Coleção pessoal de camposcampos
Detalhes do Sucesso Integral
Sucesso no conceito moderno
O sobrevivente após muitas décadas de existência
para para pensar sobre sua voraz e bel insistência.
O alfarrábio convincente, anotação já amarfanhada
pelo tempo o qual não perdoa nada. E ao desfolhar
o livro mental de sua vida ao ouvir o velho farfalhar
desse detalhe, o qual lhe trouxe o sucesso e fracasso
ante a mente falha. Saindo do analógico e ordinário
para o digital desse mundo virtual. O verbete: Detalhe
tem enorme significância duma aliança onde a avença
avança, como na bela peça do escultor em seu entalhe
de confiança: se dissesse: Impossível melhorar o todo
sem melhorar a parte visível, embora, tal importância.
Um parecer incrível. O sucesso para ser bem completo
em sua universalidade há de ser minuciosamente visto,
analisado de verdade, com profundidade. A somatória
desses detalhes vai fazer a diferença na veraz história.
Na atualidade, pela explosão demográfica predatória,
torna-se grande competição no jogo da vida humana,
vencerá aquele que fizer melhor a diferença urbana.
Nota-se que entre algumas décadas havia a grande
diferença pela qual se fez presença nas redes
sociais, então murmura o cidadão: Somos
todos, quase iguais, onipresentes
no mundo da comunicação
visual-virtual-atual
resídual
real.
Isso
merece
a prece da
comemoração:
Eis a taça imemorável
do mais requintado cristal
A videoconferência ideal traz
por trás essa benesse duma tecnologia
de ponta a qual à mente de antigo ranço apronta
nessa indescritível afronta. Lojas virtuais, classificados
de anúncios animados, ensino à distância formal e outros que tais.
E a cada instante tudo se renova, e o candidato ao sucesso deve estar
Integrado e interagindo socialmente e pronto
à prova. Falar sobre endereçoeletrônico, sobre
blog-site. É mesmo que relembrar da sorte,
do velho Marconi, de Graham Bell e suas artes.
Parte as quais mudaram o mundo de seus dias
exaltado por enigmático estandarte de figurante
cartel. No momento: Internet, Google, holografia,
Skype e muitas outras ferramentas espetaculares,
verdadeiras alavancas sérias ao sucesso moderno,
inacreditável científica-arte. E para falar de sucesso,
jamais passaria batido o tema de há muito adquirido:
Negócios e as vendas. São duas inseparáveis fendas
quais processos defendam. Continuando a matutar
lá com seus botões, absorto em seus sonhos
de velhas pretensões: Até porque sempre
está-se a vender alguma coisa, a imagem
se for empresário, a voz se for cantor, o livro
se for escritor, até a malandragem se for otário,
o físico se for atleta, o futuro se for profeta, enfim,
pode-se acrescentar, goste ou não, a prostituição,
cujo detalhe negocia o corpo ao prazer libidinoso
de confusão, cuja atividade se caracteriza como
mais antiga profissão. Sem menor preconceito,
ou racismo afeito, até porque são os melhores
detalhes do sucesso, qual conceito atrapalhe
o direito quase perfeito. Veraz observação:
São antigos detalhes de o sucesso-criação!
jbcampos
Ontem foi o dia
Ontem foi o dia do poeta e da poesia, Carlos, Bandeira, Olavo, que maravilha. Vinícius, disse para que o amor eterno durasse, enquanto pudesse. Patativa lá no agreste respondia que no amor ele mais investia. Castro, após nascer nesse glorioso dia, preocupava-se o dia inteiro como experiente e jovem carpinteiro das palavras a destruir ao invés de construir navios negreiros em sua lavra. Camões já estava pra lá de Trapobana, a erigir sua nova choupana repleta de versos altaneiros prevendo dias tristes a Castro em sua luta desumana em prol dos carcomidos negros, com seu calcanhar atingido pelo desastre ao jovem ocorrido. Poetas também têm problemas, até no dia da poesia, muitos choram e muitos riem.
Até mais, poeta e poesia.
jbcampos
Acocorado num canto d’alma
Acocorado, solitário encontra-se você
nobre e triste como forte guindaste
assegurando à vida, assim a natureza
espiritual lhe fez parte dessa proeza
querida. Porém, veja-se pela santa fé.
Um santo abandonado em si mesmo,
um solitário, retardatário do sistema.
Tem de ser diferente de muita gente.
Você é poeta, mesmo que não queira.
Escrevendo àquele de coração aflito,
concebe-se o amorável ensinamento
com qual se cala a voz do aflito grito.
Profunda fala que cala a fala inaudita
editada ao evento dum furioso vento.
a qual não sendo ouvida explodirá
ao estampido de perdida bala
ao contraponto do lamento.
Eis o livro consagrado,
há muito tempo,
ensinado
ao
desorientado.
Desde o relento,
de ensinamento
ao templo-crente
que se foi firmando
ao tempo - quente.
Por todos os lados
logo: adjacentes.
Isto que se fala
não é de fato
consumado?
Atualidade
depara-se
com
a virtualidade
de veraz realidade.
Deveras, sem a escrita
nada seria completo,
tudo estaria secreto,
fadado ao nada
do decrépito
momento.
Muitas vezes macambúzio
procura-se no livro refúgio
do alívio. Como o búzio
e o marujo confuso,
marejam no mar
de natural santidade,
enquanto, o ladino da cidade
ao recorrer pelo decorrer do ocorrer
da facilidade de seu destino.
Assim sendo, um dia
a morte há de viver
no seu dia a dia
matando
a própria
melancolia,
quiçá, suicidando-se também.
Nada quero que morra, porém,
a morte o que é que tem;
eu a mataria e seria
santo criminoso
também...
Amem o
amém.
jbcampos
Inspiração duma inspiração
Após escrever: Toc-toc-toc, a musa me faz padecer ao me mostrar uma bola de capotão com terra suja do chão, apesar da redundante inspiração, devo padecer de falsa conclusão, ou toque de emoção, ou não... Em toc-toc-toc, um mancebo que sofre de toque o valoriza sobremaneira, e neste texto espero não dizer asneira, tampouco, tapar o sol com peneira. Sua mania é de enorme alegria, ao chutar pelas ladeiras da cidade latinhas de cerveja, na maior felicidade, ou qualquer pequeno objeto que não seja dejeto e que por si só não andeje... Num laivo de precisão, vislumbro a bola de capotão, àquela de futebol com a qual se costuma dar lençol de humilhação somente para dizer ao adversário: Olha aí; seu bolha é assim que se tem de fazer... O magistral cenário de uma arena espartana a qual superlota nos finais de semana, afirma que o toque numa simples bola a minha cabeça embola, e neste embote, já que não acho sentido em onze jovens tanto se desgastarem a chutá-la entre duas traves, e que a minha mente entrave, não dá pra entender milhões de pessoas, sofrendo à toa, pelo seu time ganhar o perder, sei lá o que, à toa, quiçá, a bola fosse uma bela leitoa, enquanto, muitos corações embolem em fulminantes ataques delirantes, e deste fato posso estar confiante, ante grande ilusão que simplesmente destrói o fanático coração às vezes de pessoas brilhantes... Fato é fato! Porém, o sentido vem revestido do além mote, realmente nada sei desses mistérios: Uma bola, um gol, e milhões de seres humanos produzindo grande mistério, e falo isso a sério!
Indigesta confusão displicente à minha mente mente com essa verdade descrente é melhor brecar, pois, agora o jogador a mim me pareceu eu...
Só por ironia desta pane:
a cacofonia que se dane,
pensar será meu vil vício,
ei-lo: sacrifício deste ofício.
Estou a chutar latas também
Já que na vida sou ninguém...
Quanto a você, amigo, não sei.
Quanto a mim sei que nada sei.
jbcampos
A vida é mesmo assim!
Quanta mesquinharia pelo poder podre do dinheiro. Condomínios, favelas, pocilgas e chiqueiros. Salários milionários para muitos ordinários. Pestilência e praga aos degenerados da inocência. É a real escola que esfola o pedinte de esmola sem clemência. Também, traz à forra o magnata da masmorra os quais fazem a maléfica história. Que morra o mal para nascer o bem, quiçá, bem além desta vida qual está bem aquém. O seu atraso é o arraso razoável do perdão, nas mãos de Deus como pendão do adeus à compaixão. A história universal tem demonstrado o velho magistrado do estado atual no mal dependurado. Isso não é engraçado?
Que tal? Além da coroa do rei, à toa na cabeça de gorda leitoa é a vida embromando as pessoas queridas, coitada da vida a qual nem revida. Alguém tem de levar a culpa, eis uma bela desculpa.
Oh... Senhor dos desgraçados por que tem tanto demorado ao brado de seus filhos desesperados? Não está do nosso lado? E como testemunho há crucifixo na audiência magistral do magistrado a ajuizar o homem do mal do outro lado. Quiçá, a exemplo do Senado: O condenado a condenar o condenado!
Sem blasfêmia, apenas relendo a história eclesial, noto que isso é tão normal, ao entregar o Seu Unigênito Filho aos gênios do mal num rústico lenho pendurado.
Perdão meu Deus, posto ainda não ser ateu; o meu ser ainda não O entendeu, penso o tempo inteiro nesse milenar madeiro me sentindo forasteiro emaranhado. Nada sou, mas estou quase dizendo adeus... Quiçá, também seja eu mais um condenado ao léu à visão dos olhos Seus.
Numa coisa estou certo e falo de coração aberto, creio piamente no amor, seja como for... Na minha pequenez, pouco me diz a história de matança e de perdão ao valor de pseudoamor. Fala-me mais alto o coração manso; calcado na misericordiosa aliança, desprezando a odiosa fiança. A lógica me mostra que a dor no meu irmão pode traspassar o meu frágil coração aliado à mente ágil, apesar de emoção frágil espero o Seu perdão...
Tem um profundo “porém” engripando todo o mundo: É a Paz a perguntar: Como se faz para amar alguém neste pútrido latifúndio?
Leitor é guerreiro aguerrido e altaneiro para vencer esta vida de morte revestida, esmaecida de controvérsias, mas também é controvertido, continue garrido, seja atrevido, tampouco, dê ouvidos ao ignaro de honesto travestido, vá em frente, boa sorte meu querido, porém, vá além: seja forte e boa gente também.
Seja amorável companheiro, clemente, fiel, fazendo de tudo para ser bom; independentemente de filosofia, religião, inferno, céu e dinheiro, então estará em plena evolução junto ao amor em feliz lua-de-mel.
Seja generoso apenas por ser, e jamais por hipocrisia e estará amando sem saber amar, afinado à alegria por cortejar a própria cortesia...
A vida é assim; mesmo que você não queira!
jbcampos
Apenas uma lágrima
Naquele dia do qual ninguém sabe, tampouco, alguém sabia você me aparecia. Uma lágrima, apenas uma lágrima sobre o seu delicado rosto escorria, e a mim você fluía. Foi a mais alegre melancolia, não sabia se chorava ou se ria. Estranho fora a minha paixão até o final daquele dia. Você se evaporou, deixando clarificada lembrança, pois, o sol da esperança a mim você prendia pela platônica aliança daquele orvalho à navalha qual o meu coração feria.
Hoje comprometido, você retorna, linda e faceira a mexer no meu frágil sentido, pensei em asneira.
Tenho novo amor desabrochado nas lágrimas de orvalho de uma paixão fagueira. Querida, esqueçamos esse atalho, deixemos de besteira, pois, há amor tão delicado à bela flor desguarnecida a sobreviver apenas com uma gota de orvalho. Vamos tecendo a vida nessa colcha de retalhos.
Deixemos para outra oportunidade, se é que crê na eternidade.
Eis a vida pregando suas peças.
jbcampos
O fraseador
O poder da palavra poética está além da ideia. A sutileza do verbo é algo a ser mensurado com carinho e cuidado, sem ser quadrado. O resto é mera panaceia. É como “faca de dois gumes” agudos, poderosa, podendo trazer a paz airosa, ou a guerra subliminar, portanto, cortante de ambos os lados; ideias as quais advêm de além-cume, cujo azedume deve ser trasladado à fino perfume. Se for preciso seja normal ao mudar de ideia para que o bem suplante o mal.
Dizem que o amanuense deve ter nascido assim; uns dizem ter sido acometido por fatores congênitos advindo de negros querubins, outros, ter sido atacado pelo vicio de escrever, comparam-no a um jogador inveterado de doer, viciado em carteado, jogador de futebol alienado, de pseudovivaldino em cassino, de esquizofrênico das letras, enfim: de sonhador, sofredor de frenesim, afinado em complexo feminino, quiçá, um cigano transtornado em ladino ou afim, quiçá, exilado beduíno num deserto dependurado prá lá de Marrakesh longe de Bangladesh...
Amanuense é o escriturário da literatura extrafísica, que deve funcionar como filtro de pensamentos difusos, haja vista a grande responsabilidade indutora de suas palavras, recebidas dos orbes astrais. O mal e o bem são ideias que plasmam nas vidas reais, se a inspiração for boa, com certeza as obras também o serão. E se for maligna os atos as contraporão.
Pensando bem, o seu inocente jogo pode não ser prejudicial, bem como pode fazer muito mal, já que faz uso duma arma fatal, a mais forte que existe: a palavra sutil, a única que subsiste; mesmo que seja chiste da vida mortal; que tem o poder de induzir sem muito refletir, encaminhando à lavagem mental do seu leitor ideal e tudo isso se dá pelas suas frases escritas dentro da boa ou má inspiração restrita... Com o passar dos anos o poeta percebe que uma força estranha o domina, porém, começa a entender que essa força tem nome: Missão ou Sina que fascina, quiçá, seja divina. Então pensa consigo mesmo e analisa os fatos históricos dos sistemas caóticos: Haja vista o rumo da humanidade a qual segue peremptoriamente seus antigos líderes políticos, religiosos ou idealistas, e seus preceitos grafados em velhos pergaminhos de muita idade dentro de extensiva lista, e não há quase nada que se possa fazer para mudar o seu caminho, pois, entrega a própria vida em nome de sua visão mesquinha adquirida...
Disseram por aí, há milênios, que existem céus de eternas e gloriosas vidas, e infernos onustos de arsenais robustos, e o medo toma conta dessas cabeças bruscas as quais dentro de suas conveniências convexas agem de acordo com seus condicionamentos mentais anexos. Ao final vemos que a história registra a destruição do homem com seus conceitos e preceitos de tacanhos ideais imperfeitos.
O fraseador que se preza procura a auto-conscientização de suas escritas, para não se auto-corromper, até porque, deve crer piamente na responsabilidade do que tem de escrever. A mente humana é muito sensível à indução. Se a mente religiosa for talhada para matar ou morrer até de fome em nome de seu deus, com certeza o fará sem problema de consciência tal a ambivalência que considera nobre ao mais perfeito ateu. Temos visto isso ocorrer nos meios religiosos, e porque estamos falando de religiosidade neste contexto de simplicidade, simplesmente porque se não há o consenso do bem nesse ambiente santificado pelo desejo de ganhar a salvação de Deus qual a tem muito além, então quem dirá fora desse metiê à mercê do aquém...
O fraseador continua um pensador inveterado sem se importar com o que digam a seu respeito, certo ou errado, pois, aprendeu a cumprir sua missão de trazer ânimo, saúde e alegria à alma malfadada pelo seu pseudopecado e, que a considera de direito.
Assim crê em sua verdade extrassensorial, muito embora, não passe de mais um mero aprendiz de sua musa inspiradora real...
jbcampos
Dar-te-ia o paraíso se a mim me fosse possível!
Não me leve a mal se o meu sentimento extrapola o pólo do sol poente; polo com acento não há mais quem agüente, tampouco, esse trema, que como eu ainda trema um pouco, pois, nesse crepuscular o meu velho coração crescente, pergunta mouco: Onde se encontra meu bem? Vivemos tanto tempo o mesmo tempo de antanho, portanto, o meu amor estranho aumenta vindo desse tempo ausente. A luz do firmamento é tão ínfima perto desta santa lembrança, pois, o seu coração resplandecente, esquenta a minha pobre memória carente. Somente as velhas lembranças acalentam-me, enlouquecem-me, e aquecem-me, e a dúvida permanece: Onde está você? Somente agora sei avalizar a sua presença em formato de ausência, mas nada mais dá pra fazer a não ser, saber: onde está você? Hoje o meu melhor companheiro é o seu velho travesseiro com o seu cheiro conservado pelo meu pensamento esgarçado. Embora, seja meio triste-engraçado, quando acordo e olho ao lado vejo o amantíssimo Pedro, o seu velho gato rosnando, posto deva estar agradando-o com aquele antigo amor profano, causador do meu ignorante ciúme ao sentir o seu extra-sensível perfume... Cadê você, afinal; onde foi que chafurdou?
Deixe-me dormir, acordando para novos encontros com você, somente assim poderei sentir o seu calor musical, colorindo com o mais odorífico amor o sonho desse moribundo e velho trovador mortal!
Estou pensando seriamente em não mais acordar...
jbcampos
Num canto da visão
Um recanto pode ser de infinito encanto, às vezes a vista não alcança o bem que se tem para curtir, sem pagar imposto em pranto, isso sim dá gosto, porque imposto é imposição sempre a se discutir, apesar do sisudo verbete, deve ser retornado ao povo, mas na sua viagem da mais pura vadiagem derrete à sorvete marejando todo o chão. Quando admiro a natureza de singular beleza o proprietário paga por mim as despesas do sistema o qual sustenta o seu falso diadema mesclado de infinita corrupção. Assim me entrego à viagem ao mundo da criação. A vaidade fica por felicidade ao proprietário cidadão, mas pra mim a natureza se revela por inteira em gratuita gratidão bendita. Curto em pleno regozijo essa anti-divisão e nada mais exijo além dessa bênção. A natureza celeste a minha vista avista pela minha nata visão, embora, a nata de outra catarata embargue um pouco essa função inata. Ao firmar minha visão no firmamento vejo o infinito de lampejo, pois, infinito não se vê não, meu irmão, pode crer; esse papo não é gracejo não...
- Quanto tempo pode durar uma boa contemplação?
- Alguns poucos minutos, pois, o contemplador, geralmente mente à sua mente a qual fica crente na sua inútil simulação. Dinheiro não caiu do céu, a não ser quando vem pela chaminé do velho Papai Noel, quiçá, basta ter fé... Do céu vem a vida, embora, a visão não veja a presença do fino véu a ela requerida...
Ai vem um monte de insegurança e o desequilíbrio se avança.
Porém, a inteligência simples pode entender que para se bem viver basta ter o necessário e deixar de ser otário e parar de tanto sofrer...
A paz não se compra...
jbcampos
Lembranças de ampulheta
Meu velho pai que era vivo e moço,
trazendo-me em seu forte pescoço,
e a inocência dando de ombro,
sem denotar ao escombro
que um tempo grosso,
bem mal educado,
mas estando
invocado
e um
tanto
nubrado
deu o sonido.
Momento errado.
Deixara ali estampado.
Foi um estampido danado,
esboço dum ciclo já executado.
Sem dor ou lamento ficara clavado.
Lá do lado de trás nos idos do passado.
E tudo se findara por hora.
Porém, restara futura aurora,
donde o tempo não fará mais
diferença de irreverência assaz.
Por que o tempo não dá um tempo?
Tempo, meteorito de contratempo!
Contrapondo e contraponteando
ilusões que vão em vão chegando.
jbcampos
Fascinação na arte de viver
Quando as experiências se constroem.
Produzir a semente do bem é a lei da boa qualidade de vida psicossomática.
A mente desequilibrada deixa de contemplar a beleza do singelo, portanto, passa sentir o martírio do estresse, mesmo que inconscientemente. Ou seja, o superego faz fluir do mais profundo âmago a dor na consciência. Aí o ignóbil bosteja largamente lamentando-se por ter mijado na cruz de sua paupérrima imaginação... Infelizmente continua com sua mente cauterizada, achando-se o ser mais justo do universo, tal a sua arrogante e repugnante ignorância... O sol nasce para todos, justos e injustos, assim diz a frase eclesial. A verdadeira fascinação encontra-se no equilíbrio mental. E para tanto se carece de evolução, a maturidade da experiência deve imperar no coração do ser que já passou pelas ilusões da existência. Portanto, o momento é que importa para se ter uma boa qualidade de vida e se sentir razoavelmente bem... A preocupação deve ser lançada aos cuidados de Deus, ou da energia extrassensorial. Há problema que se pode resolver, e há aquele que o tempo se encarrega de resolver. O futuro é um problema do tempo. Somente o momento nos pertence, portanto, se fizermos o bem feito no momento, com certeza o futuro estará preparado para o presente bem resolvido, e o passado deixa a experiência para ser usada no nosso momento.
Então vivamos o eterno presente.
Jbcampos
http://www.saraiva.com.br/detalhes-do-sucesso-integral-4966…
Um papo pra lá de eclesial
De onde viemos e para onde iremos?
Pode-se imaginar que daqui, dali, d’acolá, mas a verdadeira “verdade” está embasada na fé que nos pregaram durante a nossa existência calcada nas inúmeras filosofias religiosas...
Quer gostemos ou não, não faz a menor diferença!
O primeiro passo importante é não polemizar!
Não sou herético, ao contrário, sou ecumênico!
Portanto, creio piamente em Deus e em suas energias amoráveis a velarem pela nossa insignificância humana...
No entanto, há décadas procuro pela verdade divina, porém, restam-me profundas dúvidas quando leio os livros sagrados.
E para não magoar o meu querido irmão, que por ventura esteja lendo estes escritos, quero dizer que o amo com o mais profundo amor pelo qual modestamente entendo como incondicional!
Graças à sabedoria divina o povo nem sempre é espoliado pelas religiões, recebendo em troca de sua infantilidade muitos milagres pela sua própria fé.
Imaginemos se todos os que lotam as igrejas lotassem os cabarés da vida, com certeza isso seria desastroso sobremaneira.
Seria as igrejas um fator necessário?
Neste contexto se inserem as religiões, os esportes e outros eventos...
Afinal por que tantas facções evangélicas se todas seguem o mesmo livro chamado: Bíblia?
Na história da humanidade genocídios e mais genocídios foram fomentados pelas filosofias religiosas, até no mais aviltante nazismo falava-se em: "cristianismo positivo" um modelo de cristianismo coerente com o nazismo, tentando construir uma Igreja Nacional do Reich. “Santa Inquisição”, católicos versus protestantes, judeus versus palestinos e vai por aí afora... Além das facções político-religiosas a manipularem o planeta...
Algumas indagações sobre verdades e mentiras, justiças e injustiças:
Na lei mosaica os adúlteros, os homicidas, e tantos outros pecadores seriam mortos impiedosamente, ponto! Portanto, Deus decretou ao seu povo israelita a lei da: “Pena de Morte”. Com a enfática maior, por apedrejamento diante do templo, por certo para humilhar o pecador, deixando o exemplo do castigo divino.
No mínimo estranho:
Por que Jesus é chamado de: FILHO DE DAVI?
Ostentar esse título não é a mais estranha heresia?
Referindo-se ao rei Davi, pai do rei Salomão, para clarear mais o assunto, reis do povo israelita.
Você deve saber que Davi possuía 700 mulheres, e seu filho Salomão, 1000 mulheres, e Deus lhes concebia essas benesses “libidinosas”, ao mesmo tempo em que condenava o adultério.
Obs. Pai Davi, mãe Betsabá e filho desse adultério o sábio rei Salomão, outra incoerência à lei divina.
Davi cometeu os mais graves crimes com a responsabilidade de ser rei do maior reinado de seus dias. Um rei ungido de Deus, com a mais absoluta certeza teria de ter uma excelente consciência divina para governar a mais importante nação dita de Deus!
Segundo a lei mosaica Davi cometeu tais crimes:
Assassinato, quando ordenou a Joab, seu Ministro da Guerra, a colocar o seu mais fiel centurião: Urias na frente duma batalha para que morresse e tomasse para si sua esposa: Betsabá, não bastasse suas demais mulheres (700)!
Adultério, quando tomou para si a mulher do seu mais fiel centurião: Urias.
Mentira, quando camuflou o seu mefistofélico intento!
Falsidade, quando desdenhou a fidelidade de seu general Urias.
Etc.
Para encurtar o assunto, continuou a viver impunemente sobre a lei de pena de morte, instituída por Deus dada a Moisés no Monte Sinai!
Por quê?
Apenas uma das controvérsias bíblicas...
Prelúdio do bem-estar
O prelúdio da alegria de viver está embasado na filosofia da simplicidade. Encantar-se e encantar. Ser multifocal, enxergando por múltiplos lados, sem jamais se envolver com os desajustes alheios. Fracassos e sucessos são fatores da vida. Muitos dão a volta por cima, e alcançam o pódio da vitória. Simplesmente porque o pódio não é exatamente um altar de consagração social, mas é a paz de espírito que porventura se consiga parcialmente. É ver com os próprios olhos d’alma, e não por olhos alheios.
Aqui está a simples diferença que poucos querem enxergar, mas que faz a enorme diferença no equilíbrio psicossomático da saúde humana.
Simplificando; ter o desejo doentio de sobrepujar o irmão, é o grande causador de dores cruciais. Ter a ignominiosa necessidade de provar que se é... É realmente um pé no saco. É a maior burrice humana.
Se é o quê?
Um saco de tranqueiras a ser jogado ao pó, isso é o que se é!
Afinal, se é o quê nessa vida estapafúrdia de pobres mortais?
Por que não aproveitar os momentos tão rápidos da existência para se ser feliz com o que existe ao nosso entorno?
Curtir o amigo, o filho, o pai, o neto, enfim o próximo que estiver mais próximo... Curtir o silêncio da solidão. Curtir a si próprio.
Cultuar o bom papo, o bom sono, o relaxamento, um simples banho bem sentido, bem notado, um cafezinho, um bom filme, uma boa música, enfim há muito que fazer quando não se tem nada pra fazer...
Simples assim...
jbcampos
O pensador e a vida
Viver é degustar a simplicidade da vida. É ouvir o farfalhar do ar puro na natureza, ou na fuligem asfáltica da riqueza. Atender ao zunir da ventania com alegria, olhar ao próximo bem próximo do amor como uma apaixonada donzela fita à flor, sem jamais deixar faltar em si à cortesia. É respirar o som melancólico da proeza. É requerer da vida a generosidade. Esse é o direito já adquirido. Se por acaso, e até por necessidade, e se for o caso; mudar de sentido. É se embebedar com a água límpida da nascente; encontrar com pessoa simplesmente decente. A bem da verdade; ela pode ser diferente. Pode crer, ou se quiser acreditar, fique à vontade... Mas às vezes ela é mais decente do que a gente. É ser puro quase semelhante à pureza adstringente. É ser amigo do feio enfeitado de beleza transparente. É sorrir desbragadamente a mostrar os descorados dentes, sem ficar preocupado em derrubar a dentadura sobre a ferradura de alguma cavalgadura que esteja presente ao lado. E a vida sendo toda essa enorme festa, usar o olho que se tem no centro da testa. Se faltar algum canino, fazer-se de menino. Amolar os molares e deles abrir suas frestas... E jamais, confundir melancia com pepino... Para viver a arte da vida é necessário entender o que é despojamento ao deixar de ser o centro. Ser centrado no alvo do verdadeiro documento. É fazer do crepúsculo o mais belo alvorecer. É indubitavelmente a simplicidade de se fazer crescer! É ser gente grande com a grande força dum jumento. É amar a natureza, seja ela a de fora ou a de dentro. Desprezar a dor do enfadonho tormento. É enxergar os mínimos detalhes a fazerem a diferença... É avençar ao avanço na fidelidade da própria crença... É ter mente albina que supere a do mais inteligente paquiderme. É deixar a escrotice de ser humano semelhante ao verme... Encarar a vida com desvencilhamento ao desencilhar-se da ignorância que causa a ânsia somente de olhar o futuro inferno. É ser um fino vaso embasado no discernimento, e envazado de bom argumento. Ser um levíssimo violino a violar qualquer destino. Ser apenas um entre vários, sem necessitar ser um Stradivarius. É dar azo ao extravaso do extravasamento contrário quando se sente a alegria no nada divino. Viver eternamente em qualquer eternidade, tornando-se sibilino ao sonoro som do divino sino.
E continuando o Pensador a cismar: Encolhido num canto qualquer, consigo a prosear: Sentir a vida com a devida simplicidade, ser automestre da real realidade. É estar no mais fino lar, ou no estábulo a trabalhar, tanto fez como tanto faz. É perceber a alegria amorável no imo do coração, independente de crença e do tipo de oração. É estender a mão ao querido irmão. É se aconselhar a dar conselho sem jamais cobrar. É doar-se a tudo e a todos pela osmose da extensão. É deixar que o mundo rode, pois, Ele foi Deus na manjedoura, como no reino de Herodes.
É provar do dulcíssimo nirvana; É sair fora dessa caravana... “É ser Amigo do rei, fazer uso de toda a força humana. Mesmo que nada tenha a escolher. É levar um cutucão na ilharga, passar alguns dias em Pasárgada. “Navegar é preciso além de Trapobana”. Não é nada do nada, é simplesmente viver! Sem a ninguém condenar, porém, com a consciência de não se condenar também... Que aqui não fique o entendido pelo não entender, pois, viver é a melhor maneira de crescer ao alvorecer do amor do benquerer...
A felicidade é plenamente intrínseca!
O pensador não para de pensar...
jbcampos
O velho
Perguntei ao velho, por que era tão só, ele simplesmente me respondeu que o era pelo simples motivo de ter envelhecido e de ainda estar vivo ao se aproximar do pó. Portanto, o esquecimento lhe fora concedido pela própria natureza humana sem dó.
Sem inculpar ninguém seguia o seu caminho coberto de flores, seus sonhos eram plenos de amores por sobre os espinhos de seus dias de refinados estertores, além do além.
Onde estariam seus descendentes?
Fato corriqueiro e recorrente...
Seus amores ocultavam-se dentre aqueles abrolhos e flores de seu velho caminho como se fora guardado a sete chaves dentro dum antigo escaninho.
Às vezes os mais queridos parentes tornam-se friamente indiferentes...
O tempo é o melhor remédio a solucionar tais problemas, colocando todos na posição horizontal, onde findarão as orgulhosas vaidades vislumbradas por velhos diademas os quais também criarão a feiúra de seus azinhavres...
O ouro somente tem o simplório valor quando a vida faz alguém admirá-lo e mais nada de inútil poder-se-á acrescentar nessa ilusória panaceia de placebos fúteis.
Naquele momento de exílio a porta se abre, era chegada à hora de fechar o asilo...
jbcampos
Ao transpor de mais um ano
Olhando ao longe dum horizonte demarcado ontem, vislumbrei minha vaidade de antanho se findar distante, porém, naquele eterno instante instei-me à elegante infante e enfatizei ironizante: O meu ouro se transformara em estanho, acho tudo isso muito estranho.
Afinal pra que serve tudo isso, a vida, o bem, o mal, a saúde, a doença enfim a morte fatal?
Mais uma farra nesta algazarra sideral, afinal quem bagunçou o universo assim, seria algum super serafim?
Esbórnia geral...
Estou prisioneiro sob meus janeiros, enquanto, o bandido está seguro em seu paradeiro.
Os ardis dos impostos, impostos sobre meus ombros; cobrados até sobre uma singela caixa de fósforos.
Ah... Fala sério, estão de brincadeira com todo esse mistério...
Pra que serve todo esse dinheiro?
Para satisfazer o ego de políticos caloteiros, legalizados dentro do próprio Senado, porém, lavado lá do outro lado no estrangeiro.
Estrelas caem, buracos negros consumidores de luzes inocentes, por quê?
Debaixo de pontes muitos inocentes indigentes.
O guloso tempo devorou mais um ano nessa eternidade toda, mas quem poderia ter autorizado-o a se alimentar de tantos milênios assim?
Esse cara só pode ser um dragão chinês mesmo!
Quem poderá mensurar o tempo de minha ignorância.
Que apenas sobre sobre minha cabeça pobre a tolerância sem fim de ignorância nobre...
Que a hipocrisia me abandone e prevaleça sobre minha ignara vaidade um resquício de sinceridade...
Bora povão...
Pra onde?
Deus sabe!
jbcampos
Feliz Natal à maneira geral
Feliz Natal é o desejo deste modesto
coração fraternal, já egresso do mal
à pretensão de fazê-lo com bom zelo
no amor manifesto neste ato informal,
lavrado no singelo carpintejar de Jesus
ao nos informar pelo seu calvário de luz,
eternizado em sua cruz de valor colossal.
Portanto, criado pelo Ser de amor sem igual.
Que aqui se incluam: Ghandi, Maomé, mais a fé
ao amor universal, somente ele nos deixa em pé!
Somente mais uma festa de inocência neste Natal
poderá elevar à indulgência de grã diferença social.
Que bom seria se todo o dia fosse Natal
de paz, harmonia, amor e alegria total.
Feliz Natal de coração
aos irmãos desta relação
e aos demais que não são.
Feliz Natal
ao universo
nestes versos
de amor sideral.
jbcampos
Distração providencial
Estive distraído em meus pensamentos, imbuído em meus tormentos, entorpecido em meus lamentos, porém, o meu ventilador atrevido ao arrefecer meus ouvidos me fez ver ao fazer um zumbido desconhecido ao ouvir com meus espirituais ouvidos uma rouca voz a soar no ar do meu amado lar a me dizer: Mal agradecido! Abra essa janela e veja por ela o magistral vergel paradisíaco que lhe apraz. Aí o meu próprio pensamento me repreendeu legal: Ei você aí, não se toca não? Está pensando ser o tal a conjecturar a sua situação atual... Sendo septuagenário; não se vê otário? Com que mãos está a escrever, com que olhos está a ver, com que pensamento pensa tal atrevimento mortal, com que pernas anda para enfrentar o mal de se contradizer a doença a qual não se cansa de perseguir o carcomido andar do doentio ser?
Abri a janela e senti do arvoredo adentrar mais cedo a energia celestial, surgindo do meu feliz quintal num alegre segredo sentimental.
Como sou bobo, meu Deus!
Estou aprendendo a viver o eterno momento, o resto é somente frescura humana!
jbcampos
Merencória
Numa dessas noites enluaradas, sentado me encontrava recostado numa pilastra do alpendre lá de casa, sobre o primeiro degrau daquela escada, enquanto, contemplava o campo mesclado de arvoredo encantado o qual se perdia no tempo daquela noite a qual irradiava certa alegria para apaziguar a minha afoita agonia. Relembrava dum passado distante dum desperto anteontem. Aquele pensamento estonteante me fazia rubrar à tez ao confundir o alazão, potro de estimação com um rinoceronte de ilusão noturna. O potro ao trote na mata se desfez como vulto soturno em sua sordidez. Envergonhado com a minha insensatez voltei-me a pensar: “No escuro todos os gatos ficam pardos”. Descartando minha timidez, retornei a pensar outra vez no meu velho fardo: Por que a paz arredia se desfaz em melancolia na merencória dessa lua fria, sem sentido profícuo? Inexplicável sentimento místico de dor e alegria, não dando o devido sentido ou algo parecido com o qual me identifico, porém, infelizmente não explico.
Então briguei comigo mesmo, repreendendo-me, pois, deveria aproveitar aquele momento bem medido, quiçá, bem merecido duma sublime contemplação de estado de espírito imbuído dum lapso que ficou perdido, todavia, deveria ser mais querido.
O resto não passava de mera ilusão.
jbcampos
Simplesmente
Ao adentrar à singela favela notei que nela havia alegria, as crianças sorriam, os jovens tagarelavam em demasia numa tarde fria... Pensei, afinal do que sorriam. Então vislumbrei que caia a fixa pela qual há muito não me apercebia ser um ser tão frágil e pobre diante de gente de índole nobre. Voltei o meu pensamento ao real e pude entender um pouco, apenas um pouco de que a vida ali não influía, tampouco, fluía sobre àquela matéria fria tomada de alegria quente de singela gente. Aí conclui que a felicidade encontra-se na simplicidade de um brinquedo qualquer, dependendo do olhar de sabedoria do pobre mortal a qual ria da própria ironia do belo malmequer o qual ao final do dia arrefecia e noutro fenecia ao capricho da natureza real.
Ali entendi que tudo o que possuía; somente me pertencia por um laivo de momento e que tudo deixaria ao meu orgulhoso tormento.
Como sou pobre, meu Deus!
jbcampos