Coleção pessoal de ByWilliam

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POR QUE TE AMO

Te amo
te amo de uma maneira inexplicável
de uma forma inconfessável
de um modo contraditório
Te amo
Te amo, com meus estados de ânimo que são muitos
e mudar de humor continuadamente
pelo que você já sabe

o tempo
a vida
a morte

Te amo
Te amo, com o mundo que não entendo
com as pessoas que não compreendem
com a ambivalência de minha alma
com a incoerência dos meus atos
com a fatalidade do destino
com a conspiração do desejo
com a ambiguidade dos fatos
ainda quando digo que não te amo, te amo
até quando te engano, não te engano
no fundo levo a cabo um plano
para amar-te melhor.

Te amo
Te amo, sem refletir, inconscientemente
irresponsavelmente, espontaneamente
involuntariamente, por instinto
por impulso, irracionalmente
de fato não tenho argumentos lógicos
nem sequer improvisados
para fundamentar este amor que sinto por ti
que surgiu misteriosamente do nada
que não resolveu magicamente nada
e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada,
melhorou o pior de mim

Te amo
Te amo com um corpo que não pensa
com um coração que não raciocina
com uma cabeça que não coordena

Te amo
Te amo incompreensivelmente
sem perguntar-me porque te amo
sem importar-me porque te amo
sem questionar-me porque te amo

Te amo
simplesmente porque te amo
eu mesmo não sei por que te amo

Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?

Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.

Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia

corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.

Quando tuas mãos saem,
amada, para as minhas,
o que me trazem voando?
Por que se detiveram
em minha boca, súbitas,
e por que as reconheço
como se outrora então
as tivesse tocado,
como se antes de ser
houvessem percorrido
minha fronte e a cintura?

Sua maciez chegava
voando por sobre o tempo,
sobre o mar, sobre o fumo,
e sobre a primavera ,
e quando colocaste
tuas mãos em meu peito,
reconheci essas asas
de paloma dourada,
reconheci essa argila
e a cor suave do trigo.

A minha vida toda
eu andei procurando-as.
Subi muitas escadas,
cruzei os recifes,
os trens me transportaram,
as águas me trouxeram,
e na pele das uvas
achei que te tocava.
De repente a madeira
me trouxe o teu contacto,
a amêndoa me anunciava
suavidades secretas,
até que as tuas mãos
envolveram meu peito
e ali como duas asas
repousaram da viagem.

Se me comparar ao chocolate te digo que sou melhor que chocolate, pois o chocolate não me leva até você, mas eu posso te levar o chocolate!

Emocionante é olhar para o lado e ver que tudo que você fez foi milimetricamente pensado. Emocionante é não meter os pés pelas mãos, é analisar as consequências com muito cuidado. Emocionante é pensar e pensar bem, é se jogar, mas, de paraquedas, é abrandar a queda, analisar o pouso pra então se arriscar.
Emocionante é conquistar um coração, um sorriso, um abraço, mas, da pessoa certa que almeja, deseja e planeja ser conquistada.
Até porque, emocionante mesmo vai ser quando você olhar para o lado e vir ela toda de branco, ou ele de terno todo emocionado dizendo um “Sim” bem em frente ao altar.
E, ainda mais emocionante será olhar para trás e saber que valeu muito a pena se arriscar pelo certo.
Ah coração, se acaso és só emoção precisas ser transplantado.

Amor de metrô
Era quarta-feira quando eu entrei no metrô, já cheguei e fui sentando ao lado do meu amor.
Comecei a perguntar e ele feliz me respondeu. Tô achando mesmo que o amor da vida dele sou eu!
Me contou tantas histórias que eu nunca me interessei, mas com ele ali falando eu prestei muita atenção. Se eu saísse dali agora já sabia até fazer uma casa um avião, e até transplante de um coração.
Ele falava inglês, francês e um pouco de chinês, eu ainda apanhando das diferenças dos porquês. Tocava guitarra, baixo, contrabaixo e violão, e eu ainda precisava marcar o tempo com a mão.
Mas eu sei até fazer pudim que ele disse que ama.... Tô achando mesmo que o amor da vida dele sou eu!
Ele disse que morava bem pertinho da igreja, e eu já pensando que era ali onde a gente ia se casar. Eu cheguei até dizer bem alto um “SIM” e ele ouviu. E eu tive que completar com algo que eu inventei.
E tudo que ele falava eu quase de tudo sabia. Nem que fosse algo que eu ouvi da tia da minha tia. Mas bem no meio da história chegamos na estação, e ele sorriu, deu um tchau e ainda pegou na minha mão.
E eu fiquei ali sentada pensando naquele cara.... Tô achando mesmo que o amor da vida dele sou eu!
E que o amanhã chegue logo trazendo logo o metrô, porque eu vou procurar o meu amor pelo metrô.
E assim que o encontrar já vou logo dizer de cara.... Tô achando mesmo que o amor da sua vida sou eu!

O amor não é apenas uma palavra a qual podemos recorrer sempre que faltarem palavras. O amor não se define, é sentimento a ser sentido quando nada, além de amar, fizer sentido.
O amor não é algo que você atira para longe e descarta sempre que quiser. O amor é um, que quando encontrado merece cuidado e esse, eterno.
O amor não é um lugar pra entrar e sair quando der vontade, ou uma prisão a qual permanecemos acorrentados. O amor é a casa que nós mesmos construímos pra nunca mais sair, é ter todo dia liberdade para ir, mas, escolher ficar a cada amanhecer.
O amor não é a obrigação a ser cumprida em cima da mesa, ou o cansaço ao fim do dia. O amor é o prazer que preenche a alma, o descanso que mora no abraço.
O amor é o arco-íris após a tempestade, é sol que brilha por detrás das nuvens. O amor é o que nos faz ajoelhar, antes mesmo que se torne impossível permanecer em pé, é paz quando o mundo está em guerra, é o farol que nos mostra o caminho, é o que nos faz resistir quando outros desistiriam.
O amor não é apenas uma palavra a qual podemos recorrer sempre que faltarem palavras. Mas, o amor é a palavra que mantemos intacta quando todas as outras se transformam em pó.

E quando eu abro a janela
E vejo você, meu sol maior,
Perco até meu compasso,
Chego a mudar de tom.
A verdade é que teu sorriso
Me desatina, me desafina.
Mas ao fim, sempre ponho em ti,
Esse tal sinal de “repetição”,
Pois, melhor eu descompassado
Que viver na ausência
Do teu sorrir.

Quanto ao abraço certo...
Uma única dose refaz coração partido, lança fora a dor e recupera sorrisos. Doses extras te devolvem a vontade de reescrever uma nova história.

Dizem que tudo na vida passa.
Os sonhos, a beleza a juventude;
A paixão chega, arrasa, devasta mais passa e, com ela, a dor;
De repente vem o amor, passando devagar, chegando de mansinho e com ele tudo de bom.
E se a gente não cuida, não vive o amor, o tempo também passa e num instante a morte arranca tudo da gente.
E quando se vê, cadê a felicidade? Aí só resta saudade de tudo o que não viveu.
É, nem tudo passa. A saudade permanece, para sempre.

A Lua

A lua viu-nos pela primeira vez.
Viu quando desviamos o tímido olhar, que insistiam em se cruzar.
Viu quando as gélidas mãos se encontraram e um leve sorriso se escapuliu por entre os lábios.
A lua viu-nos frente ao espelho enquanto nos aperfeiçoávamos na arte de tornar-nos suficientemente belos, um para o outro.
Viu-nos vagar solitários entre tanta gente, a sorrir sem preocupação e falar de tantas histórias quase sem importância apenas por disfarce.
A lua viu-nos quando tentávamos fingir que o coração estava calmo, viu-nos tentar libertar um “zilhão” de borboletas, viu-nos quase perder o fôlego, mas recuperá-lo outra vez.
A lua viu o nosso abraço sincero e todas as promessas mais sinceras ainda.
Mas, um dia a lua viu-nos em cacos, viu-nos partidos, viu-nos partir.
E eu ainda estou a pensar que foi culpa da lua, que de tanto mirar-nos invejou o nosso amor.
Só não sei por quem a Lua se apaixonou...
Só sei que ela ou quer roubar-me de ti, ou quer roubar-te de mim. Está sempre a vigiar-me e sei que vigia a ti também.

- Para isso? - Perguntou Edward, pegando a minha mão, que descia por sua barriga. - O sexo era a chave o tempo todo? - Ele revirou os olhos. - Porque não pensei nisso? - murmurou ele com sarcasmo - Podia ter me poupado muitas discussões.

O amor morreu.
O coração de tristeza decretou estar de luto, e as bandeiras agora viviam sempre a meio mastro.
O luto não demorou muito, descobriu-se que aquele que morrera, era apenas um impostor.
O amor fora encontrado não muito distante dali, já quase sem esperanças.
De tanta dor e muito bem amordaçado nunca pôde gritar, mas, resistiu.
Como sempre ele é suficientemente forte pra sobreviver em áreas bem remotas.
Ao final contou-nos um segredo: “Eu não posso morrer, por isso meu nome é AMOR”.
As bandeiras foram novamente erguidas, e o povo já até comenta: Encontrou-se o verdadeiro amor.

E quando a frouxa areia do coração de uma donzela sorve um pouco do amor que escorre das palavras de seu amado, o tempo já não é capaz de soprar para longe o sentimento que os une.

Ao meu amor Platônico (...)

Amo!
Dentro do que sinto não cabe outra nomenclatura... Amo seu jeito único de sorrir, a forma carinhosa que me chamas, o teu olhar...
Poderia passar a vida mergulhada nestes olhos, isso me bastaria...
A tua voz... A tua voz é inconfundível, a reconheceria em meio a uma multidão...
E esse cheiro que emana de você, é maravilhoso, cheiro de música, envolvente, viciante, calmante...
Esse teu jeito acolhedor, que cativa e encanta todos que te cercam...
Poderia passar a vida a falar de todas as qualidades que encontrei em você...
Poderia lamentar não te ter... (Lamento...)
Mas, entendi que o que tenho de você é perfeito, e que até imaginar o sabor dos teus beijos me enche de prazer tal qual se o provasse...
Que imaginar o calor dos teus braços me faz suspirar de emoção, imaginar tudo o que não vivemos, me faz viver... E eu tenho medo, medo que a realidade me furte essa perfeição e que me restem lembranças rotas de um equívoco...
Então, congelo essa versão tão minha para me manter viva, pois não sei se perdendo tudo, resistiria...

Era um amor platônico. Um morava na lua, o outro em qualquer lugar do espaço que fosse distante o bastante para não poderem se tocar. Trocavam olhares apaixonados, tremiam ao som da voz do outro, suspiravam em sonhos acordados. Anos sonhando com aquele que seria o encontro de suas vidas, mas que jamais aconteceu. Talvez tenham se perdido entre uma história e outra, mas sempre voltam a se olhar, de longe e com o mesmo desejo de sempre, porque têm a mesma alma, só nasceram em lugares diferentes.

INVASÃO DE ALMA

Com o olhar posso invadir sua alma.

Sei dos seus medos, de suas incertezas, de suas sutilezas para fingir tudo bem.

Sei de suas lutas, sei de seus percalços, seu corpo emite sinais.

No seu silêncio, posso escutar suas vozes internas.

Sei de suas palavras engolidas, de suas vontades escondidas, de suas falas negociadas para fingir tudo bem.

No seu isolamento, posso ficar perto de você.

Sei de suas dores, sei de seus sonhos, sei de seus medos, mas você sempre tem uma boa desculpa para fingir tudo bem.

Na sua autodeterminação, posso escutar seu coração.

Sei dos seus desafios, sei dos seus desatinos, sei de suas intenções para fingir tudo bem.

Sua tristeza, no entanto, fica exposta à mesa para qualquer um enxergar, porque essa você não consegue abandonar.

E já que lhe conheço a alma, tenho o direito de lhe pedir calma para que bote brilho no olhar e nesse rosto que gosto de ver sorrindo, porque não suporto nunca ver você chorar.

GENTE QUE A GENTE AMA


Tem gente que a gente ama simplesmente porque ama. Não precisa de motivos, de explicações, de trocas ou adjetivos.

Tem gente que a gente ama só de olhar.

Tem gente que a gente ama pelo brilho dos olhos, pelo rosto sorridente, pela energia transparente.

Tem gente que a gente ama pelo jeito de conversar, pelo som de sua voz, pela maneira de sonhar.

Tem gente que a gente ama pela calma, pelo carinho, pelo seu modo de nos abraçar.

Tem gente que a gente ama pela sua simplicidade, pela sua vivência, pela sua capacidade de lidar com os problemas.

Tem gente que a gente ama pelo seu jeito carrancudo, pelo seu modo sisudo, pela sua falta de humor.

Tem gente que a gente ama pela sua impaciência, pelas suas inconseqüências, pelas loucuras fora de lugar.

Tem gente que a gente ama - ponto - e nem precisa explicar.