Coleção pessoal de claralacerda

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Se ela fosse mais inteligente poderia apagar o passado com palavras novas.

Sempre para diante sem jamais sair de si mesmo.

Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.

As coisas estavam de algum modo tão boas que podiam se tornar muito ruins porque o que amadurece plenamente pode apodrecer.

Pelo menos o futuro tinha a vantagem de não ser o presente, sempre há um melhor para o ruim.

Minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada.

Faz de conta que ela não estava chorando por dentro – pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver.

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido

Para ela a realidade era demais para ser acreditada.

Abandone-se, tente tudo suavemente, não se esforce por conseguir – esqueça completamente o que aconteceu e tudo voltará com naturalidade

É necessário certo grau de cegueira para poder enxergar determinadas coisas.

Te vi amanhã e já estou com saudades...

Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas...

Eu quero o pensar-sentir hoje e, não, tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã. Tenho certa pressa em sentir tudo.

Vire seu rosto para o sol e as sombras cairão atrás de você.

Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza.

Eu me permito mais liberdade e mais experiências.
E aceito o acaso.
Anseio pelo que ainda não experimentei.
Maior espaço psíquico.
Estou felizmente mais doida.

E umas das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi criadora de minha própria vida.

E todos os dias ficarei tão alegre que incomodarei os outros, o que pouco me importa, já que eu tantas vezes sou incomodada pela alegria superficial e digestiva dos outros.

Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.