Coleção pessoal de cannedinsanity

101 - 120 do total de 214 pensamentos na coleção de cannedinsanity

A estrela que eu escolhi não cumpriu com o que eu pedi e hoje não a encontrei, pois caiu no mar, e se apagou. Se souber nadar, faça-me o favor, o milagre que esperei nunca me aconteceu. Quem sabe é só você pra trazer o que já é meu.

"A Vida Anuncia que renuncia a Morte dentro de Nós"

"Cuida de Mim enquanto não me esqueço de você"

''E já não eram sós, ambos somavam entre si, não importava mais quem era a primeira ou a segunda pessoa, por que eles eram um só... E todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito e quem seria o predicado.
Quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria... Ou seria, a forma "mais que perfeita"!
Conjugavam-se de maneira irregular explicitando suas diferenças, reconhecendo os fragmentos e os complementos.
Buscavam a medida certa.
E assim... reconheceram-se juntos, sem necessidade de mais nada para se completar, por que juntos... Eles transbordavam!''

A lembrança serena de uma dor passada traz um prazer.

Fala pra ele que ele é um sonho bom que mudou o tom da tua vida comprida.

Todo sofrimento breve é obrigatoriamente suportável, mesmo que intenso

Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.

(...) sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso.

O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.

Uns sentem a chuva, outros apenas se molham.

Quando não se tem nada, não há nada a perder.

MEUS ERROS
Meu erro foi amar em excesso quem nunca de fato me amou de verdade tão pouco estava disposta a isso;
Foi me entregar mais uma vez a quem nunca valorizaria os meus sentimentos e ter acreditado que tudo finalmente seria diferente;
Foi acreditar nas suas palavras ainda que as atitudes estivessem contradizendo tudo o que foi dito;
Foi acreditar no meu coração que só queria o meu bem estar;
Foi querer consertar algo que de fato não fui eu que desconsertei;
Foi achar que eu era o culpado por um erro que nunca existiu;
Foi colocar a pessoa amada sempre em primeiro lugar sem pensar em mim e no meu sofrimento;
Foi não ouvir as pessoas que me amam quando disseram para ser cauteloso e não ir com tanta sede ao pote;
Foi acreditar em uma história de amor que na verdade nunca houve, pois uma história de amor se vive por duas pessoas e não só por uma;
Foi acreditar que aqueles bons momentos se perpetuariam;
Foi perder tanto tempo acreditando que tudo seria apenas uma fase;
Foi ficar lamentando tanto ao invés de deixar o que passou no passado e recomeçar do zero;
Foi acreditar que as coisas boas compensariam os pequenos erros;
Foi querer acreditar que tudo seria superado pelo amor;
Foi achar que estava vivendo um sonho;

Enfim, meu maior erro não foi amar, e sim ter perdido tanto tempo querendo provar algo que nunca seria valorizado. Dizem que quem ama faz o impossível, mas nenhum esforço é válido se o sentimento não é recíproco...

Mas afinal de contas, a vida é feita de erros e acertos. São nos erros que tiramos as nossas maiores lições e no acerto que descobrimos o quanto a vida é boa!

A vida segue...

SONETO LXXXVIII

Quando me tratas mal e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.

Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto.

A dor é uma coisa estranha.
Um gato que mata um pássaro,
um acidente de automóvel,
um incêndio...

A dor chega,
BANG,
e eis que ela te atinge.

É real.

E aos olhos de qualquer pessoa pareces um estúpido.
Como se te tornasses, de repente, num idiota.

E não há cura para isso,
a menos que encontres alguém
que compreenda realmente o que sentes
e te saiba ajudar...

Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura.

Tudo o que era mau atraía-me: gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma opinião política, nenhuma ideia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil.

Mulheres: gostava das cores de suas roupas; do jeito delas andarem; da crueldade de certas caras. Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina. Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas. Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar. No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.

O fato é que ela possuía uma graça especial, talvez o modo como se debruçava à janela, ou mesmo o jeito oblíquo de sorrir apertando os lábios, como se temesse revelar no sorriso todo o seu mundo interior.