Coleção pessoal de carlos_galdino

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⁠Eu sou Belchior,
e meu coração jaz esquecido em um estacionamento de aeroporto.

⁠Tenho um poema entalado na garganta,
como um carro atolado na marginal.

⁠ Amanhã a felicidade banguela vai sorrir,
porque hoje eu acordei mordido de alegria.

⁠Golpe! é sua ausência...
impeachment é nome bonito pra disfarçar.

Tive problemas com algumas mulheres por não ser o machista que elas estavam acostumadas a combater,por não ser machista mesmo.

Lá fora o carnaval
e eu aqui no bloco do eu sozinho.
Não tenho carnaval.
tenho um batuque no peito
e uma atração mórbida
por quartas-feiras de cinzas.

Não há nada mais cruel
Do que a vida,a vida é morrer todo dia,e para quem tem essa consciência viva dói demais.

O último beijo antes do fim.

Meus amigos,
meus inimigos,
não me queiram outro,
eu sou apenas eu.

O primeiro olhar, antes do primeiro Oi.

O primeiro oi,antes do primeiro adeus.

A primeira self antes do primeiro tchau.

Caminhão
Não é o automóvel que carrega carga,
É o cumprido
Por onde percorremos em busca de algo.

Me perder?
Eu já me perdi várias vezes
Por ruas que nem sei o nome
Amores?
Já perdi umas dúzias,punhados mesmo,o que não perdi foi a coragem de seguir.

Deixar de seguir é fácil,
Quero ver deixar de amar
Olhando olho no olho.

É no silêncio da madrugada,que a germinação acontece e a semente explode, a gente nem vê.

Da rachadura
Do cimento
Do concreto
E aço
Surge o sorriso
O encontro
O abraço.

Severino.

100 anos do nascimento do poeta João Cabral.

Meu primeiro contato com a obra de João Cabral.

Meu primeiro contato com a poesia de João Cabral foi por volta 1996 quando encontrei em um sebo o livro " Museu de tudo",depois através do cordel do fogo encantado com a poesia recitada em shows da banda.
Confesso que não gostei de primeira da poesia do João,achei chata e difícil.
Por isso mesmo foi um convite ao desafio de colocar luz sobre a visão do que o poeta sentiu ou quis dizer.
Me desafiei lendo e relendo e ao ponto que o fazia,passei a amar,e respeitar a obra e compreender a grandeza de João Cabral.

Todas as homenagens prestadas por conta do aniversário de cem anos de seu nascimento, são mais do que justas, necessárias pela contribuição de sua obra para a língua portuguesa e cultura brasileira.

Belo Horizonte 11 de janeiro de 2020

Z/S

Vila das belezas,
Bela tarde que se vai.

Transporte público

Na Berrini
Berrei a perua
Que virou a esquina
E me deixou na rua.

CG.