Coleção pessoal de CarlaGP
"O medo continuado da morte inviabiliza a preparação para a morte, chamada pelos escolásticos de 'ars bene moriendi' (a arte de morrer bem).
Pensar na morte como destino inexorável é refletir sobre o sentido da vida. A isto alguns místicos deram o nome de 'contemplação da morte'.
Morre mal quem na morte só enxerga o fim da vida, e não a necessidade de ordenar-se moral e espiritualmente para viver bem, enquanto não recebe a visita da Indesejada das Gentes.
A morte da pessoa anticontemplativa, de mente obnubilada, é estúpida; e triste parece ser o destino de sua alma".
"Em tempos difíceis, quando os maus triunfam sobre os justos em larga escala, cedo ou tarde quem espera em Deus acaba por enxergar o infortúnio e as dores como instrumentos de perfeição.
Não é, pois, gratuito o seguinte versículo do Salmo 30: "Multae tribulationes iustorum".
Quando tudo parece não ter solução, o homem fiel espera com maior fervor o auxílio proveniente do poder e da sabedoria do Criador".
"Para haver traição um só covarde basta; para haver revolução são necessários quatro ou cinco – movidos pelos mesmos ódios e medos".
"Em países moral e intelectualmente depravados, as maiores banalidades transformam-se em dilemas "éticos" de grande repercussão.
Onde a maioria não enxerga coisas desde sempre óbvias, tudo é doentiamente problematizado".
"Quem viveu e não amou perdeu tempo duas vezes: o que foi e o que poderia ter sido.
E é candidato a também perder a eternidade".