Coleção pessoal de brunoescritor01
Grande alívio tive ao saber que me desejavam o mal, pois nisso tive por certo que o mal estava com eles e não comigo.
Quando há no mundo tanta gente faminta, tanto mal a tratar, tanta violência em nome de um deus que destrói o outro e requer sacrifícios humanos pela guerra, não podemos dizer que suplantamos bem o homem das cavernas.
A semente pode ser boa, a terra pode confortá-la, mas as pragas condenam toda colheita.
A semente do amor não tem logrado êxito neste mundo.
A seu tempo, cada qual receberá a sua recompensa: a semente, quanto a sua luta; a terra, quanto à acolhida; a praga, quanto à sua efetividade.
Negar a existência do mal na sua condição de ser é um grande ato de ignorância. Não conhece o mal, mas se torna dele conhecido por lavrar na sua seara.
Se alguém nunca viu a face de satanás, não teria dúvidas de que um de seus traços mais marcantes é o ódio, além do preconceito, da soberba e do propósito de justificar a violência e a guerra.
Sobre o fatalismo ou terrorismo religioso na pregação do fim do mundo, vale a experiência de cada um na luta contra diagnósticos irreversíveis da medicina. Do microcosmo ao macrocosmo, sempre é possível um milagre.
A escritura lembra Jonas em seu desejo de ver uma cidade destruída por sua revelação. A cidade se converteu, o castigo não aconteceu. Deus prefere o milagre. E você?
Precisamos de uma nova arquitetura; uma arquitetura do amor... Porque está é a arquitetura do universo e desta moldura se fez a Terra.
Há uma mão que nos molda numa arquitetura perfeita...
Acrescentou as águas do dilúvio para moldar-nos novamente depois ver tantas imperfeições.
Quando a massa endurece e não mais se molda, paciente, nos refaz dos cacos quebrados.
Quando haveremos de aprender que o amor não é genital? É uma expressão mais ampla que deve se discernir no todo; não na parte.
Chamados à vida, esquecemos que também seremos chamados dela para, utilmente, alimentarmos os vermes.