Coleção pessoal de camilasenna
Nessa nossa estrada doidivana
Nos deparamos com seres que irradiam
Toda a lacuna sombria, sem graça, sem asa.
Gigantes, gigantes de alma...
Com um quasar que mata sem querer
Qualquer tristeza afogada.
Rapidamente um sorriso
Pula pro meu rosto
Fazendo meus olhos dançarem,
Realçando toda a beleza venusta
Que antes se via mas não se trilhava.
Os raios emitidos são coloridos,
Do jeito que no fundo me sinto,
Eles irradiam toda a minha alma
Trazendo calma, sem trauma.
Verdadeiro: creio que sim...
Passageiro: sei não...
Derradeiro: no fundo total das coisas,
Nada nessa vida tem ponto final.
Não acredito em alguns fins...
Há fins de livros que na verdade são inícios...
No rebento do meu livro,
Sempre tem um invento,
Sempre algo novo...
Que me toca,
Que me faz sorrir de volta,
Girando meu mundo calado e absurdo.
As sensações de alegria...
São notórias, trazendo consigo
Flores de cravo,
Orvalho,
Sol dourado,
Lua amiga,
Chuva precisa.
Esse quasar que impulsiona,
Trazendo alegria sem maresia,
Fazendo dum dia sem graça pura vivacidade...
Será que é ventania empoeirada?
Ora, se for só o vento, sem a poeira...
Adoro o vento, mais ainda o amor.
Que venha e fiquem os dois.
Tenho caminhado...
Caminhando sempre estarei,
Não paro e nem olho para o lado.
Caminhando tenho visto afogados,
Caminhando tenho sentido o mundo vazio.
Quero que a lua gigante que em mim habita...
Pare de gemer e se liberte...
Ela quer respirar, ela quer amar...
Ela quer brilhar sobre essa negridão.
Não sou atriz,
Não sou cantora,
Sou poeta, sou flor, sou espinho, sou amor...
Sou compositora da minha estrada,
Estrada colorida...
Colorida de palhaços sofridos, chorões...
Eu os entendo, dou colo, dou abrigo...
Sou um deles.
Quero um circo diferente,
Minha plateia finge estar alegre.
Tudo mentira, todos estão tristes e descontentes.
Esse mundinho que fizera a dois,
Ou é de brincadeirinha
Ou pura falsidade.
Ou é burrice sem identidade.
Chuva amiga da minha alma,
Caia e me faça alegre de novo.
Caia e apague de vez esses passos errantes,
Quero beber gotas renovadas,
Quero correr com os cabelos molhados
E rir até doer a barriga.
Sol de verão, meu preferido,
Queime todas as minhas vergonhosas incertezas.
Quero-o sentir, quero ficar corada
Vendo minha pele branca e marcada
Sendo iluminada.
Quero brasa,
Ser abrasada.
Quero fogo,
Fogo de amor.
Quero indecência,
Sem demência.
Fizeram-me várias
O mundo, para mim, não basta.
Às vezes me enrolo toda,
Tola quero ser toda.
Não sou atriz,
Não sou cantora,
Sou poeta, sou flor, sou espinho, sou amor...
Sou compositora da minha estrada,
Estrada colorida...
Colorida de palhaços sofridos, chorões...
Eu os entendo, dou colo, dou abrigo...
Sou um deles.
Quero um circo diferente,
Minha plateia finge estar alegre.
Tudo mentira, todos estão tristes e descontentes.
Tenho caminhado...
Caminhando sempre estarei,
Não paro, e nem olho para o lado
Caminhando tenho visto afogados,
Caminhando tenho sentido o mundo vazio.
Quero que a lua gigante que em mim, habita...
Pare de gemer e se liberte...
Ela quer respirar, ela quer amar...
Ela quer brilhar sobre essa negritude.
Esse mundinho que fizera a dois...
Ou é de brincadeirinha,
Ou pura falsidade,
Ou é burrice sem identidade.
Chuva amiga da minha alma
Caia e me faça alegre de novo.
Caia e apague de vez esses passos errantes
Quero beber gotas renovadas
Quero correr com os cabelos molhados
E rir até doer a barriga.
Sol de verão meu preferido,
Queime todas as minhas vergonhosas incertezas
Quero-o sentir, quero ficar corada
Vendo minha pele branca e marcada
Sendo iluminada.
Ah, quero ficar...
Anseio caminhar...
Preciso aceitar,
Que sua, o destino me fez,
Que sua vou ser outra vez...
Que caia essa garoa boa
Sobre minha face doida.
Que meu amor no silêncio de um olhar,
Me aperte as coxas e a alma toda...
Sorte que carrego comigo intuição,
Sorte que carrego comigo um “Q” de artista,
Nasci assim, essa criatura difícil de esquecer,
Mas se esqueço, nem noutra vida quero rever.
Quando me vi já era tarde...
Toda minha birra
Se convertera em amor...
Sentimento suave, intrigante, avassalador.
Para os mundanos mesquinhos...
Que pairam feito vírus no ar querendo contaminar,
Sentimento perturbador, criminado, mero deslumbre.
Mas não...
Eu vi com meus olhos sensíveis...
Castidade nos seus, dois lagos, cujas cores, multicores.
Criatura etérea enviada para tirar-me do casebre fúnebre,
Que muitos vivem, respiram e até gozam.
O astro Sol coloriu todo o céu de colibri
Teceu a paixão escrita antes de eu descobrir...
Descobrir você, pessoa poesia...
Que faz dos meus tristes dias, grandes alegrias...
Não tenho medo da peste
Que assombra os seres terrestres,
Que armam ciladas nos caminhos frios...
Tramando embaçar a retina dos olhos com o nevoeiro...
Meus olhos são de margarida, de menina alquimista,
Sempre em busca da melodia do amor.
Seu feitio lírico preencheu-me um vasto vazio...
Tirou-me do óbvio,
Temperou meu quarto solo,
Abriu com maestria um atalho especial.
Peregrina, adentrei sem temer na sua psique...
Não perdi tempo...
Mergulhei fundo, descobri um universo fecundo
De um ser profundo, que me tem com veracidade em todo seu ser.
Construimos um altar...
Tinha flores,
Perfume,
Esperança.
Fomos para nosso lar...
Tinha sofá,
Comida na panela,
Primavera.
Na caminhada...
Tinha espinhos,
Mesquinhos,
Muita maldade.
Continuamos...
Não foi em vão,
Um amor feito pão,
Não termina sem chão.
Estamos aqui...
Com herdeiros,
Com a vontade,
Sempre em busca da felicidade.
Viver em parceria é uma traquinagem
Numa terra chamada vontade.
Amar é divino...
Não tem descaminho que embaralhe,
Não tem espinho que maltrate.
Se o amor do moço é seu destino...
Quem venha o vento forte e sombrio,
As trovoadas com chuvas brabas,
Todos os contratempos...
Mas no momento preciso
O amor faz seu desígnio.
Passe o tempo que passar...
Uma hora a poeira grossa e astuta,
Se cansa de empoeirar...
Deixando o caminho livre
Para sua jornada enxergar.
Meu travesseiro sabe...
Sabe de tudo do meu mundo...
Ninguém entende,
E até invejam minha vida decente.
Tolice dos bobos.
Mal sabem que eu sou pessoa carente com todos os dentes,
Com teto e saúde.
Pessoas bonitas,
Com dentes,
Teto e saúde...
Não podem ser sofridas?
Quero apenas confetes de alegria...
Para colorir meu rio de lágrimas por um dia.
O pássaro bem-te-vi,
Não me viu...
Eu o vi, até o quis.
Quis ouvi-lo,
Quis estar a voar...
Sem tino,
Perdida,
E sem horas para chegar.
Não me olhe assim hoje...
Me olhe assim para sempre!
Quero ser sua veemente...
Sem nenhuma corrente de azar.
Quero ficar...
Anseio me dar de presente a você.
Sem teoria, sem maresia, expulsar a ironia.
Respirar sempre seu ar... Minha poesia.