Coleção pessoal de cazodinha

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Quase novembro, a ventania de primavera levando para longe os últimos maus espíritos do inverno.

Senti pena. Foi isso. Pena. A pior coisa que se pode sentir por alguém.

Já não sei quantas vezes eu disse que não voltaria atrás e voltei.

Sempre fui um pouco áspero, fechado, sempre tive dificuldade de receber amor. (…) Na verdade, eu sempre precisei de afeto, só que antes eu não admitia.

Apesar de muitas conversas, pouca coisa foi dita. O essencial sempre ficará no fundo, esmagado pela superficialidade.

Tu é diferente. Não é só diferente da maioria, é diferente de todos.

Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

Daquele tempo nem tão distante, daqueles dias que até hoje duram às vezes duas, às vezes duzentas horas, restou esta sensação de que, como eles, também me vou tombando rápido dentro da boca de um vulcão aberto sem fôlego nem tempo para repetir como numa justificativa, ou oração, ou mantra, enquanto caio sem salvação no fogo que é verdade, que si, que no, que nadie puede mismo vivir sin amor.

Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.

Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?

Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.

Eu queria que em um dia qualquer, você chegasse de fininho, me abraçasse apertado e dissesse: Senti sua falta.

Antes mesmo de nascer, Deus sabe quem vai te fazer feliz para sempre.

Podia ter dado certo entre a gente, ou não.
Eu nem sei o que é dar certo.

Ando me preocupando demais por alguém que está longe de merecer qualquer tipo de afeto.

Você se sente sozinho no meio deles, porque você não pode se mostrar como realmente é.

Ele não era um menino comum, isso eu soube desde que o vi. Foi quando eu senti, mais uma vez, que amar não tem remédio.

Quando se quer explicar o inexplicável sempre se fica um pouco piegas.

Cansei de jogar indiretas. Da próxima vez, jogo gasolina e acendo um fósforo.

A única pessoa a quem devo dar satisfações é a mim próprio e, dentro de certas limitações, eu me sinto relativamente cumprido com o que fiz de mim mesmo. Entenda isso.