Coleção pessoal de ciciliano
A solidão só me dá prazer na medida em que sei que ela é uma escolha. Solidão só dói quando é inevitável.
Um telefone ao alcance da mão,
Um número decorado na cabeça
E uma aflição no coração.
É aí que mora o perigo...
Eu gosto do estranho, do incomum. Gosto daquilo que confunde, que permite diferentes interpretações, que fica nas entrelinhas.
Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento.
Tem muita gente que se distrai e é feliz pra sempre, sem conhecer as delícias de ser feliz por uns meses, depois infeliz por uns dias, felicíssimo por uns instantes, em outros instantes achar que ficou maluco.
Não fale, não conte detalhes, não satisfaça a curiosidade alheia. A imaginação dos outros já é difamatória que chegue.
Mas não se esqueça: assim como não se deve misturar bebidas, misturar pessoas também pode dar ressaca.
O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
Os ciumentos não precisam de motivo para ter ciúme. São ciumentos porque são. O ciúme é um monstro que a si mesmo se gera e de si mesmo nasce.