Coleção pessoal de DAlma

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Queres ser feliz? Aprende primeiro a sofrer.

O medo sempre me guiou para o que eu quero; e, porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo quem me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado.

Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se.

Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...

Vivo no quase, no nunca e no sempre. Quase, quase – e por um triz escapo.

Porque, às vezes, acordar tem lá suas muitas desvantagens.

Não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E, se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

Ando de um lado para outro, dentro de mim. (...)
Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.

Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos – e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.

Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante.

Não, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.

Admiração. O nosso reconhecimento cortês de que outra pessoa se assemelha a nós.

Casamento. Uma comunidade que consiste de um homem, uma mulher e uma amante, num total de duas pessoas.

Oh, se eu ao menos pudesse ter uma vida de sensações em vez de uma vida de pensamentos.

O prazer visita-nos muitas vezes; mas a mágoa agarra-se cruelmente a nós.

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.

Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.

Cada um possui na sua natureza alguma coisa que, se a manifestasse em público, suscitaria reprovação.

Dê-me o benefício das suas convicções, se as tiver, mas guarde para si as dúvidas. Bastam-me as que tenho.