir; e apenas porque individuo não sente que possui a si mesmo; e, pior ainda: não gosta de si mesmo!
quanto mais inseguro acerca do sentido da vida se está, mais a pessoa dá asas á fantasia da alma; e nunca faz a viagem sem voltar com uma musa (ou muso) inventada nos porões da alma, ainda não iluminados pela luz da realidade e da proximidade.