Coleção pessoal de Claudineidias
As pessoas andam tão asfixiadas pela modernidade que nem reparam em tantas coisas bonitas que haviam no passado...por isso gosto da moda retrô, da antiguidade em geral.
O amor é o pior tipo de escravidão. Quem ama não é livre, pois depende do outro para ser completo. Não pode haver felicidade na incompletude. Um sentimento "inocente" e puro pode tornar-se no maior de todos os tormentos se não tiver correspondência ou houver a impossibilidade de se concretizar.
A decisão de mudar já constitui por si só uma mudança, todos os resultados que vem depois são consequências dessa decisão que se não ocorresse, nada mudaria.
O que eu gosto nas noites de insônia é que nelas vejo a vida que acontece quando todos dormimos, desde o canto do galo ao latido do cão, o vento soprando na janela...Tantas coisas e ao mesmo tempo nada.
Porque escrevemos diários? Talvez porquê no fundo queremos comunicar, depois de mortos, coisas que em vida não ousaríamos contar.
Quando não tenho inspiração suficiente para escrever um texto, um poema ou uma frase onde possa expressar o que sinto, apelo para um diário. É o último recurso que uso, já que não me agrada o tom confessional do mesmo...mas em certas ocasiões, é a unica opção.
Desde criança, sempre gostei do Batman. Nunca me impressionei com os super poderes dos outros heróis. Creio que o caráter de Bruce Wayne e as limitações do Batman fazem dele um herói mais humano, humanista e real, algo que não encontramos no Super- homem, Mulher-maravilha ou em Shazam.
A sociedade nos cobra tantas coisas, mas ninguém vê o que passamos, ninguém quer saber como nos sentimos...Você sofre em silêncio, quem se importa? Você falha, comete erros, todos se importam.
Às vezes tenho vontade de sumir no mundo, ir para um lugar onde ninguém me conheça, começar uma nova vida, ser outra pessoa...Mas para onde vou? De nada adiantaria, pois na essência continuaria sendo quem sou...
Certo dia ouvi a pergunta de uma enquete que fizeram aos ouvintes na rádio: "Qual a maior invenção do homem?"
Pensei comigo: o vaso sanitário.
Me sinto muito mais em paz quando estou perto dos animais do que rodeado de pessoas. Sei que eles não me farão nenhum mal, essa certeza me conforta, o mesmo não posso dizer dos da minha espécie...
Tudo morre, tudo se acaba.
Perece o humilde e o que ufano se gaba.
Sempre perto do amor está a dor,
o azar junto da sorte,
a vida inseparável é da morte.
Eu, com o peito assolado de saudade entendo o pregador, que inspirado diz: "Vaidade, é tudo vaidade".
Poucos conseguem experimentar o sentimento trágico da vida, e aqueles que o experimentam sofrem. Sentir a transitoriedade das coisas, ver o fim antes de que elas terminem, saber que debaixo de um belo rosto se esconde uma caveira, que cada estrela será uma cruz e cada berço uma lápide. A solidão cósmica, nossa pequenez ante o universo e a incompreensão da realidade...eis o absurdo, e não há nada de belo nele, Camus estava errado.
Por muitos anos eu fui a favor da pena de morte para crimes graves e hediondos. Hoje, vejo que não é a melhor solução para esses casos e que nem sequer é uma solução. Todos têm o direito de viver, por mais bastardos que sejam, não somos autores da vida e portanto não nos cabe decidir quem vive e quem morre.
Certa vez uma pessoa me perguntou: "Quem sou eu? Quem é você? Quem somos nós?" Eu não respondi nada, porque não tinha e ainda não tenho a resposta...
Vi um casal andando de mãos dadas na calçada. Eles ficaram juntos até que um poste se interpôs entre eles e tiveram que se desgarrar. Me lembrei das palavras do padre na hora: "Até que a morte os separe." No caso deles, foi um poste...
Quando afirmas algo, dás a certeza do que dizes. Há coisas que não podes saber, por onde se deduz que não deverias afirmá-las ou deverias negá-las. Mas fazer isso todo momento é impossível além de irritante, portanto não erras ao tomares partido...Não dá para ser Sócrates o tempo inteiro.
Como quem detona uma bomba e se afasta no momento da explosão, geralmente quem ofende o outro não fica por perto para ver o tamanho do estrago que fez.