Coleção pessoal de clauperotti

81 - 100 do total de 148 pensamentos na coleção de clauperotti

Nada engana mais do que os nossos achismos.

Pensei que tudo fosse simples. Talvez fosse mesmo. Mas não era bem assim. No fim descobri que o simples era complicado. Com isso inundei-me de lágrimas. Afoguei-me naquilo que pensei que não doeria jamais e doeu. Muito! Agora não sei o que fazer e nem como agir. As minhas mãos estão pairando no ar, assim bobas, sem saber onde e quando se posicionar. Acontece coisa parecida com as minhas expectativas, uma hora estão flutuando por cima da minha cabeça; outra, por baixo dos meus pés; mas algumas vezes, raras, as guardo dentro do coração. E de simples e complicado, afogada ou salva, voando ou aterrissando sigo adiante nesse meu caminho mesmo, porque hoje, só hoje, não há desvios e nem estradas alternativas...

Fiquei imóvel com os olhos rendidos e perdidos em mim mesma.
Aos poucos a água tomou-me o corpo e os braços se abriram.
Tudo, ao meu redor, rodava lento.
Os pensamentos sangravam-me em gotas.
Uma arrastada eternidade tirava-me o foco de todo resto.
Vesti-me de um delírio solitário.
Abracei os meus desatinos.
Abocanhei os sons distorcidos.
Não senti frio, tão pouco o calor.
Uma sensação única devorou-me toda.
Não lutei contra.
Deixei-me levar.
Flutuei.
Apenas flutuei
.
.
.

Com um pingo de tinta
consegue-se escrever uma história.

outra vez te revejo tormenta
entranhado nos recônditos do meu cansaço
e nesse tédio fastiento
aguardo naufrágio certo desse amor outrora sonhado


não compreendo esses intervalos indefinidos
que parte a alma minha inquieta em pedaços
deixo ruir então sem esforço algum
os sentimentos agora calados


a noite recolhe as lágrimas rendilhadas
que umedecem os olhos meus desamparados
ofereço-me treva na dor da sombria madrugada
um choro infindo gemente e desesperado


na fronte minha difusa liquida descabelada
sou sombra na escuridão da tua ausência
perco-me toda em lamento, desassossego e angústia
estremeço a turbulência de uma mágoa soluçada


Bebo o cálice da eterna solidão
E caio morta por dentro no pesado frio dos mares de sonho
Destrono-te das vagas espumantes do meu coração
E sigo quieta vazia incompleta

Olhos de tempestades,
Selvagens, felinos
Esperam nas águas plácidas
O momento exato
De explodir ventos e raios
.
.
.

Fluem meus olhos pela fresta luminosa
E minhas águas de ver seguem distante
Rumo ao universo todo

Cada vez que nos destruímos, alguma coisa de ruim nos abandona...
E cada vez que nos reconstruímos agregamos em nós qualquer coisa de bom...
Assim, nessa inabalável transformação, tornamo-nos pouco a pouco pessoas melhores...

E na linha do tempo ficam os que amam e os que odeiam, mas todos, sem exceção, são amados e abençoados por Deus, o nosso Pai Maior...

nem precisou tocar-me
Bastou o Seu olhar ...

De braços abertos oferecidos
Aproximo-me do céu com GRATIDÃO!

Guardo em mim uma gratidão profunda por meus íntimos que compartilham a existência comigo; por todos os meus amigos que me amparam nos momentos de aflição e sorriem comigo ante os milagres da vida; e em especial, por aqueles que se nomeiam meus inimigos e que assinalam tudo o que preciso transformar em mim...
Sou grata ao Mestre Jesus por saber-me pequenina e mesmo assim me aceita em sua Seara de Misericórdia e Amor.
Sou grata ao Pai Maior pelo dia de hoje, por todos os instantes oportunos de evoluir e por esse ensejo de vida.

Nas quedas desvendo minha força
E como fênix renasço ...

As palavras
Agarram-se a garganta
Deixando vazar
Apenas
O silêncio
.
.
.

Nos longes meu silêncio se agiganta...
Permito-me sentir...

Os passos confessam sentimentos
enquanto delineiam partilham
as mesmas oscilações ...

Devo frear as palavras porque hoje elas estão desvairadas...

Do lado de fora
sou mantilha monocromática de crítica...
Mas só aquele que traz olhos de ver
vislumbrará tudo o que floresce “inside me”...

Flui-me
Juntei-me
ao mar
.
.
.

Assim
tornei-me
a linha fina
no horizonte
que toca,
incessantemente,
a aurora
e o ocaso teu
.
.
.

Primeiro, lavei as feridas
Depois, livrei-me delas
.
.
.