Coleção pessoal de brunocidadao

⁠Estar onde não se está ainda é melhor que não estar onde se está.

⁠Escolher confiar no agora de alguém pode ser um passo em falso quando a reputação que vem é ruim, mas jamais será uma aposta perdida. Às vezes os renegados são os grandes heróis não promovidos.

⁠A unidade na diversidade requer um elo central. O afeto, a consideração, o respeito, a admiração, o querer bem, o compartilhar, a irmandade, a amizade... Tudo é elo se assim quiser ser. Toda pluralidade requer diplomacia de interesses e transparência de objetivos. O resultado é o impacto e a permanência vitalícia na memória.

⁠Toda situação traumática gera convicções firmes. A manutenção ou alteração das convicções depende de novas experiências similares.

⁠O desprendimento dos bens físicos nos qualifica para uma vida minimalista e orientada a momentos e realizações temporárias.

⁠O tamanho de nossas aflições está diretamente ligado ao nível de controle que temos sobre as variáveis. Quanto maior a aflição, menor o controle.

⁠A liberdade consiste na pior das reponsabilidades: a escolha de nossos atos.

⁠A organização escancara as faltas, expõe as sobras e potencializa os resultados.

⁠A instauração da confiança é sempre um ato unilateral, mas sua progressão vem da ação mútua e do tempo transcorrido.

⁠O andar dos pés é incompatível com o ritmo dos pensamentos. Se pensa-se muito, os passos são calmos. Se pensa-se pouco, já foi.

⁠O hiato entre uma ideia e sua execução costuma ser a hesitação.

⁠Luxo não é exclusividade da riqueza, mas advém dela, em especial a do coração.

⁠Se em todo fim de tarde os pássaros cantam, por que é preciso esperar o fim de semana para se alegrar?

⁠Na mesa do diálogo o presente, passado e futuro se entrelaçam. É a história viva acontecendo.

A amizade que se forma nos tempos difíceis é provada na lembrança dos dias bons, qualificada pela ação do tempo e fortalecida com a intencionalidade.⁠

⁠Toda vez que uma beleza não promovida é evidenciada cresce a força interna do indivíduo.

⁠Existem pessoas que nos veem. Outras que nos enxergam. Outras ainda ousam nos descobrir. Mas preciosas mesmo são as pessoas que nos desnudam.

⁠Não existe harmonia maior que a do olhar que conversa, do toque que compreende e do silêncio que fala.

⁠CORES DO DIA
Se formos dividir o mundo, será:
as que enxergam e as que veem.
Há gente que vê com os olhos,
outros, impossibilitados, com o tato.
Mas há também os que enxergam,
estes podem usar os olhos ou tato,
mas todos usam o coração.
Pessoas que apenas veem
são cinzentos, tudo está como filme
em escala de cinza, é tedioso.
Pessoas que enxergam
são coloridas, brilham como filme
de animação infantil.
Ora, menina, seu coração
enxerga as cores do dia,
mas agora você apenas está vendo:
o dia passar, a noite chegar,
os sonhos ruirem e o tempo avançar.
Em que lugar está a menina
que não se esconde num sorriso falso,
onde está a menina que sonha
mesmo com os pés descalços?
Insisto que se responda,
a mim já respondi:
essa menina está no coração
que enxergava o azul das nuvens,
o cinza do asfalto, o verde da melancia,
o branco da igreja, o vermelho da vida.

DESPEDIDA
Hoje tu vai embora.
Mas fica no meu coração.
Um dia vou te ver.
Outro dia te levar.
Certo dia vou casar.
Em casa vamos ficar.
Te levo contigo,
Me leva contigo,
E nós levaremos
Pra sempre, o amor.