Coleção pessoal de carlacruzrj

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Eu preciso de algumas horas de solidão por dia senão “me muero”.

Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...

O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e se recusa a envelhecer.

Quem muito agrada, desagrada.

O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma.

E quando acaricio a cabeça de meu cão – sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.

Porque, às vezes, acordar tem lá suas muitas desvantagens.

Eu sou nostálgica demais, pareço ter perdido alguma coisa não se sabe onde e quando.

– Ela é tão livre que um dia será presa.
– Presa por quê?
– Por excesso de liberdade.
– Mas essa liberdade é inocente?
– É. Até mesmo ingênua.
– Então por que a prisão?
– Porque a liberdade ofende.

Às vezes me dá enjoo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta. E é só.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.

Faz de conta que ela não estava chorando por dentro – pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver.

Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado.

Eu disse a uma amiga:
– A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
– Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.

Par perfeito não existe. Existem pessoas imperfeitas que aprendem a gostar das diferenças umas das outras.

Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como
aviso de que somos livres.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.