Coleção pessoal de ClauAlema
Arrumei os amores, é a primeira regra da vida – saber arquivá-los, entendê-los, contá-los, esquecê-los. Mas ninguém nos diz como se sobrevive ao murchar de um sentimento que não murcha. A amizade só se perde por traição – como a pátria. Num campo de batalha, num terreno de operações. Não há explicações para o desaparecimento do desejo, última e única lição do mais extraordinário amor. Mas quando o amor nasce protegido da erosão do corpo, apenas perfume, contorno, coreografado em redor dos arco-íris dessa animada esperança a que chamamos alma – porque se esfuma? Como é que, de um dia para o outro, a tua voz deixou de me procurar, e eu deixei que a minha vida dispensasse o espelho da tua?
Não há memória mais terrível do que a da pele. A cabeça pensa que esquece, o coração sente que passou, mas a pele arde, invulnerável ao tempo.
Ele não podia tocá-la. Ela não podia tocá-lo. Então, sonhavam todas as noites, um com o outro, se abraçavam incansavelmente em uma fantasia surreal; Mentiam para si mesmos que estavam juntos, e por vezes chegavam a acreditar. Não bastava somente sonhar, nem semente viver, mas o que lhes faltava, preenchiam com o insano ato de amar.
Vocês, homens, não deveriam se preocupar em entender as mulheres, deveriam se preocupar com o que elas são capazes.
Quando você tem a capacidade de não falar, não ligar e não se importar, está aprendendo o que é ser forte.
A ausência de amor torna a pessoa egoísta, amarga, maldizente e invejosa, fazendo assim com que aos poucos, afaste os poucos que lhe restam sentenciado-se a solidão.
O egoísta, embalsamando-se a si mesmo, transforma-se numa múmia, que não sente a dor, mas que não goza a alegria.
Foi difícil me desprender do passado e entender que não somos mais quem eramos antes. E que as nossas escolhas fizeram de nós estranhos um ao outro.
Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo...
Triste quando uma pessoa não sabe o que fazer com o frio na barriga e decide esfriar também o coração.
Somente aquele que foi o mais sensível pode tornar-se o mais frio e o mais duro, para se defender do mais pequeno golpe - e esta própria couraça lhe pesa muitas vezes.