Coleção pessoal de clarabrant_
Em suma, fui covarde demais para fazer o que eu sabia ser certo, tal como fora covarde demais para evitar fazer o que sabia ser errado.
Se alguem me ofender, procurarei elevar tão alto a minha alma, de forma que a ofensa não consiga me alcançar!
O moralista é como um sinal de trânsito que indica para onde se pode ir para uma cidade, mas não vai.
Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz das minhas dores.
Solitário
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Eles vem para despejar todos os seus problemas
Seus lamentos
Suas tristezas
Suas desgraças
Tudo para dentro de mim
Mas que piada!
Seria cômico se não fosse trágico
Eu aqui, morrendo sufocada em meus sentimentos
E ninguém me escuta
Eles me olham, mas não me enxergam
E eu sigo
Sempre túmulo deles