Coleção pessoal de cristinalemos

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Meus sorrisos já só aparecem nas fotos antigas, nas molduras partidas.

Um dia, ao amanhecer, terás à tua frente uma bela mulher, seios firmes, cabelo sobrenatural, dona de uma pele de seda de uma brancura total, de um tom suave. De uma firmeza escultural. Te olhará de olhos vermelhos, sedutores iguais, e no silêncio de um grito mudo gritará todo o mal. Um dia, pela madrugada, mas não a leves a mal, um dia, antes de veres os tons da vida, tu serás esse mal.

Se o jardineiro me encontrar entre as 100 mil outras rosas ele que me regue, mas me regue sem sentimentos. Minhas pétalas estão já repletas de águas ausentes.

A triste realização
De que ninguém se importa de verdade
Mensagens ignoradas
Respostas curtas
E chamadas silenciadas.

Ninguém quer saber se dói
Se arde, se queima
Ou faz cócegas apenas.

Pedidos de reecontro ignorados
Cafés esquecidos
Pedidos ocultados
E aquele sorriso falso no rosto
Aquele ar de “Estou aqui”
Com essa atitude de “Não me importo”.

A triste realização
De que por mais que doa
(E dói demais)
Os sorrisos nunca serão reais
As palavras nunca serão sinceras
As pessoas nunca serão leais

Não tenho talento mas amo, e mesmo se jeito te escrevo.

A mentira é feita de pequenas verdades que se transmutam entre si.

Esta vida de sorrisos esporádicos não me chega, preciso de firmeza, preciso de um sorriso que venha e fique.

Saudades dos tempos em que os rios iam bater aos mares e os oceanos às mais longínquas terras. Saudades dos tempos em que éramos só duas pessoas sem sonhos ou regras. E por isso, sentada peço, que os astros se encontrem, que a lua e o sol partilhem sempre o mesmo céu, cansada rogo, que as orações sejam sentidas, que os dedos não se entrelacem de novo. E, lá longe, sinto que me amam de coração no chão, sinto que o silêncio quebra barreiras para me ter por perto. E bem longe, onde os navios não conseguem passar, onde a água não pertence ao mar, de lá longe, vêm guerreiros para me acordar. Saudades! E o vento bate sem pudor, e as flores morrem de desamor, bem longe, por passos que não me pertencem, colinas que se estendem e no fim um sorriso. Rogo, deitada nos escombros de um sonho lúcido, que o sonambulismo prevaleça.
E que assim, se o destino o quiser, eu permaneça nos teus braços.

Ao invés de tomar a palavra, gostaria de ser envolvido por ela e levado bem além de todo começo possível.

Gostaria de ter atrás de mim uma voz que dissesse: «É preciso continuar, eu não posso continuar, é preciso continuar, é preciso pronunciar palavras enquanto as há, é preciso dizê-las até que elas me encontrem.»

O ego vai te levar longe. E vai te deixar lá, sozinho.

As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar do aroma. Pois o aroma é o irmão da respiração. Com esta ele penetra nas pessoas, eles não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas.

Cada um descobre o seu anjo
tendo um caso com o demônio.

O grande artista é só aquele que está sempre aquém daquilo que ama.

A saudade é feita de aprendizagem, de ruídos que servem para não ouvir.

As pessoas que eu amo não são as melhores pessoas do mundo. Mas são pessoas. Basta-me isso para as poder amar.

A noite não traz tristeza. A noite traz memórias, e são essas memórias que deixam-me triste.

Sempre que ouvia um grito, ela percorria oceanos para o encontrar e tentar calar. Mas quando ela gritou ninguém se importou em vir ajudar.

É… eu sou bruta mesmo. Parece que quanto mais dói mais eu ando, cortaram-me as asas e mesmo assim eu todos os dias subo a colina com a esperança de conseguir voar.

É normal querer chorar e não conseguir?
Fiz o que me mandaram, tentei ser eu mesma, tentei proteger quem amo, tentei não ser rude. Fiz o que me indicaram… Coloquei-me em frente da fera, tentei proteger a pobre presa, mas a fera atravessou-me como se meu corpo fosse ar.
Falhei miseravelmente e agora a presa sou eu.
É normal querer fugir e não conseguir?
Fiz o que o coração me martelou para fazer, tentei parar, tentei começar, tentei continuar.
Fiz o que minha mente achou certo e agora o sangue que escorre é meu também, novamente meu… Sempre o meu. Desta vez misturado, mas meu.
É normal querer gritar e não conseguir?
Fugiu-me tudo por entre os dedos, os que amei, os que me amaram, os que amo e os que me amam, novamente o meu corpo entre a presa e a fera, de novo e de novo meu suor, minhas palavras, meu sangue… Meu coração.