Coleção pessoal de camposcampos
Viver é a arte de se inspirar no germinar gracioso dessa divina semente plantada no ar de nossa mente-imaginação. É muito mais que simplesmente. É sentir a brisa ao zurzir do vento lento ao balouçar das folhas no firmamento, é força imorredoura da percepção. É olhar ao mar, ao pó, ao amor maior, ao dó da dor na cor da degradação. É sentir o gesto dissimulado do irmão. É enxugar as lágrimas, conter o riso, ver o lixo ao enxergar o bicho com ramalhete de rosas brancas em suas mãos de pelúcia dentro de sua amarga astúcia. Viver é o amor sem tradução. É a estrada desobrigada da obrigação. É a carga sobre a ilharga é o luxo desvencilhado do orgulho oco. É se fazer de moco aos gritos apavorantes da ilusão. É notar o tempo inteiro a atitude certa do companheiro para aprender a sábia arte de sobreviver entre o bem e o mal, sem a ousadia de julgar sem conhecer. É a sabedoria de entender a feiura e a beleza dum amanhecer ao degustar o açúcar e o sal da natureza. Viver é a beleza da sorte de morrer na morte da ilusão. O resto é vida, meu querido irmão.
jbcampos
Postado por João Batista De Campos em 13 de Setembro de 2018 às 7:07pm
Somos volúveis sobremaneira ao passarmos pela vida inteira, inteirando ideias conexas e desconexas, verdades & mentiras anexas. Caímos em ardilosas armadilhas gostosas, porém, elas veem retirar até o nosso último vintém. É a lei da sobrevivência implacável, e somente o ser humano pode e deve defender-se de todas suas tramas as quais podem sobrecarregar a concordância do amém em desajeitada patranha. O homem também vai além, criando guerras infindas pela eternidade advinda. Poder e riqueza reforçam essa mesa. Momentaneamente, incoerentemente pela ilusão de vida passageira e indevida, endividada pela vida inteira. Na realidade tudo não passa de ilusória besteira. O assunto que aqui nos convém, convenhamos, é cuidar da nossa orbe mental, que tal? É neste exato momento que entra o nosso Guardião mental, sujeito pouco sentimental. Sem a sua providencial interferência o nosso sonho pode se tornar desastroso pesadelo, ao desenrolar desse antigo novelo chamado de: Medo, com várias alcunhas: Insegurança, Inveja, Ódio, Vingança, Morticínio, Matança, covardia, enfim os demais companheiros dessa nojenta facção que produz o excesso de medo, eis o Guardião guardando seu mais íntimo segredo. Se o nosso Guardião mental, estiver sóbrio, e nessa lucidez separar cuidadosamente a dor e o prazer em seus devidos lugares, com certeza, teremos maiores momentos de felicidade em vez de tormento à espera da atrocidade, este é o conhecimento óbvio de nossos movimentos. Vamos simplificar o nosso entendimento: No presente momento, ao plantarmos mamão, temos a plena certeza de que colheremos mamão, isso é bem óbvio e bom, porém, a sua qualidade não depende somente do nosso cuidado, mas podemos deixar de lado maiores preocupações, portanto, melhorando a nossa qualidade de vida psicossomática ao se preocupar com esse plantio o qual depende do sol, da chuva, da praga e do estio. E não pense que a vida nossa de cada dia é diferente, apenas temos de fazer a nossa parte, o resto, com certeza, ficará ao deus-dará. Nada podemos fazer além da nossa limitação. Quando um mau pensamento se aproxima da nossa mente esse Guardião chamado de subconsciência deve estar treinado para repeli-lo tranquilamente, sem medo, sem cisma, sem ódio, sem fobia, sem rima, coisa que o subconsciente não tem, somente quando o condicionamos, então dá pra se ter uma ideia de que ele realmente é o nosso mais fiel companheiro, obedecendo nossa ordem sem discussão alguma, apenas obedece à robô mental. Esse Guardião de tão fiel passa por burro, literalmente falando, condicione-o a crer na mais espúria mentira e ele a terá como a mais pura verdade. Peguemos um simples exemplo do nosso cotidiano atual: Se alguém perguntar em quem alguém vai votar, com certeza a maioria vai fazer um discurso em defesa de algum político ladrão, corrupto, idiota, é isso mesmo, temos vários que já foram depostos de seus cargos por corrupção e ali se encontram como se nada tivesse acontecido, tem uns que estão presos e ao mesmo tempo são candidatos, e se porventura você declinar ser apolítico, vai receber um belo sermão ao ser julgado como impatriota e assim por diante, mesmo que não tenha em quem votar, já que você não tem a capacidade de julgar quem seja o bom político, filho ou neto de outro político que há décadas continuam a perpetuar a mesma geração. O Guardião da maioria recebe uma ordem nefasta para que não enxergue, literalmente, e simplesmente obedeça cegamente o sistema. Na realidade é mesmo a maneira mais inteligente para que se viva melhor, porém, nada impede de que se enxergue realmente o fundamento da hipocrisia humana. Peça ao seu Guardião que lhe indique o melhor caminho a seguir. Porém, isso somente acontece quando a gente se entrega à meditação profunda e constante até que se reconheça seus benéficos e maléficos efeitos, quais sejam bons ou desastrosos e que podem afetar a vida familiar e social. E você, já encontrou o seu ilibado candidato? Eu? Bem, prefiro ser hipócrita como o próprio sistema, estou proibido pela ética eleitoral em declinar o meu voto secreto, talvez eu pague a multa. Ah… Estava esquecendo, talvez pelo adiantado do tempo, não preciso votar, estou na democracia e tenho 73 anos de idade. “A democracia não obriga ninguém a votar”. Seja feliz meu irmão e, vou além; se encontrar o seu nobre e probo candidato, então posso até fazer um sacrifício, diga-me o seu nome e o seu ofício, que quero nele votar também. Só não me venha com chorumelas!
jbcampos
A força que move o poeta
Ei... Poeta, não tem desconfiado de que o divino está ao seu lado, e indo mais fundo, ele se encontra à nano divino no universo do seu mais profundo âmago, à mago a lhe ditar o destino. Você é poeta-profeta, já que canta o amor, decantando-o ao coração doentio e apaixonado. Seu evangelho é perfeito, pois, é refeito do amor-perfeito, por isso ao poetar, poetize direito, para obter com ciência o direito autoral-divinal de sua consciência.
Que tal?
Forças divinas e impelentes fazem o poeta escrever constantemente alegre e contente como a fala do mais erudito magistrado ao deixar registrado seus pleonasmos forenses, porém, somente se ajuizado condignamente.
Amigo poeta e poetisa, vocês foram contaminados pelo dom mais sagrado a escreverem um bocado. À sacerdote repleto de dote, e à sacerdotisa que avisa ao irmão arrasado o qual já perdeu a divisa. Para não se sentir fracassado é somente olhar ao Pai da semente, Jesus, que ante a sua sorte à morte de cruz, pediu ao Clemente a lhe passar o momento cruel de acérrimo fel para lhe dar a flor já com o valor do mais puro mel e a fazer jus ao seu amor advindo do céu. Cujo Senhor levou sua dor ao suador de sangue e já exangue lhe mostrou o quanto lhe amou. Deus, à otário; ao famoso calvário por você se arrojou. Poeta, você fala do amor, e só por isso muitas almas salvou. Porém, nem dá conta da boa semente a qual semeou.
Está enganado ao pensar no pastor, no padre alado, ou no confrade do avô de algum frade. Poucos destes são escolhidos a poeta-profeta a professarem a linha reta que leva ao amor. Muitos estão dizendo adeus ao Amor-Deus que a nós já há muito nos deu e provou que, a ação não é tese a forjar o doutor que se preze. “A prática vale mais do que a gramática”. Então ao seu divino dom não despreze, meu poeta-irmão. Cumpra a sua missão com emoção e fervor de um alegre trovador. Se apenas um ser ler e sentir o seu amor, já resgatou com louvor o direito de amar outra vez com plena emoção.
Somente o amor é maior do que a sua missão; pode crer, poeta-escrivão.
jbcampos
Ego do alter ego
Hoje, nesta madrugada fria, treze de julho de dois mil e dezoito, acordei meio afoito, minha visão ardia, sono não havia; encasquetado, girando para os dois lados com uma fórmula matemática na cabeça, daquelas que não servem para muita coisa a não ser para a matemática pura que o ego apura, fazendo resplandecer tal cultura e que a ela enriqueça.
Uma imagem em meu ego fazia-se aparecer, era um tal Pitágoras que se dizia filósofo e matemático e a mim me exprimia:
- Sabia João, que ao olhar com exatidão, atualmente vejo sem termo de comparação que; apenas dois números tomam conta desta digital situação. São os binários em fantástica correria os quais no meu tempo não urgia, meu irmão, esse atletismo de histeria.
Ai lhe perguntei:
- Mestre; realmente seriam dois mais dois iguais a quatro?
A mim me parecia velho conhecido de tempos idos.
Surpreendia-me, quando dizia o sábio em seu sábio relato com certa supremacia, velhaca ironia:
- Analisando os fatos, os números não são exatos, pois, nada sendo igual a nada, torna-se essa relação apenas relativa. Dízimas periódicas simples ou compostas com os logarítmos já dão essa simples resposta, ciência exata não existe não, a não ser no sistema sistêmico de escolar organização.
Enquanto, proseava com o matemático, cheio de cismas, eis que se aproximam dois cavalheiros, e ao lhes voltear meu olhar, na mão de um deles avistei um voltímetro, e na do outro um violino roto.
Meio atônito com aquela visão, e por não ter muito a ver com essa relação, levantei-me para saber se sabia escrever.
Oh… Meus Deus!
Ah… Já me esquecia do que Pitágoras dizia sobre o número de ouro; e do pi por não ser exato também, porém, mudando o assunto vamos além.
Quanta cacofonia redundante e pleonástica em mim adjetivei. Analisei, analisei tudo aquilo que lia, e me orgulhei de ser mais um brasileiro-lusófono, pois, meus companheiros de poesias naquele momento me deram enorme lição de alegria pela sabedoria de seus pensamentos, pois, em suas poesias, textos e poemas, somavam-se só maravilhas maravilhosas, somente para alimentar o meu ego-vício novamente redundei com redundância desastrosa, somente para rimar o que dizia sem o menor sacrifício, pois é, sem demagogia, não sou sequer um pequeno apóstolo em suas epístolas poéticas, sem rimas ou com métricas.
Naveguei, naveguei, até porque já ouvi dizer que navegar é preciso, porém, o que realmente é preciso: É se olhar e ver com bom e humilde juízo, foi assim que ajuizei, e entendi de que nada sei de preciso, porém, gostaria de ser preciso ao escrever.
Apenas o meu ego alisei.
Cada poeta-escritor caracterizando o seu bom odor, perfume dos deuses, do divino amor, traduzido em alegria e humor.
Nomes não citarei para injustiça não cometer.
Parabéns aos meus poetas-professores com muitas flores, simbolizando o amor pela alegria em poemas e poesias, diademas de suas lindas postagens revertidas em mensagens, linimentos, alimentos de nossas almas, armas preferidas e proferidas como espadas nas mãos de exímios espadachins do amor. Como diria em frase informal: Etcetera e tal à maravilhosa poesia digital.
Com muita licença poética:
Saudações ao poeta digital, ou a qualquer poeta que digite ou declame seu reclame desigual.
Ah… Aqueles dois cavalheiros que seguravam os instrumentos nas mãos; eram nada mais nada menos do que Paganini e Tesla, dois xarás que vieram a tomar chá com os mestres daquela visão, porém, a lhes esperar Patativa estava também, com seu cordel na mão esquerda para que a direita não a visse, vice...
Então me apercebi daquilo que via, tal grandiosas eram minhas companhias, quando meu querido neto bate à porta para me beijar como o faz todos os dias. Quando ele me beijou esqueci as demais companhias, e até agora é só alegria.
jbcampos
O Redentor chorou
Jesus
chorou
por amor.
Hoje chora
O Redentor
por esse terror.
Na ressurreição do leproso Lázaro, Jesus chorou de compa-
ixão. Hoje chora de vergonha por esta grande nação brasile-
ira, como se sentiu seu Pai ao criar o homem do qual também
se arrependeu. O ser humano, criado por Deus, por ser mal-
criado e quem o
criou achou ter
feito a besteira.
Não, não estou
falando asneira
não faça disso
uma má intriga
isso está escri-
to lá na Biblia.
Pedro descobriu
o Brasil, Cabral
descobriu o Rio
expondo suas par-
tes pudendas, pa-
ra se apropriar de
nossas rendas o
qual já passa
muito frio
nessa mi-
séria tre-
menda.
Dr. Rui ruiu
quando sen-
tiu vergonha
de ser hones-
to e o povo
vergonha
de ser o
resto.
Agora o Poderoso
leva sua mão à testa,
e atesta muita tristeza di-
ante de tanta natural beleza,
porém, por ter vindo do além, ago-
ra tem muita vergonha de ser honesto
também.
Com o pensamento extraviado
minh’alma sobe ao Gólgota
bem perto do Corcovado
é esse aí logo ao lado.
E os bandidos sendo
perdoados e povo
de novo lascado.
É um prende e solta
mas, o dinheiro
inteiro não
volta.
Que pena!
No meu costado, muitos janeiros plantados,
porém, sinto vergonha de ser brasileiro
também, está ouvindo meu bem?
Depois dessa. Passar bem!
Se conseguir, né.
jbcampos
A bola da vez
meu Deus, o Senhor não é brasileiro, cadê o seu jeitinho?
com todo o respeito e carinho, apesar de doer no meu pe-
ito, na realidade não estou pensando direito. tem sujeito
que morre por causa de uma mera ilusão recheada de
ignorância nessa velha ânsia anciã de ser campeão. boba-
gem eles ficam com a derrota da glória de falsa vitória, en-
quanto, você morre do coração, além do dinheiro de mon-
tão, se você é patriota, com mil perdões, ou idiota a pagar
pseudo derrota? e eles felizes em suas mansões que valem
bilhões, afinal o que esses caras produzem? agora servindo
de chacota o nosso pavilhão se apresenta diante dessa en-
crenca. você já se apercebeu o quanto está pagando para o
cabral, cabra safado, e ao josé dirceu, e lá na cidade maravil-
hosa, que coisa hodienda e odiosa, crianças sem remédios
morrendo de fome, enquanto, em suas residências maravilho-
sas cumprem pena, que pena que não seja no inverno do infer-
no, agora se o inferno é aqui, nós povo, de longe perdemos a es-
ses anjos de luz. é, aqueles despejados dos céus pelo todo Pode-
roso. não é o escritor que diz, está lá no livro santo, Jesus à destra
do Pai, aí houve uma desavença qualquer lá no céus, e o escritor
sem entender que no céus hajam desavenças quais avençam man-
dar alguns diabos aqui para nos tentar. será que esses caras
não estão sentados lá no Senado, ou na Câmara dos deputa-
dos? ganhando um dinheirão safado e o país desgraçado!
multidão pedinte de esmola, ainda se fala em eleição.
país democrático, onde se obriga a votar, ora bolas, cadê
aquela bola que iria rolar para o bem da nação? vou parar por
aqui, porque, pode sobrar para mim, tenho de ser um patriota covar-
de com medo até de morrer não sou nem saci. Dá para você entender?
volto a escrever: Demo = demônio - Cracia = governo? quem tiver entendi-
mento entenda ou mais tarde se arrependa, por não ter consultado a ne-
urociência para destrinchar essa sua cabeça que os prestidigitadores es-
garçam através de suas velhas farsas. você enxerga mais não vê seu
coelho enfiado em sua meia de futebol, se deliciando em seu arrebol.
rindo da nossa cara, nêgo, cadê o seu velho emprego? tá no bolso
de alguém, cuidado que esse bicho vem chegando de lado é mui-
to engraçado esse trem, tome todo o cuidado. sim! é o trem
vindo de lado com o mal complicado, até logo, obrigado.
Satanás está solto por aí!
jbcampos
O pintor de paredes
Um dia, há várias décadas o amanuense
pensava em ser pintor. Não, não é de parede não;
até porque de parede já o era e naquela espera de pintar
tela, também meditava naquilo que acreditava. Em sua falta
de modéstia meditava em Rafael, Da Vinci, Van Gogh, enfim como
deve ser um poeta sonhador. Numa confortável tarde, num profun-
do relaxamento, após já haver pintado mil telas, ouviu uma meiga
voz: Escreva meu filho, essa é a sua missão, o pintor retrucou,
mas; meu Senhor, “ um quadro fala por mil palavras”, ouviu-
se a tréplica, levanta-te daí vagaroso ser, pois, acabo de
me compadecer de ignóbil ser sem querer me abor-
recer, quando um quadro fala por mil palavras
não se lavra para qualquer ser, esse ser há
de ser quase iluminado, como esse aí ao teu
lado. Ao meu lado? Pensou que fosse o seu cunhado
o qual passava todo empertigado, o cara era meio enjoado.
Ah… Qual era o assunto mesmo? Ah… Sim sobre o cara que
queria pintar e bordar o sete. Porém, o pintor era teimoso e
manhoso, passando a mão num cinzel foi quebrar pedras
para disfarçar a insensatez da sua morbidez como se bu-
rilasse os céus, porém, naquela virtual besteira, sobre uma
esteira ao esculpir tanta poeira não a resistiu. Mas aquela ben-
dita poeira o fez desistir ao invés, êpa, ou em vez de resistir?
Ah… Só por essa vez, ou por esta vez, agora sou escritor, faça-
me o favor, que se lasque o português, ele que fique lá na sua
padaria todos os dias com seu freguês, somente desta vez.
com o circunflexo e tudo, seu português barrigudo. A medi-
tação foi a sua salvação, foi de lá que veio a
amorável imposição. A musa o tomou pela
mão e o fez escrever ao lado duma tela para sair
daquela megera rejeição e partir para uma nova
era qual não era a sua menor intenção, ou era?
Lembrou-se do seu quadro chamado: Pantera
Negra, enquanto em sua testa formava uma nesga,
quando o pintor acordou, acordou que uma no-
va era chegou, então pintor-poeta pensou, a-
gora vou escrever poesias, tentando sair da
pintura, qual tortura o fez escritor estético
com teclado cheio de pinceladas enxoval-
hando o monitor de uma dessas máquinas
modernas com tinta azul claro, como di-
ria Pablo Neruda a um Carteiro qualquer
em seu poema raro na intenção de que
dali saísse um salvador Dali
esperando Gala e Pablo Picasso
dentro de tempestuosa Guernica violenta.
Ah… o pintor já estava esquecendo de Victor
Brecheret empurrando uma manada numa praça
da São Paulo da Garoa um “Monumento às Ban-
deiras”. Daí pra frente passou a escrever até que
perdeu o senso tornando-se dependente do vício.
Até o velho negro felino do poeta ficou boquiaberto,
já, meio digitalizado com qualquer editor apropriado.
Aí, meio contrariado o poeta resmungou: Que se dane
a orelha de Van Gogh e foi escrever todos os dias suas
poesias!
Pode?
O vício da arte é um problema muito sério!
MUNDO MÁGICO DAS ARTES.
versando a morte
há muito tempo
numa noite fria,
falava com ela,
com a morte,
foi logo ali
quando
nasci.
esse se nos parece
ser realmente à nossa
mente tema muito forte.
diante dela nada vai mudar
a sorte, pois, parece ser igual
a todos os mortais, porém, vem
uma reflexão nos nortear o norte.
leitor, pelo amor faça-me um favor,
aliás, vamos pensar em dois: sofrimento,
dor, prazer, afinal qual será o sentimento
que vai acontecer em seu exato momento?
Ora, ora, ora se você viver apenas duas horas
com certeza viverá mais que a morte a qual
durará alguns segundos, o que é pior ainda
você fica na berlinda ao saber que morre
a cada segundo, vida e morte se fundem.
pois, devia ter se acostumado posto que
a todo segundo você morre, já está selado!
desde de que nasceu tanto você como eu
pela vida fomos interpelados sobre aquele
que morreu o qual também sem pensar no
além envelheceu, ou seja a cada instante
fica-se mais longe da vida a morrer a cada
segundo. isso tudo é arte da vida, da qual
a morte faz parte, aliás, morte é um verbe-
te inventado pelo mortal, que não enxerga
em todo o instante essa morte constante.
para ficar bem sacramentando e ratificado:
então; você deveria já estar acostumado
a conviver com ela ao seu lado, olhe um
pouco ao passado, e olhe aos seus pés
de galinha, se já os tiver. hei… não fuja
da linha ou se for galo não fuja da rinha,
e se for galinha, me perdoe amiga minha.
então fique feliz porque você dorme e an-
da com a morte que no fundo é vida as-
sistida por Deus, em seu
glorioso eterno apogeu.
aprendeu?
ou quer mais?
Não tema a morte, ela vive intrinsecamente em você.
jbcampos
Gosto
Gosto não se discute
pois, apenas escute
a voz da experiência
com eficiência na ciência
que sua vida incute, desfrute.
experiência é a mais perfeita ciência,
os anos passam e a experiência renas-
ce, é assim a vida reconstruída de acertos,
porém, vamos além, é periodicamente
constituída de amor, de encrenca, ódio,
mas existe sempre alguém a pensar
também no bem. neste resumido
episódio quel nesse pequeni-
no frasco está você com
fino perfume a nos de-
fender. porém volto
a dizer: há gosto pra
doce perfume
e gosto pra
perfume doce,
deu pra chegar junto e entender?
não permita que o gosto alheio entre
no meio e estrague o seu particular prazer
de fazer sua alegria que é o seu bem-querer.
boa sorte.
jbcampos
anacoreta
zé perneta, mais conhecido por anacoreta,
havia perdido uma perna ao cair da biciclêta.
esse acento da bicicleta é somente pra dar
rima e não dar cisma. pois, bicicleta não rima
nem com corneta. não, não faça confusão
não é acento de seleta de bicicleta,
até porque, zé mané, acento de
bicicleta é assim que é:
assento de colocar
as nádegas,
quase
que
fa
lo
bun-
da na
qual aval
de acidente
é minha gente,
pois, minha mente
quase se aprofunda
numa ideia moribunda.
vamos ao que interessa,
anacoreta é o cara que de
cara fica insulado de um lado
qualquer. bem essa didática está
faltando emoção, vamos lá então:
anacoreta: cara que perdeu a reta
e partiu para solidão, ermitão meu
amado e querido irmão qual está
longe ao meu lado da multidão.
espero, não faça mais confusão.
seleta? sei lá deve ser coleção
de trechos, ai de mim por não ter
“dito” - resumo de benedito.
Ah... sim, selim, ainda bem
que falo de sela e
não: falo de falo
na cela.
agora vou sair do meu tugúrio.
vou andar alhures, obrigado.
jbcampos
mente secreta
hei… amigo, pense um pouco comigo
você sabe bem o que é consciência?
você sabe bem o que é hipnose?
ah... a você pensa que sabe...
quiçá, seja por osmose.
quantas vezes você
passou de marcha
o seu carro hoje,
por quantos
faróis você
passou
hoje?
não
sabe.
pare!
parece
sentar-se
na ponta
de um
sabre.
é assim
sua mente,
muito ausente,
pra você ela mente
constantemente, não é?
por que você faz tantas compras
por compulsão, até casaco de lontra,
agora então; com essa tal digitalização,
se descuidar é capaz de comprar até casaco
de leão, companheiro... olhe para seu dinheiro
lojas virtuais rolando pela Internet, de montão.
cuidado acompanhe de lado a campanha em
suas entranhas à campainha dum coração
afetado de afeto descontrolado e ligado
ao supermercado da sua maior confusão!
então meu amigo-irmão tome atitude-ação.
por que você não se controla, meu irmão?
é hipnose de montão desde o berço à escola!
a hipnose universal faz o ser humano divagar
mecanicamente, escravizando-o, sem que tenha
a menor ideia disso. o sistema cega a sua visão
mental, não me leve a mal, acorda meu irmão!
controlar sua mente secreta
é como andar de bicicleta
não se esquece jamais,
porém, há de se relaxar,
à meditação se entregar
sem pestanejar, então meu
irmão você há de começar sem
jamais rejeitar essa ideal condição
a andarilhar pela sua mente atrás de
velha semente a lhe condicionar,
de carro, ou de bicicleta sua
mente secreta também
você há de decifrar.
a mente humana é
demente e dona
de doída-doida
consciência
proibida.
saia dessa
vida.
ah… agora, sem rima:
por que você magoa
a pessoa que mais
ama na cama, à toa?
faz-se uma ilha do mal
onde se inclui bela
família ideal.
lavagem cerebral
para celebrar o
mal do vil metal.
Pense sobre isso!
jbcampos
Nada
Olha que lindo diamante você acaba
de encontrar logo aí adiante,
apenas adiante para
pegar!
Olá meu camarada; você já ouviu falar do Nada?
O papo é sério, não é próprio às suas risadas. Hoje
acordei de madrugada bastante gelada, porém, pesava-
me um pensamento muito além. Forrei o chão com meu
velho tatame e acionei o antigo aquecedor, estiquei-
me todo à felino, espojando-me, então pensei:
Por que não entregar-me ao nada? Um
estampido fez-me ouvir enorme
gargalhada nada fiz,
não fiz nada,
porém,
pensei
em espírito
zombeteiro o qual
gargalhou lá no terreiro,
mas o Fofo não ladrou, o canil
não se manifestou, bem,
só pode ser coisa
do além, bem do além.
Na verdade não gostaria de
manifestar isso a ninguém, porém,
meditei em covardia, mudei de ideia,
como realmente deveria. O tempo passava
rápido e rasteiro já quase raiava o dia. Era a
minha amiga Musa que sempre me abusa a dizer-me:
Ei você aí, é do vácuo que eu venho, e sempre vim
carregando pesado lenho, ao engenho das letras
para que você cresça e seja alguém no nada
do além, ou seja: É ao nada a quem
você também quer se entregar,
vai ter de se preparar, pois,
esse é o melhor lugar para
se estar, creia
verdadeiramente.
Quando de si mesmo
se despojar a mim me
virá desposar, vai se
enxergar em todos e em todo o lugar.
É o decantado Nirvana o qual lhe vai
decantar, simplesmente sem nada
ser e sem nada querer pensar,
a inspiração vai tomar o seu lugar.
Seu descanso será perene e sem igual
o que você levou tempo para enxergar.
O nada é o paraíso da simplicidade
dessa vida querida a se viver.
e a ela se entregar sem nada
antever, posto nada entender
ao se morrer vivendo no espaço
sideral, ou no vácuo
cósmico do nada.
Resumindo:
Ao querer
cultivar o juízo,
meu amigo, terá de se
anular, haverá de ser um santo
criminoso ao seu ego matar sempre
de novo.
Quando você se anular plenamente
terá encontrado a felicidade.
Não confunda humildade
com humilhação, apenas
controle o assédio de
sua velhaca ação.
Quem tem entendimento, entenda.
Ou no silêncio e na paz procure a Musa
e não se arrogue, porque se assim o fizer
ainda não é chegada a hora, porém, procure
sempre a hora agora. Então apreenda essa feliz
prenda, sem temporalidade e sem idade. Para o nada
caminha a humanidade onde mora a amorável felicidade
só tem um porém, estamos na eternidade e nada
sabemos para vaticinar quando lá
a humanidade vai chegar.
Então seja uma ovelha
a desgarrar dessa
grei-centelha.
jbcampos
Piscar d’olhos
Há muito tempo por aqui apareci olhando
montanhas, sanhaços, pintassilgos, beija-flores
beijando bem-te-vis, despencando de penhascos
gorjeando louvores. A pradaria murmurando
o vergel-lilás de suas flores. Era o lugar
que sonhava para os meus amores.
Então nada mais me faltava.
E foi ali que escolhi. O meu
alvorecer era em cores,
a chuva me iluminava,
o sol me inspirava
ao destilar de
deliciosos
licores.
No conforto informal, no
desejo de mais um mortal.
No crepuscular das tardes
de magia, embriagado ao tom
do doirado som a acariciar meus
ouvidos, qual a todos os lados naqueles
dias a mim consagrados. Tudo e a todos tingia.
Nesse mel de melaço, no mais puro regaço que no
profundo minh’alma regava, e me fundia em alegria.
Foram belos os meus dias os quais minha mente
arejava. À rede me embalavam as noites calmas,
meus pensamentos voavam em nuvens alvas.
O meu espírito se projetava além de coisas
humanas. Nas longas tardes de frescor-
rupestre dos fins de semana,
”muito além de Trapobana”,
aliás, estava pra lá de “Pasárgada,
onde eu era amigo do rei” e assim,
muitas vezes, pensei: “Jamais escolherei
qualquer mulher, pois, muito além dessa eu já
tinha, mesmo sendo amigo do rei”, com certeza
de tanta beleza, e convicto de que não a merecia,
por isso foi que não errei! Foi aí que compreendi:
sou um privilegiado e o meu lar construí dependurado
no topo de um monte encantado, porém, alicerçado com
cascalho dali. Belos e floridos jardins, com melífluo odor
de jasmim. Em cima do vale, com minha visão deslumbrada.
Minha família; presença marcada. Parece ter sido ontem.
O tempo passou ligeiro e neste comboio fui passageiro.
Meus filhos se casaram, meus netos se foram...
A minha companheira de tantos janeiros a
partir foi à derradeira, mas partiu pra va ler,
enfim, o meu coração se partiu por inteiro.
Restou-me a oração, pássaros e a canção
do meu velho travesseiro enfronhado de
emoção. Confessor e confessionário
esplêndido cenário passo o tempo
a escrever com alegria e prazer,
como se fora mais um otário
teimando em reviver. Não sou hipócrita
em meus apócrifos. E não quero me enganar.
Aprendi a ver a vida em sua plenitude, encaneci
com saúde e não posso reclamar. Partida é partida.
A existência é efêmera e, nem posso chorar.
Chegamos-voltando à frente de câmeras
registrando os relatos, de fato; relatando
os fatos. Alcovitamos em nossas câmaras,
regurgitamos desagravos ao nosso Criador
Pai. Melhor nos fora juntar os favos da gloriosa
e eterna Paz, do que os trapos que o mal sempre
nos traz. Caro irmão-leitor pense como for, mas,
por favor, não tenha pudor dessa falsa dor com pavor.
Nem seja acre, do seu coração tire o lacre, e no amor
seja craque sem o menor palor. É a realidade da vida, flor
em botão qual murcha dando-nos o seu tom chamando-nos
à atenção. Qual à bucha, com água e sabão, no banho é algo
estranho, verdadeiro estrebucho no antigo corpo de um bruxo.
Às vezes velho-tacanho aos olhos de estranho. Pode ser, mas não
é se ele sabe o que a vida é! Pois, fez-se amigo de tudo e
até da boa solidão, na realidade é sortudo, meu caro-querido
irmão, ele enxerga até pelo pé sendo provecto ancião. Solidão
pode ser desespero ou tempero de se encontrar com o “Eu”
por inteiro. “As aparências enganam”. A solidão pode ser uma
ótima companheira. Essa amiga vem para burilar a nossa alma
dando-nos a condição de vencermos a nós mesmos, já que o
nosso maior inimigo está no interior do nosso coração o qual
deve ser cinzelado com o amor da mansidão no universo dessa
eterna imensidão. Na realidade o meu coração mora nos universos
dos universos juntamente com o seu.
Esta historieta faz parte da vida deste modesto amanuense...
Muita paz e amor à sua pseudossolidão.
jbcampos
alheio ao lado da musa
começo a escrever
neste exato momento,
às doze horas deste dia
seis de junho de dois mil
e dezoito, porém, alguém
à procura de alguma alegria
aproxima-se, trazendo biscoitos,
bom café com leite qual anestesia
velho frio desta manhã, gélida tersã.
quisera ter agora bela e divina mente sã.
é intrusa gripe meu companheiro, atchim!
está servido, meu amado leitor querido?
não é o espirro, é o café com biscoitos.
bem que podia ser um chá de alecrim,
apesar desta alegria gastronômica.
encontro-me em palpos de aranha,
a escrever anônimo pelo conselho
parecendo-me situação bisonha.
debaixo de relho, pois, minha cabeça
tropeça no avesso desse acontecimento
ao se ver num espelho a lhe espelhar
o movimento lento, deve ser
pela idade-bedelho.
devagar a divagar
vai-se ao longe
diz a musa
a qual do
poeta
usa.
e a gripe, minha deusa?
vamos desengripar
primeiramente
a sua mente,
o resto
vamos
deixar
para o
ar quente.
claro, se ele
não estiver
ausente.
escrevendo apenas uma
estrofe por semana,
conquanto, seu
conteúdo seja
autêntico
é andar
à galope.
preste
atenção
a musa
não diz:
trote, de pura ilusão.
estará lentamente
cumprindo a sua
missão, assim
fala a musa,
ao pensar
pelo meu
pensar,
porém,
de coração!
e a musa acrescenta: quer ser poeta
então escreva, escreva,
quem sabe se…
porém, da gripe não falou mais nada
pareceu-me completamente desinteressada,
porém, uma coisa eu sei ela nunca fica estressada.
jbcampos
Chico
Você já ouviu falar do Chico?
Sua elevação é tamanha quanto
à manhã da esperança-fé à candura
de santa criatura divina ao cumprir bela
e amorável aliança-sina. “Chico” por amor
esculachado, e por respeito de inocente
escracho. Cândido pela candura santa
de muitas reencarnações passadas,
perdão pelo cacófato sagrado.
por nações desta terra
onde o valor se encerra.
Xavier pela disposição
humilde, confundida
com avexamento fino.
de tudo o que ante vier ao
bom coração do irmão menino,
neste momento o escrevente é
esculachado por ser achado fora
do razoável, pois, jamais existirá
o irmão menor, não deste lado
onde reside agora o Chico
de outrora, porém, sempre
presente agora advindo
de além-memória,
O Chico não
está gostando
de tamanha adulação,
porém, tem enorme coração
pra entender a fraqueza dum irmão
beleza, em autocomiseração fraqueza
ao pensar estar psicografando no
ufanismo de santa realeza.
Ou não?
Coisa de mero mortal.
jbcampos
quando o sino
dobra o destino
você
pode
ser e se
ver aos moldes angelicais
divinos ao badalar de vários sinos,
quiçá, sentir o revoar de anjos advindos
voando sobre os cais de canais divinos
de lugares lindos, vendo-se bom menino.
quem sabe se: bela donzela. porém,
jamais seja, mais um cretino. foi você
que fez o seu próprio destino. plantou
amora e não vai colher pepino agora.
preste atenção para não se ver valdevinos.
não gosta de se imaginar na peleja, tampouco,
sequer que assim seja. porém, esta vida também se
presta ao além de mais uma festa pela fresta da mais
gloriosa e universal seresta. uns despistam a vida com
igrejas, outros a regam com cervejas, há os que disputam-
na com força maluca e bruta. há os fracos desistentes da luta.
existem os barbitúricos com sabores de frutas, embora, sejam
sulfúricos como cicuta. não vai dar uma de Sócrates, à biruta.
também há trutas a pescarem suas trutas. dizem que há gente
inteligente também as malucas. não vá agora, por isso também,
fundir sua cuca. seja como for: “Viver não é flor que se cheire”.
porém, o forte resiste a vida até à morte e com pouco de sorte
se esforce no equilíbrio do dom do amor o qual também advém
do além. muito além do Sul ou do Norte. porém, a vida ainda é
matizada à cor esmaecida, no laboratório do amor o qual lhe dá
vida colorida. você é o grande mistério, realmente um caso sério
deste nosso hemisfério. mas sua luta e desespero será verdadeiro
tempero da evolução, sem exagero. faça da luta seu entretenimento.
e se você não gostou dessa frase, sinto muito, ao lhe falar de lamento.
pode acreditar, não estou a esperar agradecimento, pois, tenho missão
a completar meu irmão, qualquer escrevente escreve o que lhe vem à mente.
é a prazerosa missão a qual deve se cumprir graciosamente, sorridente-contente.
é uma questão de expressão, na realidade é a Musa que usa a privacidade da mente
do missioneiro-escrevente.
porém, espero
que lhe passe
essa fase de
lastimável
tormento,
lamento.
jbcampos
Alinhavo da paixão ao amor
Nesta vida pela qual alinhavo
cismas, tertúlias e agravos,
fico à espera com atraso,
dando-me à heróico-bravo.
Amor-apaixonado, escravidão
Apaixonado-amor, flor em botão.
Nessa ilusão, como amar então?
A mansuetude me invade
em desesperada atitude.
O sentimento me expande
ainda que mexendo não ande.
O pensamento me ilude
num gotejar melífluo e amiúde.
Na trama dessa entretela
linda imagem vem à tela.
O desespero me interpela:
sobre este amor tão grande.
Outra vez a paixão me invade.
Posso amar sem ser amado,
é o verso do verdadeiro lado.
Versejado no verso apaixonado.
Inverso ao amor atraiçoado.
Amor, sentimento intrincado.
Por ele, Ele foi crucificado,
Por ele, também fui perdoado.
Ele - Amor estão misturados.
Aqui começa o alinhavo
Pra ficar bem costurado.
Por ele nasci deste lado.
Às vezes atormentado
procuro-o no escuro,
quiçá, por ele seja achado
enferrujado atrás dum muro
escondido de algum apuro.
Ai estarei bem apurado,
pelas obras, assegurado.
Vou amando sem saber
sobre esse amor sabedoria,
sem nada dele entender.
Saber, como eu gostaria.
Como sou ignorante...
Quem pode explicar o amor?
Jbcampos
ouro negro
por que tanto apego
a esse tal ouro negro?
é necessidade meu nego!
é o velho cara, escaravelho
a chafurdar no bolso alheio.
mais conhecido por petróleo
ou preto óleo, petrificando
o coração da humanidade.
é a mais pura verdade.
está na fazenda
produzindo
renda.
na
rua
negra,
asfáltica,
no seu copo,
polímeros mil.
poluindo céu anil.
até parando o Brasil.
nas Arábias, morticínio,
vaticínio, falso tirocínio.
o verde amarelo enegreceu
ao céu do meu Brasil varonil.
desculpe petróleo, você não
tem culpa, a culpa
está esculpida
na vida
política
do país
a qual
avulta
seu valor
em benefício
particular, é o tal
corrupto a desfalcar
o patrimônio: Petrobrás.
à mesa do povo vai faltar
à do corrupto vai fartar,
é o bem louvando o mal,
ignorância humana
a tripudiar o lar
do mais fraco,
enfim é o
povo pato
que de fato o
pato vai pagar.
de novo. porém,
o problema é mais
sério, eis o mistério.
chegou a hora de votar,
“e agora José”, como diria
o poeta Carlos, eis a sinuca
de bico, não dá pra
se ver adiante,
será que vai
continuar
como
era
agora
no tempo
de outrora
ou no tempo de Dante?
fala sério; esse monastério
permanece desde o tempo degredado
do império, é o Brasil enriquecendo
o mundo imundo, está ouvindo,
seu José Raymundo?
eis o gigante adormecido
a continuar dormindo.
agora você vai dizer
que o escrevente
não é patriota,
quiçá, idiota.
certamente não é salvador da pátria,
somente tem um porém, já que foi
tachado de anti patriota, não vota
em ninguém, desculpe a chacota.
graças a Deus ele tem mais de setenta,
não é obrigado a votar, muito obrigado
a esse país democrático onde se é
obrigado a votar. quem quiser
entender, entenda ou
aprenda como se
nota e vota.
anote.
note
nó
a
m
é
m
!
jbcampos
pingo
de
amor
poeta, músico por excelência
ao vibrato vocal de sua poesia
na ondulação expressiva mental
de sua paixão ideal. a sua poesia
completa sua real fantasia dia a dia.
Como o pintor ao tocar com seu pincel
à arte formidável de antanho menestrel.
paz, fé, dignidade, amor o povo diz em coro
à Midas, ao vê-lo transformar estanho em ouro.
ao tocar à flor, o poeta exala o perfume do amor,
fala, vibra, dando vida reta à natureza morta do pintor.
Seu pincel tange na plangência sonora e cromática da dor
pungente a qual toca o coração de toda a gente, porém, vem
consequentemente a alegria triunfar e sobrepujar ao tomar lugar
da dor, sempre ao se ouvir a voz do poeta trovador benemerente
neste sínodo, bruxo como a pancada do cinzel do escultor presente,
amaciante como amorável juiz ao padecer do paciente inocente.
neste
badalo
você está
presente,
badalando
sino aqui
vigente.
poeta você está presente em toda a gente
a rodopiar neste pião ao perder a rima
constantemente.
na etérea simetria matemática, maestro, maestrina, santa mão
de quem segura o cinzel. Com maestria e performance de mestre,
semelhante à batuta do cientista da palavra de quem lavra com a fala
no justo tribunal, empunhando sua espada sem ignorar a tertúlia
do exímio ou do rábula em sua fábula, ou ao punhal do irmão
o qual tornou-se irracional. apenas um imortal em ação
com seu bisturi à mão a livrar o contraventor
da tão velha contravenção, avençando
sempre à memória de referência
sem igual em deferência
à obra imortal
do amor
maior
D
e
u
s
.
só
para
perder
a rima
em sua
cisma.
poeta,
pingo
de mel
jbcampos