Coleção pessoal de Cidinhaalmeida
Quando minha intuição aflora tento me preparar para as tempestades, não gosto de ser pega sem um guarda chuvas.
Vou pintando meu mundo com cores invisíveis, vou imaginando poesia e escrevendo nas nuvens.
Vou amando você na imaginação, vivendo de fantasias, devaneios e ilusões.
Eu sou aquele lugar, sou aquele espaço, estou aqui acolá, no visível de muitas coisas, e no invisível de mim mesma.
Ali deixei meu rastro, meu cheiro, minha pegada, de repente tudo e nada, fatos de uma história apagada.
Eu fui um fato, um ato,
uma encenação?
Vou me saciar desses lábios temperados de puro pecado.
Lábios molhados, língua de puro mel, doce veneno que embriaga e me leva ao céu.
Às vezes meus sentimentos são contraditórios, dominados por uma vontade sem sentido, não sei se são ilusórios ou psicografias, mostram no sentir que já foram vividos.
Vou te despir com as palavras
Ditas nos meus ousados versos
fazer-te sentir em brasas
rimando poesia e sexo.
Não devia ter provado seu sabor, ainda tenho na língua seu gosto, um gosto de mistério um tanto embriagante e vicioso.
Quando paro e observo a inocência de uma criança, eu volto a acreditar que sempre haverá um futuro.
Para conquistar a vida tive que competir com milhares de espermatozóides.
Por isso já nasci vencedora.
As disputas continuam sucessivamente, nem sempre saio ganhando, mas muitas vezes a minha vitória está justamente nessas derrotas.
Perdendo ou ganhando sigo comemorando, pois meu troféu sou eu.
Quantas lágrimas molharam meu sorriso
Quantos sorrisos disfarçaram a minha dor
Quantos dores amarguraram minha alma
Quantas vezes minha voz se silenciou.
Pensar em te esquecer é mais difícil que pensar em te querer.
Continuarei te querendo, mesmo não querendo pensar em você.
História repetida não fará mais parte da minha vida.
Quero novas histórias com começos sinceros, meios cheios de cumplicidades, que o fim nunca esteja previsto.
As pessoas arrogantes são um livro em branco com borrões de tinta, não tem histórias interessantes para compor suas vidas.
A arte e subjetiva eu escrevo e entendo como quero, um risco vira um desenho, e uma palavra vira poema.
Basta ter conhecimentos necessários para saber interpretar.
Já me engravidei de tantas coisas que não me faziam bem, nasceram as revoltas.
Hoje aborto tudo sem a menor sensação de culpa.