Coleção pessoal de Caluga

Não quero ser sempre mero instrumento do autor, mas a própria obra, vivendo também momentos de plenitude.

Nosso público só gosta do que é fácil. O riso é fácil. O choro é fácil. Tudo que obriga a pensar é automaticamente posto de lado.

Vou da extrema generisidade ao mais absoluto egoísmo.

Tenho escolhido as virtudes nas minhas capacidades que são intensas, profundas, profundamente intensas para qualquer coisa, inclusive para o mal.

Tenho escolhido virtudes não porque sejam belas, mas porque acredito firmemente que são santas, que nelas a gente se dignifica.

Preferi a carreira. Saí disso tudo uma mulher diferente. Apareceram os primeiros cabelos brancos. Adquiri uma grande dose de paciência.

É uma sensação de saudade, um estado coerente, tudo aquilo que a minha natureza sempre ansiou, ir além, além das coisas e de tudo, perder-se

Não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender.

Sou um instrumento da minha arte, sou meu próprio violino.

Eu não sou mais só eu, eu sou um pouco mistura com o teatro.

Quando quero, quero. Quero de fato. E vou buscar. Não espero nada de ninguém com relaçao às coisas materiais, é claro.

De cada personagem que representei guardei uma "descoberta" para mim, de mim mesma.

Não me mostre o que esperam de mim porque vou seguir meu coração, não me façam ser o que não sou.

O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo.

Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó.

E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava.

Hoje é dia de muita estrela no céu, pelo menos assim promete esta tarde triste que uma palavra humana salvaria.

Criar sim, mentir não. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade.

Sou uma só. (...) Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo

Eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas (...) o que eu disser soará fatal e inteiro!