Coleção pessoal de ByWilliam
Reza a lenda que só conseguimos aproveitar realmente a vida quando deixamos de nos importar com o que pensam e falam da gente. Carregar o peso da opinião alheia é um peso desnecessário...
Seja Leve
Como Viver Juntos
Conta uma lenda dos índios sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:
- Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?
E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
- Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!
Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão.
No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves.
O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.
E agora, o que faremos? Os jovens perguntaram.
-Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.
Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno.
Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.
Então o velho disse:
-Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro.
Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados.
Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas.
Mas na realidade não há nenhum eu, nem mesmo no mais simples, não há uma unidade, mas um mundo plural, um pequeno firmamento, um caos de formas, de matizes, de situações, de heranças e possibilidades.
Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).
O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.
Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.
A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.
Eu te olhava e os olhos se enchiam de cor.
Os vícios acometidos de um castanho claro vibrante.
A formalidade da linguagem era pouco pra uma definição precisa.
Melodiosa voz que não atingia nenhum de nós.
Veia pulsante,
As cores do ócio,
Toque.
Prazer, Meu amor.
Sou eu para teu desprazer.
Ver e não ter,
Ser e não perceber,
Reflexos e dês-emoções.
Na tua igreja pecaminosa
A aurora manchava as mangas.
O teu coração enebriado puxava-me ao lado,
Ao teu lado errado.
Assume a direção,
Leva-me a viajar no banco de trás do teu carro,
O poder de dês-ver,
Dês-sentir,
Deixar partir,
Ir.
E foi,
Fui.
Fazer chover,
Sentir,
Tua carne,
Minha carne,
Nosso suor.
Calor e ausência em pudor.
Tenho-te em mim,
Trago-te em mim,
Tenho-te assim,
Tão meu,
Ou não...
O cheiro ficou aqui,
Suas mãos nos meus cabelos,
Acabamos numa pequena discussão,
Tão grande quanto o céu.
Amo-te,
Intensidade furacão.
Thaylla Ferreira {Poesias sobre um amor inatingível}
Eu não sei o que você tem que me deixa tão viciado em conversa com você.
Seu sorriso é tão encantador que só de pensar nele, simplesmente não consigo me segurar, e logo de mim, sai um sorriso simples, o coração aperta, a saudade bate, o pensamento me leva até você. Assim posso sentir teu perfume tão doce na brisa que toca meu rosto, nesta noite tão pura, equiparo o brilho da lua ao teu olhar e mesmo quando dia raiar ao teu lado querei sempre estar.
Egoísta
Há em mim um vicio
Não consigo abandonar
Por mais que eu tente me esforce
Sempre me pego
Sozinha a te lembrar
Tem dias que até choro (juro!)
De saudade
Mas daqui a pouco dou risada
Lembrando algo que tem em você
O que tem em você
Nenhum outro traz
Me traz alegria, prazer, amor
Me traz paz
Vamos dançar juntinhos de novo
Ao som de algum vinil antigo
Quero sussurrar no seu ouvido
Sonhos de uma manhã de domingo
Sei que tem seus traumas
Eu tenho minhas neuras
Somos dois problemáticos
Cada qual que se amam a sua maneira
Apesar de você nunca isso me falar
Apesar de eu nunca te dizer
Sabemos os dois em silêncio
O que passa entre mim e você
Nos momentos que passamos juntos
Rindo
Discutindo
Conversando
Filosofando
Sonhando
Fora todo esse barulho bom
Os momentos de silêncio sempre nos entregavam
Eles contavam para nós dois o que teimávamos em negar
Foi uma tarde bem chuvosa
O dia que te vir partir
Estava feliz pois você estava voando alto
Era merecedor daquela felicidade particular
E por ser particular ( e por eu entender que tinha que ir)
Você foi e fiquei feliz aqui
Mas agora passa o tempo
Sozinha com meus botões e minhas manias
Vejo que a saudade me faz companhia
Ela sussurra todo tempo coisas sobre ti
Estaria você bem?
Já teria achado alguém para chamar de egoísta? (isso lá era apelido?)
Jamais aceitei admitir
Nem tampouco você
Somos mundos diferentes
Água calma
Água corrente
Como isso poderia dar certo?
Não daria
Não daria
Daria?
A água do rio, a água do mar
A saudade sussurrou algumas coisas agora aqui
Amor é como uma droga!
Você é viciado nele louco perturbado, você tem medo de deixá-lo.
Uma droga que lhe tira o sono, que te faz faltar durante a noite.
Você é capaz de fazer qualquer coisa pelo seu vício, você sente fome cede um desejo sem fim!..
Poucos são capazes de larga-lo, o vício é tão forte que nos faz perder o sentido da vida!..
Só aqueles que lutam repetitivamente dia pós dia confirmando a si mesmo eu vou conseguir...
muitos te falam não, você não consegue, você é um viciado!!!
Mas, aqueles que continuam a repetir para si mesmo eu vou, eu quero viver, esse sim são os fortes.
Ao repetir com vontade estarão preparando sua mente, pois viciou nenhum pode ser mais forte que nossa vontade de viver!..
Distância do Amor
Me viciei na tua fala
Seu sorriso me deixa em paz
Seu corpo me seduz
E mesmo sem nunca tê-lo tocado
Eu quero cada vez mais
E a vida segue sem eu te encontrar
Porém meus sonhos jamais poderão se estagnar
Enquanto nossos pensamentos estiverem conectados
Nossos corpos estarão aquecidos Mesmo longe um do outro
E nossa confiança não esfriará
Enquanto nosso amor for quente
Pra aguentar esse lonjura que nos afasta sem nossa permissão.
Receio estar vivendo num tempo
em que para amar uma alma feminina terei de namorar um homem
e que para demonstrar masculinidade
terei de agir como mulher...
Preciso de você
Do gosto do seu beijo
Do toque da sua mão
Da sua respiração
Do seu corpo no meu
Do seu suor escorrendo
Infinitamente!
Inteiramente!
Na mente.
No carro, na cama.
Na alma.
"Quando não te doeu acostumar-te a mim,
à minha alma solitária e selvagem,
a meu nome que todo afugentam.
Tantas vezes vimos arder o luzeiro
nos beijando os olhos e sobre nossas cabeças
destorcer-se os crepúsculos em girantes abanos.
Sobre ti minhas palavras choveram carícias.
Desde faz tempo amei teu corpo de nácar ensolarado.
Chego a te crer a dona do universo.
Te trarei das montanhas flores alegres,
copihues, avelãs escuras, e cestas silvestres de beijos.
Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejas
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido
Tenho fome da sua boca, da sua voz, do seu cabelo,
e ando pelas ruas sem comer, calado,
não me sustenta o pão, a aurora me desconcerta,
busco no dia o som líquido dos seus pés.
Estou faminto do seu riso saltitante,
das suas mãos cor de furioso celeiro,
tenho fome da pálida pedra das suas unhas,
quero comer a sua pele como uma intacta amêndoa.
Quero comer o raio queimado na sua formosura,
o nariz soberano do rosto altivo,
quero comer a sombra fugaz das suas pestanas
e faminto venho e vou farejando o crepúsculo
te procurando, procurando o seu coração ardente
como um puma na solidão de Quitratue.
A Noite na Ilha
Dormi contigo toda a noite
junto ao mar, na ilha.
Eras doce e selvagem entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Os nossos sonos uniram-se
talvez muito tarde
no alto ou no fundo,
em cima como ramos que um mesmo vento agita,
em baixo como vermelhas raízes que se tocam.
0 teu sono separou-se
talvez do meu
e andava à minha procura
pelo mar escuro
como dantes,
quando ainda não existias,
quando sem te avistar
naveguei a teu lado
e os teus olhos buscavam
o que agora
— pão, vinho, amor e cólera —
te dou às mãos cheias,
porque tu és a taça
que esperava os dons da minha vida.
Dormi contigo
toda a noite enquanto
a terra escura gira
com os vivos e os mortos,
e ao acordar de repente
no meio da sombra
o meu braço cingia a tua cintura.
Nem a noite nem o sono
puderam separar-nos.
Dormi contigo
e, ao acordar, tua boca,
saída do teu sono,
trouxe-me o sabor da terra,
da água do mar, das algas,
do âmago da tua vida,
e recebi teu beijo,
molhado pela aurora,
como se me viesse
do mar que nos cerca.
- Em "Os Versos do Capitão"
“Vivo para florescer outros jardins e, sem perceber, o meu se abarrota de rosas e manacás... Vivo, cada dia, como se fosse cada dia. Nem o último nem o primeiro - O Único..."