Coleção pessoal de carlos_dourado
A sensação que hoje tenho da Política é de que ela se assemelha a uma máquina do tempo enguiçada: entra-se nela, programa-se, ajusta-se tudo para uma viagem rumo ao futuro, ao progresso, às transformações e quando se abre a porta, a decepção: recuou-se vários séculos na história da humanidade.
As eleições brasileiras, sob o pretexto de escolher representantes, garantem ao povo o direito sagrado de cometer erros, de se arrepender e de gastar a esmo. Somente isso!
Preocupa-me o Tribunal Superior Eleitoral se ocupar mais em dar atenção aos candidatos e políticos do que ao seu real objeto de trabalho: o ELEITOR. Ou então que deixe de ser → Eleitoral e passe a ser → Candidatal.
Baseado no comportamento de nossos políticos em debates (combates?), fico na dúvida se os próximos serão divididos em rounds ao invés de blocos e se no dia da posse receberão, em lugar da faixa, um cinturão.
A tal Festa da Democracia no Brasil é feita para os anfitriões - os Políticos - e não para os convidados - o POVO!
Ao ouvir anúncios sobre debates entre candidatos, fico com a sensação de que nos próximos serão anunciados o resultado da pesagem, o juiz, a quantidade de rounds e que cinturão estão disputando. Afinal, anunciam como "enfrentamento", não como realização.
Eleições:
1 dia em que os políticos fazem tudo funcionar perfeitamente para o povo e esse povo faz com que 1.459 dias, no mínimo, tudo funcione impecavelmente para os políticos.
"A finalidade das eleições brasileiras não é a escolha de quem trará mais benefícios, e sim quem proporcionará menos prejuízos."
Creio estar na hora de alterar alguns termos quando se tratar de debates políticos entre candidatos. Para palco, RING; para debate, DEBATE-BOCA. Ou então incluir no regulamento o uso da função MUTE sempre que a fala não se referir a propostas. Deve melhorar, embora muitos vão achar que a TV ou Celular está com problema.
Numa democracia verdadeira, a liberdade de escolha seria a primeira a ser respeitada, a exemplo de escolher ou não VOTAR! Do contrário, uma pseudodemocracia.
Ser obrigado a escolher algo pode-se considerar uma escolha genuína?
Isso é possível? No Brasil, sim! Exemplo? O voto!
O voto no Brasil passa por uma espécie de alquimia: uma dia após as eleições é um metal comum que vai se transformando até atingir as características do ouro no dia dessas Eleições, pelo menos na visão das autoridades.
O dinheiro tem duas faces. Uma delas é escorregadia feito quiabo, a que passa pelas mãos dos pobres; a outra, a face tipo bond, que fica nas mãos dos ricos... Para arrancar, vem até com pedaços da pele.
Dá pra comparar as eleições no Brasil aos desfiles de escolas de samba. Assim que termina uma, já se está pensando nos temas para as próximas, tamanha a proximidade entre essas eleições.
Se cada partido político representa um caminho, agora entendo porque o país parou. Deve estar pensando qual caminho tomar, sob o risco de se deparar com uma tremenda encruzilhada.
Se partido político realmente representa um determinado pensamento ou ideologia, logo o Brasil com seus 32 partidos e mais de 70 na espera, deverá se tornar o centro da cultura mundial.
Estou na expectativa sobre quem receberá a Faixa Presidencial em 2023, se os Candidatos Eleitos ou Representantes da Imprensa Brasileira.
Por mim, eu já teria, ao menos no Brasil, tirado a primeira sílaba de IMprensa. Chamá-la-ia de PRENSA.
Os livros de História em suas próximas edições trarão, provavelmente, um sistema político a mais, além dos existentes. Chamar-se-á SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO.
Se o efeito da educação atual é promover privilégios a certas classes, colocando-as num patamar superior, inclusive acentuando a desigualdade, não é hora de repensar essa educação?