Coleção pessoal de Claudynha
Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar.
As palavras que escrevinho sem o som de tua voz, são apenas sílabas juntas que forma uma frase sem sentido.
Se depois de haver feito o bem, sentires que nada fez além do dever, estás pronto para receber boa medida de admiração. Tanto pelo dever cumprido quanto pelo reconhecimento de suas responsabilidades.
Meus frutos florescem, alguns caem, outros alimentam, porém o caule nunca mudará, minha essência está onde os olhos não podem ver..., raiz.
Por falta de conhecimento sofre o tolo, enquanto em pensamento sofre o sabio, porém o fruto de cada sofrimento é diferente.
As flores não me encantam mais, não as culpo, o sol continua com o mesmo brilho, mas meus olhos não exergam mais... A chuva cai serena lá fora, eu com esta vestidura impermeável, o vento que vira música para a árvore bailar ainda é o mesmo desde sempre, porém minha audição perdeu a sanidade.
Quando a tristeza é tamanha, não mora no corpo, o corpo mora dentro dela. Quando a tristeza é tamanha, o olha fixa um ponto e se perde entre esse pequeno espaço, espaço pequeno que cabe tamanha tristeza...
Eu sei o que jamais gostaria de saber... Sei que vou te perder; não sei quando vai ser..., como poderei perder o que sempre foi meu só na minha realidade? Amei sózinha e assim amar-te-ei por toda a eternidade.
Não vim redigir nada filosófico, vim apenas dizer... Estou me embriagando de bis. Isso tudo porque só penso em te ter, e se me torno uma chocólatra nada mais justo que a culpa deste meu vício seja você.