Coleção pessoal de ceumarques
Sucesso é saber valorizar as coisas boas que temos na vida e nos adaptar àquilo que foge ao nosso planejamento.
Jornalistas deveriam não só se preocupar com a divulgação das notícias mas também com o bom uso da língua portuguesa.
Saudade de uma época em que o delta era apenas um substantivo masculino e a quarta letra do alfabeto grego.
Quando escrevo, raramente volto aos meus textos, pois fico achando que vou achar minhas palavras ridículas e apagarei tudo. Já aconteceu algumas vezes. Ultimamente tem sido diferente, volto a eles e gosto do que escrevo. Acho que estou começando a me aceitar como escritora.
Quando viajamos, não nos deslocamos apenas fisicamente de um lugar para o outro. Há o deslocamento mental que nos faz viajar por épocas diferenciadas da nossa vida. E essa é aviagem mais difícil.
Já parou para pensar na importância da língua portuguesa na sua vida?
Parece uma pergunta simples, mas tem a sua complexidade. Seu uso é tão habitual que, às vezes, não nos damos conta da dependência que estabelecemos com a nossa língua materna. As palavras nos movem o tempo inteiro e estamos sempre nos revelando, seja por meio da linguagem verbal ou não verbal.
O mais curioso é que, ao mesmo tempo que a língua portuguesa nos é tão íntima, ela também nos é desconhecida. Um paradoxo que a torna muito especial. Não tem como se desvincular dela. Somos exigidos a estudar para esclarecermos dúvidas que surgem a todo momento.
Quem estuda a língua portuguesa sabe que é uma tarefa incessante e apaixonante. Já dizia Olavo Bilac: “Amo-te assim, desconhecida e obscura. Amo-te, ó rude e doloroso idioma.”
Não se desgaste tentando entender o hoje, o amanhã e o depois. Viva-os simplesmente e o entendimento se fará presente naturalmente.
De vez em quando (ou de vez em sempre) fico me questionando sobre a enxurrada de informações a que somos submetidos no nosso dia a dia. Tenho a sensação de que deveríamos ser programados para dar conta de tudo o que lemos. São tantas notícias inúteis e bizarras que aparecem na nossa tela.
E o pior é que querem que acreditemos em tudo o que escrevem e falam. Dá vontade de gritar: Chega! Não sou um robô à mercê dessa mídia que anda a duzentos por hora. Quero ter a minha opinião. Vocês não vão me persuadir com suas falácias. Deixe-me decidir o caminho a seguir. Sim, eu sou capaz disso!
Estuda para teres tuas próprias opiniões e argumentos válidos. Só assim não deixarás que te manipulem. Sê livre por meio do teu conhecimento.
O que está acontecendo? Um momento em que todos deveriam se unir, vemos o egoísmo e a insensatez imperando entre os homens. Vontade de desistir da humanidade, mas não posso desistir de mim mesma.
A escolha do curso de Letras
Escolher o curso de Letras é ser criticado pela maioria das pessoas em um primeiro momento. É preciso ser firme e seguir a sua escolha. Qual é a certeza de que você vai dar certo profissional e financeiramente? Nenhuma.
Somos meros aprendizes e devemos estar dispostos a vencer e perder. Se der certo, ótimo! Se não, tente um novo caminho. Quantos engenheiros, médicos, advogados, administradores e contadores terminaram suas faculdades e optaram por outra área de trabalho? Muitos.
Acredito que, se fizermos com dedicação aquilo a que nos propusermos, é muito mais difícil dar errado. É aquele velho dilema: escolher fazer um curso universitário de que você goste ou que dê dinheiro? Cabe a cada um a escolha, como caberão as consequências dela. É uma questão realmente muito difícil e complexa.
Com relação às áreas de trabalho, você tem duas opções: Letras (licenciatura) ou Letras (bacharelado). Optando pela primeira, você poderá dar aulas no ensino fundamental e médio. Se fizer uma pós-graduação, poderá também dar aulas em faculdades. Escolhendo a segunda opção (bacharelado), você poderá trabalhar como revisor de textos em editoras, assessor em agências publicitárias e tradutor (se for capacitado em outra língua).
Sinto-me até insegura de influenciar de alguma maneira, mas, como sou apaixonada pela língua portuguesa, tenho a obrigação de dizer que o curso de Letras é maravilhoso. Não me arrependo de tê-lo feito. Nunca ganhei muito dinheiro, mas faço o que realmente gosto e faço com carinho.
Meu Pai
Foi difícil chamá-lo de pai
Foi difícil me expressar
Muito não foi dito!
Só sentido... Faltou o toque!
Silêncio das palavras faladas
Movimento das palavras escritas
Ele era um poeta
Poetas não falam. Sentem!
Será essa explicação da ausência?
Quanta sensibilidade! Quanta sabedoria!
Fraqueza? Irresponsabilidade?
Claro! Quem não as tem?
Foi humano e errou sim
Errou e sofreu
Sofreu e sentiu
Sentiu e escreveu
Palavras lindas!
Que ficarão para sempre
Na lembrança de cada pessoa
Que soube enxergar o Manuel
De maneira única
Cada um com o seu olhar
Soube criar a imagem
De “Manuéis” diferentes
E era assim mesmo que ele gostava
De ser diferente para cada um.
Chegamos a um ponto em que escrever e falar bem é preconceito. Seguir a a norma culta da língua é considerado elitista.
Estou longe de ser uma mulher poderosa, equilibrada, independente, heroica, de fibra, capaz de tudo. Não sou santa, deusa, princesa, rainha. Nada disso. Tenho inúmeros defeitos. Sou humana. Sou mulher. E mulher de verdade que quer colo, que reclama, grita, chora, exige, mas que também cuida, abraça, acolhe quando é cativada. Quero ser feliz. Quero viver, conhecer pessoas, lugares. Quero me descobrir a cada dia e me surpreender com cada descoberta. Quero apenas poder ser eu mesma. Simples assim.
Ando cansada deste mundo virtual tão repleto de idealizações, perfeições e felicidade extrema. Lamento pelas pessoas que pensam que isso é verdade e ficam buscando (em vão) este cenário perfeito que não existe.
Quanto mais estudo a língua portuguesa, mais percebo que nada sei. E é justamente isso que a torna tão interessante, instigante, viciante e apaixonante.