Coleção pessoal de CarlaGP

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⁠"O sucesso é o tirânico deus do agora".

⁠"A opinião temerária costuma expressar-se em tom de assertividade afrontosa, e assim acaba por seduzir incautos e pessoas carentes de quem lhes diga o que pensar e como agir. A propósito, os grandes demagogos, como também os vaidosos incuráveis de todos os tempos, dizem enormidades com o ar grave de um hierofante que revelasse os arcanos divinos a palermas.

Ao se levarem grotescamente a sério, esses aspirantes a Prometeu redivivo atraem uma singular fauna de escrupulosos, de gente que precisa consultar rubricas, biobliografias, máximas de mestres ou pseudomestres para dizer que o azul azuleja e o calor aquece.

Dita com aparente circunspecção e profundidade, a opinião temerária serve de chamariz para os covardes, para os que decidem delegar a terceiros o dever de decidir sobre coisas óbvias, atinentes única e exclusivamente a suas vidinhas inseguras.

Por trás de toda opinião temerária há uma alma não muito honesta".

⁠"O ódio, ao perdurar, acaba por se transformar no amor pervertido de uma pessoa por si mesma".

⁠"Só o amor enxerga a bondade"

⁠"A paz só prospera na ordem".

⁠"Conhecer uma pessoa é conhecer os motivos pelos quais age".

⁠"A falta de ternura no presente é o caminho certo para um futuro sem saudade".

⁠"Para a alma escrava, liberdade é opressão".

⁠"O covarde é secretamente sádico: esconde do mundo a alegria que sente ante a desgraça do corajoso. Em breves palavras, o fracasso do corajoso é o prazer íntimo com que o covarde ameniza a sua má-consciência".

⁠"Por trás de todo elogio desmedido oculta-se, ordinariamente, um ódio inconfessável".

⁠"O amor tem ótima memória".

⁠"O amor é discreto no que dá e no que recebe".

⁠"O final dos tempos será repleto de otimistas".

⁠"Toda maldade traz consigo uma parcela considerável de ridículo".

⁠"Sem Deus, a realidade é logicamente absurda e ontologicamente inviável".

⁠"O mestre que adula o discípulo elogia-se a si mesmo, no ato".

⁠"Ninguém jamais duvide do potencial homicida de uma sociedade que perdeu o senso do ridículo".

⁠"O medo e a maldade têm um dramático traço comum: chegados a determinado ponto, ambos são capazes de destruir a consciência de uma pessoa, transformá-la num monstro moral que sobrevive, neuroticamente, de autoenganos sombrios".

⁠"O medo desgovernado destrói a capacidade deliberativa, sem a qual não existe real instinto de sobrevivência. Acuado por fantasmas, o ser humano não vê o precipício onde se atira pensando defender a própria vida.

Os grandes manipuladores conhecem de cor esta lição: embacem a inteligência de um homem pela inoculação do medo, e ele será uma perfeita marionete a reagir por reflexo condicionado".

⁠"Não há rancor mais deplorável que o de um intelectual em busca de reconhecimento".