Coleção pessoal de brunoescritor01
O Brasil, antes reconhecido pelo acolhimento e pela generosidade, deixou que semeassem o joio da discórdia, do ódio, da incivilidade e do ressentimento no seu seio.
Há uma nova forma inquisidora de alguns da fé agirem. Uma forma tóxica de espiritualidade e doutrinação, uma ditadura do comportamento, das escolhas e dos desígnios individuais. Esse encarceramento em ilhas digitais contra princípios inalienáveis à fé como o livre arbítrio é a nova heresia. Uma nova onda punitivista e sádica cujo prazer é frustrar o outro e impor a ele uma nova ordem de socialização contra a liberdade individual. Ninguém pode se contrapôr ao sistema do fraternalismo a todo custo e radical.
Onde não há liberdade, o Espírito não flui e não age. O que temos, então, é uma nova forma de mundanismo religioso.
Ninguém pode impedir o sol de brilhar. Mesmo as nuvens mais escuras e densas o vento leva. Por isso acredite na imensa luz que habita em você! Ninguém pode apagá-la.
Amor - me disse a consciência- vai virar coisa do passado. Por quê? Perguntei. Ao que respondeu: Porque, tal como é em essência, exige permanência.
A mulher moderna, no impeto por se alinhar à velocidade da rede e das opiniões revolucionárias dos achologistas desse tempo, deixou de amar e descobrirá tarde o que perdeu em seguir o tempo das urgências da mídia, da moda e do mercado.
Tudo muda! Só não muda o ignorante, o fascista e o conservador. Não existissem os santos lunáticos estaria a raça humana sujeita a mobilidade de uma carroça com rodas quadradas.
O fascismo não foi vencido nem no Brasil, nem no mundo. Diante do trágico incidente histórico do holocausto e a inconsequente insurgencia da extrema direita no mundo atual, vimos os projetos de Adolph Hitler prosperar num arianismo renovado com todo seu aparato de horror e sangue. Não nos iludamos! O mal não foi vencido. Viceja a olhos vistos aplaudido por sistema de crenças ultra-conservador.
Ser contra uma reforma agrária justa, legal e pacífica sobre áreas improdutivas, degradadas e abandonadas quando a vocação do país é, em primeira instância, agrária é um tremendo retrocesso.
Quando o STF reconhece as condições insalubres e precárias do sistema penitenciário brasileiro, o que torna a recuperação do apenado cada vez mais difícil e, não raro, vítima de assédio do crime organizado, uma lei que não proteja o doente, dependente químico, de fazer escalada na vida do crime é inaceitável, injusto, contrário a ética e a mínima razoabilidade legal.
A dependência química não atinge somente aos usuários de drogas ilícitas. Ainda que a lei faça acepção à droga, não deve fazer o mesmo com o usuário dela. Colocá-lo no mesmo bojo do traficante é cruel, injusto e inimaginável.
Não se ama a droga, mas se deve, por um princípio de misericórdia, amar o drogado.
Sou feliz no que considero uma felicidade autêntica. Abrigo um complexo modo de ser que não cabe em mim, talvez porque seja imaginação e não haja nem caiba plenas certezas nisso. Somos e nos fazemos no caminho.
E o que chamei espinhos é o que melhor me enfeita. De que vale uma vida sem sacrifícios? Quando de nós todos os pedaços se partirem, ficaremos alma. Essa parte indivisível é a certeza do que sou. Nela; minhas asas.
Quem primeiro atenta contra a liberdade de expressão é quem dela faz mau uso.
Não seria necessária uma regulamentação se as criancinhas de colarinho branco não agissem de modo despudorado diante dos meios de comunicação, infringindo as normas legais, à ética, o decoro e a liturgia da função, mentindo para milhões de brasileiros.
Como poderia a mesma mente que avança para o futuro em questões tecnológicas ser tão retrógrada em comunicação, dando vazão a pensamentos conservadores, antidemocráticos que pervertem o sentido da liberdade para impor, em seu desvario, uma visão retorcida da lei em favor de um projeto negacionista, rudimentar, ilegal e mentiroso?
A interdição do desejo e a poda social dos afetos é uma estrutura neofascista comportamental que deriva em ruptura.
Um vulcão para explodir precisa tão somente da oclusão da passagem do que lhe vai por dentro.
Se o vulcão não respira, explode.