Coleção pessoal de piu_amaro

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⁠oxiTOCina

paixão...toc em ação
como assim?
obsessão...toc em ação
sempre?
compulsão...toc em ação
doença?
oxitocina envolvida na afetividade em formação
oxitocina em excesso?
monogomia...toc em ação da oxitocina
cura ou assimila?
regular excessos de sentimentos...eliminar ação do toc
medicalização dos sentimentos?
sem paixão...toc não em ação...resposta da medicação
quem inventou a Vida também inventou a Paixão?
e o TOC?

...piu

⁠cupido

ouve, um dia
hum dia houve
que revoltado
esculhambado
espezinhado por todos
um basta ele deu
com um basta resolveu
o alforje de flexas fora jogou
e a partir de então
só corações lançou
para toda a gente que
só reclamar sabia
e foi acertando a um e a outro
a maioria sem saber
nem coração tinha
como haveria de ser flexado então?
sem coração?
...piu

⁠com cor ação

com o coração é difícil
amar?
não...
então???
escrever sim...muito
mal ele consegue teclar
ou a pena pegar
somente pagar a pena
mas o pior
ele sempre acha
que a pena vale
vale a pena?
coração
não dificulte mais
do que já é
luz cor ação...piu

⁠só...ouvindo...ou vendo

tem que tocar o barco
claro, o dia
madrugada finda tristeza ida?
nem simples assim é
quem precisa falar?
para quem ou vir ou ver
tem que ir enfrente em frente
claro, o amaro do dia
sofrer de um só gole?
sofrer não é mole?
coração é?
cor...ação
diz Gil...
não adianta nem me abandonar
nem me abandona
nem me adota
nem me soul
só...
ouvindo...
vendo...
vi vendo
ou vindo
ou piu

⁠herói que nada

aprendi ser herói
des ser herói
ser chão
des ser chão
ser importante
des ser importante
aprendi des aprender
e tudo vira nada
de tudo virá nada
por tudo nada será
iludo
iludo a mim
lúdico
lúdico sem mim
púdico
púdico assim
em fins
o fim vem
sem ver a quem
como o bem
scusa se não fluiu...piu

⁠mentos

em perfil se vê
abaixo do maxilar inferior está
mas no ser outra coisa é
Koisa Kerida
perfilamento
sentimento
sofrimento
pensamento
momento
instrumento
posicionamento
diga teu mento
perfile-se

piu

⁠aonde...

costumas, onda, ser cortejada por incríveis
alfas surfistas, apolíneos ou não
nem segurar tua onda necessitas
tão fantástica a estatística
se vão e se vêm
como tu onda
de alto mar ao limite da areia
é tão bom...tão sempre
mas...porcaria...sempre tem o mas...
mas e quando entender que a areia não te provê
daquilo que realmente te faz entender
que só o rochedo te é capaz de fazer
a assimilação do golpe que te pode morrer
pois nenhum alfa apolíneo será tua rocha chão
arenoso por natureza que são
no máximo te podem derrubar
na rocha como sabão
então onda...tu que és linda e maravilhosa
ao retornar pro mar alto
lebre-se que ao arrebentar
o rochedo estará lá sempre...sem medo...incondicional
arrebentando-se por você...
nem triste nem claro
só um poeminha de piu amaro...Grazie

piu

⁠...causa
efeito...


penso não
não em uma causa
não em eu efeito
sim no defeito da alma
que calma
sem causa
não causa a mudança
necessária
faria
se pudesse?
efeito de poder
e não querer
dar a causa
o valor
não de compra
de receber
dar o efeito a causa
tirar da causa o defeito
feito

piu

⁠pintando a alma

...a vida, mas principalmente as pessoas na vida, nos trazem os espelhos necessários para nos vermos e tanto quanto às imagens que de todos fazemos, nossa imagem e semelhança...
Vida em abundância não vem dos cofres de dinares...vem mais da cor d'Alma...translúcida enquanto humana...azulando para o horizonte atingir...mas, sem fingir, os tons de cinza podem ser o porvir...ir, IR?
...ah, Gil, mistério sempre há de pintar por aí...piu

⁠...a título, de fazer acontecer o que acha importante em tua vida use somente o ingrediente abaixo discriminado e por gentileza desculpe pela brevidade do título deste poema...Grazie

AMOR


piu

⁠das águas, reina


descrito
inscrito
próscrito
reina
rainha
régia
das águas
de tudo que é vida
Ir à Rainha das Águas
função de qualquer albatroz

piu

⁠a história da lágrima e ela

em tempo, muito não faz
ela por nome Ella
claro, para todos a bela
mas em si a fera
fugaz
sofrer nada dói
nada constrói
sofre só
lágrimas sempre acompanham
em ínfimos instantes a banham
tristeza não chora...se vai
mas, linda, plenamente linda
recusa a berlinda
tudo troca por uma rima
Lágrima e Ella

piu

⁠mais um

menos um aos pessimistas
mais um aos que se iluminaram
o astro desiste de sua incansável espera
sabe que luna na vera, não verá
só, suavemente com seus dourados raios alumbrara
talvez em eclipse recompensar-se-a
mas sempre a espera dela dele fugir
e ele sem mais ter para onde ir
finge que a brincadeira um feliz fim há de ter
mas em angústia lágrimas terá de conter
parece simples para quem só espera o coração bater
depois que não, tão simples mesmo, morrer
mas ele o astro com tamanha responsabilidade
mantém a formação sistemática do sistema solar
não ousa tudo terminar
somente para finalmente, nos braços
de sua querida luna se acabar

piu

⁠estabelecendo limites

se cobra o que não se deve
se sobra o que não se oferece
se obra o que não se combina
se mantém os limites um pouco acima
mas, limitar ao estabelecer
ou ainda sem limites ser
ou depois do ainda recrudescer
onde foi parar o sentimento
de novo a história do pentimento
sem viver quaquer um arrependimento
Dio..muito sofrimento
prefiro os limites quebrados
interfiro nos acordos destroçados
sugiro uma cururgia d'alma
olhe...olhe bem tua palma

piu

⁠conselho de amor

no momento de eleger um amor
aquele que faça se viver sem dor
que seja em verdade verdadeiro torpor
tal qual, como seria este conselho
com todos passados e porvir em espelho
mas que não façam do coração um maltrapilho
claro...tal conselho deliberaria a felicidade
de um amor que nunca jamais fosse saudade
e sim sempre do sempre fosse a necessidade
do ficar podendo ir só porque quer de verdade
um conselho de amor
talvez formado por anjos
teria voz na alma de qualquer coração
mas se não...não dê...venda...
piu

⁠sabe...

tantas são as vezes, às vezes
que nos pegamos imaginando algo que
mais maravilhoso seria se fosse
se se sucedesse se deixasse de ser se
mas aí vem o toque real não virtual
nem casual mas simplesmente fatal
que nos tomba ao chão
e tudo ácido torna-se...como limão
não como...chupo, bebo, caiporo
porque maravilhas não vêm pelo pensar
tal qual horor vem sim com pesar
mas se, e aí vem o se, não acontecer
nada mais toda esta pitomba valerá
a não ser o que já é, assimilar...sabe

piu

⁠verter ano

vertex existencial
suprassumo animal
eclipse do essencial
disfuncional
verte o ano pandêmico
nem precisou do arsênico
envolvido em embalo
nada dantesco...ou sim
quebre a rima
desprestigie a poética
fuja da lógica
mas não sublime
não passas em nenhum critério
assim sou-me...veterano...descanse

piu

⁠bobagem mesmo

posto que poesia é bobagem mesmo
bora comprar, vender, trocar
tudo que for possível
tudo que não encante nem a alma nem ao coração
tudo que seja nada
pois assim poesia não tem chance
poesia assim que não atrapalhe o instante
poderoso do ser econômico
que não admite a economia matar
o próximo aos poetas apontar
poesia não enche barriga nem latrina
bobagem mesmo é poetizar
se pode inúmeras décadas só mercantilizar
e hoje nem oceanos tem que cruzar
poesia é bom enterrar
bobagem é bom eliminar
do ar da existência
evaporar a poesia é a bobagem exterminar
bobagem mesmo
piu

⁠solhar
este teu ou sol ou olhar
só diz que vai me encontrar
me encontrando sem luz
em sublime eclipse
perplexo a te esperar
com a paz que conduz
tentando me tirar da mesmice
este sol ou teu olhar
em segundos me seduz
teus raios em mim reluz
com méritos a me tirar da chatice
de me ver sem tanta velhice
este olhar teu a me encarar
é só paz e tranquilidade a me banhar
sol olhar

piu

⁠fênix

não ouso Fênix ser
nem meu voô pesado
nem minhas chamas ressurgentes
nem manias minhas de sentir-me merecedor
só a dor do peso ficando
só o sacrifício adicionando
só a cinza evaporando
não ouso Fênix ser


piu