Coleção pessoal de CarlosAlbertoBlanc
O ódio é essa perseguição que desafia a coragem, colocando a vida num labirinto de prazeres e mistérios da individualidade, onde um último suspiro significa pedir socorro, esquecendo que a claridade ao dormir e se cobrir pelo decorrer do dia, deixa o seu rastro de luz para sua memória, quando desperta, retoma suas lembranças do que ficou e aconteceu, foi e fatalmente é agora. Imprevisível.
Carlos Alberto Blanc
● Antes, o enfrentamento de ambas, morte e vida, não permitem fugas. É uma armadilha que supera as leis humanas, importando-se com a vaidade de levar o envelhecimento num ofício de percepções latentes nos esquecimentos dos túmulos. A importância dos vivos para os que morrem, é o fragmento do silêncio em pó. Sob a terra ou no sopro do fogo, nada foge, pouco é o abandono e intensa saudade. Distantes, o mármore gélido e o abraço, a chama e o vento, as rosas sobre o artifício da união, todo amor uma ambição de perseguir a vida.
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O aspecto perigoso de perder é não saber recomeçar.
Perder é o valor do tempo sem garantias.
É o silêncio dos erros.
A fraqueza do entendimento.
Perder é a lágrima mais nítida que escorre no rosto.
É dor que lembra a ausência aliada com a depressão.
Perder é a descoberta do entendimento de tudo que possuímos.
É a razão mais impulsiva de expressões frágeis.
Perder é a dificuldade de aprender com a despedida.
Uma derrota para os fortes, a destruição dos fracos.
Perder é tanto uma porta fechada, separação.
O que torna vivo e forte quando se perde é a dureza dos corações.
É todas as desculpas sem o contorno da vida.
Perder é a revolta, a culpa, é o perdão.
É um bem precioso da verdade.
Perder é a força da história para novas canções.
É a ilusão dos dias perdidos.
A realidade que todos encontram na saudade.
Não perca tempo, porque perder passa leve como o vento e tempestuoso como outros arrependimentos.
Tudo numa só gota, numa só expectativa.
Perder é parte da morte numa única vez, parte da vida mortal por todo o tempo.
Perder ensina a amar acima da explicação.
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Carlos Alberto Blanc
Num ambiente socialista democrático, todos são igualmente pobres, logo, entre socialistas e democratas, sempre um típico governo que decide qual é esse limite. De forma geral, o populismo é a modernização da miséria e a elegância dos ignorantes - outros, intelectualizados por utopias, presos a um passado catastrófico.
Para preservar a pessoalidade com objetivo de manter distâncias, é preciso falar de forma oposta ao que o alheio define como interesse.
— Eu tenho medo de pensar, tanto quanto de amar; porque eu nasci romântico demais para confiar no que a realidade é com suas armadilhas de silêncios.
— O meu paraíso é um reflexo dos dias de silêncio no mundo que escrevo, desenho, ouço a boa música relativa dos momentos e entendo todo tipo de barulho.
O pensamento progressista é aquele que, você sabe que é errado, mas entende que é impossível reeducá-lo.
Carlos Alberto Blanc
— Se a sociedade consciente votar nulo, abre precedente para os incapazes elegeram seus inúteis.
Carlos Alberto Blanc
Eu não me importo se as pessoas gostam ou não da minha pessoa, acredito que todas têm o direito, tanto da repulsa quanto do amor ou até mesmo o fingimento.
É, de fato, somente o amor cura. Para receber um milagre é preciso amar profundamente o que se deseja alcançar.
Aceitar é acreditar na sinceridade dos segredos do amanhã e, necessariamente, acreditar não é saber o que vai acontecer, diferente da aceitação: onde de fato vive o engano do que se acredita saber. Curamos a dor, o sonho e a esperança diante da realidade.
Carlos Alberto Blanc