Coleção pessoal de BrunoLatorre
Procuro um amor em cada esquina, na padaria, no bar, nas filas e olhares dos transeuntes. É uma loucura isso.
Estranho, eu faço Letras mas acho que a Literatura não precisa ser estudada a fundo, ela tem que ser fruida, experimentada em seu misterioso prazer...
Ana Pessoa
Ana não é muda
mas foi silenciada por si
entrecortada, exposta
eliminada na mentira
do parecer, não ser.
cada gesto, falso
cada sorriso, uma careta
calou-se.
Ana é fome de verdade
mas não se suicidara.
Ana e o outro
Ana e si
uma vertigem da ponte
aterroriza.
a realidade é diabólica
e Ana, inútil sonha ser.
Ana quer outra, dentro de si.
e este poema também mente.
Silêncio.
Quando culpar o capitalismo, não se esqueça também de culpar a ética protestante, base que outorga o trabalho como divino.
Nem sempre quando eu critico uma coisa quer dizer que eu não faça ou não faça parte. Também me critico.
Como uma vez aprendi com Fernando Pessoa, quanto mais distante das coisas e pessoas, mais equilíbrio. A lua brilha em todos lagos, porque alta vive.
Para você ser aceito por todos, tem que ter falta de princípios. Pois se você tem princípios, amigo, coitado de você.
Tem horas que é preciso explodir. E eu não me refiro a coisas ruins. Explodir toda sua alma, toda sua potência, toda sua vida. Intensidade.