Coleção pessoal de crislambrecht

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Fico esperando que venha
Olho para o caminho que geralmente lhe trazia
Fico olhando do lugar de sempre
E não te vejo

Vejo-me nesta situação
Sem paz
Em depressão
Com paranoias

Poderia ter um péssimo dia
Mas a noite tinha sua recompensa
Quando eu te via
Pois você me trazia doses de alegria

Mas hoje estou triste
Como ontem
E antes
E antes

Hoje eu não te vi
Como ontem
E antes
E antes

Não posso calcular o tempo
O tempo que passou
Pois sem você o tempo é outro
Sabe-se lá se é muito ou pouco

Fico preocupado
Comigo
Contigo
Conosco

Como se eu fosse te perder
Para sempre
Como se eu fosse me perder
Para sempre

Ultimamente só penso no passado
Sonho com futuros
Não saio do lugar
Não fico em lugar algum

Tento seguir
Barreiras me impedem
Mas não me importo muito
Até que está tudo bem...

Queria que soubesse o que se passa por aqui
Pois não estou bem
Importo-me
E não quero me perder

Não queria me perder
Não queria sumir
Já seria uma caminhada
Na contramão

Se você me der sua mão
Agora
Gostaria de tê-la para
Sempre
Até o
Fim.

Sonhei que estava caminhando
Era um andarilho
Com a mochila nas costas
Eu subia uma estrada
Era de noite

Vi a cidade iluminada
Pensei estar chegando
Em Ijuí
Mas era
Porto Alegre

Rumo ao sul
Meus passos me guiavam
Eu era um andarilho
Com uma mochila
E muita história
Pra encontrar

Pra ser sincero
eu não espero que você
Me perdoe...

Talvez estejas com medo
com ódio
e com razão

Talvez triste
e mais uma vez
com o coração partido

Talvez tenha sentido certa inferioridade
algo que viste pode ter feito-a perder as forças
levante-se, vá em frente

Aquela velha vontade de desistir
sempre havia sido superada
mas agora, agora...

Talvez sinta que foi enganada
mais uma vez
com razão

Antigos sentimentos
e intensos
acabam sendo muito fortes

Nem você
nem eu
poderíamos fazer algo

Ela que sempre me roubou
quando quis
é única que temo

Ela que foi a única a me dizer;
- Não.
é a única que desejo

Sempre quero e não quero
estar o tempo ali
pra sempre

Ela que me rasga em dois
talvez pra me completar
completarmos

E você
recém-chegada neste caos
de longe...

Não pode fazer nada
talvez nem possa
talvez seja melhor assim

Dói, eu sei

São dores que ninguém nunca sentiu
mas nada como um dia-após-dia
(uma noite, um mês)

É cruel, eu sei

Mas
é melhor
assim

Depois de tanto socar a velha faca cega
seria melhor aprender
com os erros

Deixar as mãos livres deste sangue
chega de lágrimas
chega de sangue

Se dê um beijo, um tiro
um abraço, um até mais
um riso, um abrigo

Um amor que não se mede
não se mata, não se cura
apenas se esquece e vive-se outro

Não chame de fracasso
só estávamos tentando

Já brincamos muito tempo
perdemos a direção
o dia já passou, a noite não

Eu saí pela tangente
caí depois da curva, me levantei
roubei versos e deixei um bilhete

Só queria que descansasse agora
deixe as ilusões de lado
a vida é tão bela...

Há mais de mil destinos te esperando
não se prenda às primeiras impressões
não seja uma estátua de sal

Desate o nó que te prendeu
à uma pessoa que nunca te mereceu
por favor, pense em você

Já lhe fizeram feliz demais
já lhe fizeram sofrer demais
está na hora de fazer algo por você

Pense em você
por que eu...
eu ando por aí, sem saber até quando...

Lembro-me de algo que não me recordo
Tenho saudades de momentos que nunca aconteceram
E isso me deixa triste

Vejo o céu e fico feliz
Me encho de alegria sob a noite
Por favor, senhores extraplanetários, me levem.

Quero voltar àquele lugar
Quero estar com quem me deixa feliz
Queria nunca ter saído de lá

Mas como sempre, logo esqueço de tudo
Como se fosse apenas um pensamento
Um momento lúcido na cabeça de uma qualquer

E como um qualquer
Me levanto e vou
Para lugar nenhum

O início de tudo foi o fim do nada

-Entenda meu corpo
meu olhar
minha expressão

Me ajude a procurar
a encontrar
buscar me entender

Sozinho é foda
sem você é foda
Freud explique isso

Entenda guria
tu não me entende
eu não me entendo

Mas tentando nós podemos me encontrar
em algumas destas esquinas
nas voltas que essa vida dá

A ondas que vem do mar
do mar que me dirijo
mareado por estar longe
longe desse mar onde nunca estive.

-Esqueça meu corpo
meu olhar
minha expressão

Desista de sua busca
não vais me encontrar
muito menos entender

A solidão é o paraíso
sem alguém do meu lado
Freud te explique isto

Entendas por favor
Tu não me entendes
eu não me entendo

Se continuares nada vai encontrar
a não ser tua própria solidão
acompanhando-te pelas curvas desta vida

As ondas que vem do mar
do mar onde estive surfando
tu viste? Estou mareada disto
longe deste mar eu não sinto o cheiro do sal.

-Mal vejo seu corpo
nossos olhares não se cruzam
tua expressão é fria

Me ajude a encontrar-te
sei que estás aqui
vamos nos entender

Contigo é bom
poderíamos nos dar bem
Freud que se foda

Entenda guria
é você que me entende
me faça entender-me

Eu tento, mas não lembro dos nossos encontros
nos encontramos as vezes, não?
nessas distorções de lucidez que a vida tem

As ondas que trazem estes fragmentos
do mar que me dirijo
mareado por estar longe
longe desse mar onde nunca estive.

-Entendo teu corpo
teu olhar
e qualquer expressão

Não te ajudo a procurar-me
pois sofri para nascer
sofri para poder entender

Contigo estou
sempre estivemos juntos
apenas evito o contato direto

Sozinhos nos entendemos
contigo é sempre bom
não precisamos de Freud

Entenda guri
tenho terríveis defeitos
que desconheço

Mas tentando podemos tentar sair ganhando
pelos destinos que se cruzam a gente costura
na volta olhamos de cima

As ondas que vão à praia
vão com fragmentos daquilo que jogamos aqui de cima
mareados por estarmos em paz
longe da praia onde sempre estivemos.

...
Você luta por aquilo que sempre foi contra
Contra aquilo que sempre acreditou
A culpa não é sua
Pois de tanto aprender em meio ao caos
Acabou se perdendo em pensamentos
E nem acredita que pode raciocinar
Somos todos censurados
Escravos forçados por escolha
...

(...)
Puxou conversa com um cara que estava por ali cheirando cola, disse que precisava de mais coca e não tinha grana... o cara com a cara na cola olhou para ele e sorriu...
(...)

"As aventuras de Tadinho pela vida"

Naquela noite; Zé-mané tomando banho, Zica na cozinha e Tadinho pulando a janela com a televisão nos braços:
-Hoje tem coca, vou ficar legal!

"Uma família no Brasil"

Aquele sábio andarilho de nenhuma posse material é um milionário
Pois a moeda mais valiosa é o conhecimento.


Viva a Sociedade Alternativa!

Tenho em mim um cemitério
Onde repousam e apodrecem
Algumas lembranças, pedaços
Fragmentos
E até
Sentimentos inteiros

Carrego dentro de mim um cemitério
Que pesa, causa-me incômodo
Uma a uma foram enterradas
Lembranças, pedaços
Fragmentos e até
Sentimentos inteiros

Em mim repousam fantasmas
Que me assombram dia e noite
São dolorosos fantasmas de...
Lembranças, pedaços
Fragmentos e até
Sentimentos inteiros

Não quero mais ninguém no meu cemitério
Não tem mais espaço, parece que vou morrer
Vou morrer assim como as lembranças
Os pedaços, Fragmentos
E até sentimentos inteiros
Que vivem no meu cemitério..

Sinto
Em mim
Um cemitério

Uma
A
Uma
São
Enterradas

Lembranças

Pedaços
Fragmentos
E até
Sentimentos inteiros

Apenas um passo
Para o futuro

Uma grande mudança
E a única decisão a tomar
é escolher em qual precipício devo me jogar

Me sinto caindo
Aos poucos
Na sua frente

Agora eu sei
minha autodestruição é um grito:
"-Me ajude"!

Eu preciso de você
e não consigo ser mais explícito
Eu preciso de ajuda
e não consigo ser mais direto

Nosso orgulho vai nos separar
Di Vi Dir

E se eu cair no abismo da solidão?

Se eu cair no abismo da solidão
Você não irá alcançar a minha mão
sua voz não chegará até mim

Estou disposto a entregar a última chave
do meu coração
Ou jogá-la de vez
na escuridão.

Simplesmente respire o ar puro da confiança na natureza
Sinta a neblina da lua, sinta as estrelas perfurarem-te
Sinta a energia do sol enfraquecer-te, e se fortaleça
Sinta a paz ao observar pequenos pássaros refrescarem-se
Sinta a satisfação de ouvir o aplauso das folhas ao vento
Sinta toda a calma das nuvens transformando-se e seguindo
O
Seu
Caminho.

Um passado que nunca aconteceu
De alguém que nunca existiu
De alguém tão especial
O que o futuro reserva pra você?
Que cada vez mais me cativa
vamos viver juntos para sempre
Como sempre vivemos.

Ausente

(Cristiano Lambrecht-2012)

Preciso daquele amigo que não tenho mais
Contaria tudo que estive pensando há um tempo atrás
Caminhadas que não tiveram um rumo final
E agora que você se foi, sei que não haverá outro igual

Eu vejo o céu desaparecer no horizonte
Vejo o passado se perdendo (o futuro respondendo)
Talvez não vou estar aqui quando estiver me ouvindo
E mesmo com ou sem você eu estarei sorrindo

Apodeirou-se de mim uma grande vontade
Verteu-me às entranhas um antigo desejo
Joguei fora o sapato que me calejava
Agora eu sei que posso voar

Vejo tamanho do lar que não conheço
A janela está aberta é só fugir
Se libertar destas correntes levantar e partir
A grandeza está lá fora, no alto da montanha

E esse desejo que me rasga em dois...
Quase nunca estou presente....
Está na hora de saltar
E viver simplesmente

Quando estiveres a cair (com o desespero em sua mente)
Não conseguirá subir se não for independente
Poderá me ver por perto (sei que você me entende)
Mas não se iluda com o que ouve (apenas olhe pra frente)

...

Tamanha é minha vontade de partir
Que eu já me sinto ausente

...

Tamanha é minha vontade (de partir)
Que não me vejo em outro lugar (preciso ir)

...

Soltarei desta corrente
Me livrarei de toda gente
Estou tão perto que já me sinto ausente
Ausente, ausente, eu já me sinto ausente

Cachos de Terça
Cachos de Sexta
Cachos de seda
Longos cachos

Grandes olhos
E belos
Belos cachos
Belos olhos

Negros cachos
Olhos negros
Como olha
me olha

Belo sorriso
Como sorri
Como há beleza
Há beleza em toda parte

Como lhe fito
Lhe procuro
E como é bom
Nossos olhares se encontrando

Olho, procuro, disfarço
Dou bandeira
Viro as costas
Me perco

Queria ao menos
Saber o nome
De quem pertencem
Esses cachos.

Aproxima-se o final do ano
Aproxima-se então um novo ciclo
para o solitário
Noites tranquilas e bons fantasmas no ar.

Noé, o solitário gato branco
Habitante da praça
Conversa comigo de longe
Mas não o compreendo direito.
Ele vem se aproximando
aos poucos
Me obriga a chamá-lo
E logo mostra sua face
Face de gato
Logo descobre outras paixões
Mas não me importo
Paixões de gato sempre voltam a mim

Nestas noites sem calor
Sempre com a promessa de um novo amor
Mas somos gatos
Lhe damos as costas
E nos damos as costas
Quando temos uma outra paixão
Paixões de gato
Sempre destruindo
Frágeis corações de lã
Sempre brincando
Sem querer
Sempre mentindo

A ponte é só uma ponta
Ou pode ser uma vela
para um barco
ser a ponte.

A ponta da ponte da vela do barco é sagrada.
A bíblia sagrada serviu de material para a vela do barco que se queima e vira a ponta da ponte em si
tornando-se assim, sagrada.

Se a vela da velha bíblia lhe disse por escrito o que lhe agrada, então verterá em ti a virtude,
e no final da ponta se dará mais valor à essa virtude da velha ponte.

E ela será sagrada
Pra você.

Se fez então uma aparência mais agradável
Era a luta por uma transição
Mesmo não sentindo-se confortável, continuou
Lutou e continua à pelejar

Saiu à procura de sementes
Encontrou
Várias
Agora ele está com uma ninfa em seu quarto
Desejando-lhe sorte
Espera que esteja viva
Para que possa renascer como cigarra e cantar

Semeou então algumas sementes
Buscou encontrar novas
Colheu-as
E agora percebe que este trabalho
Não é para um único solitário

Ele deseja um alguém
Quer ouvir o canto da cigarra
Ver a terra se levantar
Semear novamente suas sementes
Por ele
Por ela
Por eles

A nova metamorfose mostrou-lhe a face
Sai do casulo as costas de uma cigarra
Nasce e luta em si uma virtude nova
Esta enciuma, pois causa medo
E ele está mais agradável
Jovem
Neste mês ele está dez anos mais novo.