Coleção pessoal de brunobarcellos
Ter ideais não é defeito.
A clínica nos oferece a possibilidade de conhecer os mais diversos perfis, nas mais variadas áreas de trabalho. Um perfil que é comum é o "idealista ambicioso", aquele que se propõe a crescer ao máximo e alcançar o sucesso.
Um dos impasses deste perfil é estar sempre buscando uma ideia melhor que a outra, algo original e inovador que impacte e alavanque sua carreira de forma rápida. Então sonha, sonha, sonha... E continua sonhando.
E muitas vezes se mantém sonhando não por falta de conhecimento do que pode ou deve fazer, mas por não conseguir se convencer de que vale a pena fazer aquilo que pensou.
É comum a queixa da dúvida, de vislumbrar duas opções interessantes e não conseguir escolher, de hoje estar muito empolgado com uma ideia que para ele ou ela é genial, mas na próxima consulta ter desanimado pois viu algum impedimento para sua realização.
Ter cuidado, cautela, planejamento, pesquisa, fazer articulações, buscar se capacitar é muito bom, e recomendável, porém, até quando?
Qual é o ponto da virada entre a preparação e a execução?
Quanto precisa saber para fazer e quanto precisa fazer para, então, saber?
Criatividade, originalidade, conhecimento técnico e pesquisa de mercado nunca fazem mal, mas a questão é que para materializar os sonhos se precisa de uma boa dose de coragem e outra boa dose de renúncia.
O ótimo é inimigo do bom e quem tudo quer, nada tem. Conselho de vô, mas que tem muito valor.
Nem sempre faremos as coisas com toda a qualidade que poderíamos ou com toda a assertividade que deveríamos, mas boa parte das grandes ideias, e grandes profissionais não nasceram prontos. As grandes soluções se desenvolvem no caminho, então, vá.
Busque sim, se preparar, se capacitar, se inspirar em pessoas com êxito, mas defina a hora de partir, de por em prática os planos. E com medo, sem se sentir totalmente preparado, mesmo que a ideia não esteja totalmente pronta, vá e viva.
O maior laboratório do mundo é viver.
#brunofernandesbarcellos
Saúde é mais que ausência de doença.
Saúde e persistir na vida, usufruir os momentos, e alcançar algum bem-viver mesmo com as nossas dores.
#brunofernandesbarcellos
Quem te inspira?
Minha vó já dizia, é junto dos bons que ficamos melhor. Por isso se atente a quem você admira, conheça a trajetória e as escolhas de vida.
Não adianta se desmotivar, dizendo que ninguém consegue, almeje aquele que foi além, que persistiu, buscou recursos e hoje está aonde você um dia também estará.
E antes de desistir, tenha a convicção que tentou com o seu melhor.
#brunofernandesbarcellos
Não há prêmio no final.
Se dedicar a construir relações profundas, impactar pessoas, transmitir valores ou ser útil, são algumas propostas interessantes para uma vida qualificada.
Porém, é preciso considerar que vencer todos esses desafios não te dará uma medalha ao final da jornada. Não fará de você um ídolo, ou mesmo não te livrará da dor de algumas perdas, de algumas derrotas, e de algumas muitas decepções.
Ao final da jornada da vida, iremos envelhecer, possivelmente cultivar algumas viroses, artrite ou artrose, um medo de estimação, e será divertido falar na fila do banco sobre corrupção.
Não sei se é um final honroso, se é rico de cerimônias, e brilhante como a pele bronzeada de jovens despreocupados.
Mas não se mede a vida pelo fim, não se pode avaliar o esplendor de uma história por alguns episódios.
A vida tem valor no instante de ação, na hora que dedicamos a cantar para uma criança, a ouvir as repetidas histórias de um idoso, a inspirar e incentivar sonhos, a dizer para alguém que acredita nela, mesmo que a vida nos coloque cheios de dúvidas.
São esses dias, esses momentos que dão algum valor a nossa jornada. Pois serão estas as memórias que iremos ter orgulho de repetidas vezes contar.
#brunofernandesbarcellos
A gangorra entre a lágrima e o sorriso.
A capacidade de transitar entre um instante de epifania e outro de melancolia não é privilégio de nenhuma patologia.
A vida, em seu fluxo contínuo, nos impõe atravessamentos de alegria e amor, de tristeza e de dor.
Às vezes trocados em segundos, em palavras, silêncios, imagens e ausências.
Dos polos dos afetos, o centro é o mais distante, e que quando alcançamos estamos sempre de passagem.
O equilíbrio não está em um vida regular, mas em suportar a irregularidade constante entre sofrer e amar.
#brunofernandesbarcellos
Ter metas em etapas é fundamental.
A maioria das pessoas possuem boa capacidade para fazer planos, porém não estabelecem prazos.
Quando estabelecem, é para a obra completa:
- Caso em 2 anos.
- Monto meu negócio em 6 meses.
- Final do ano eu me mudo.
Todo projeto precisa ter etapas curtas, médias e longas.
Definir as prioridades do dia, da semana e do mês.
Conheço pessoas que marcam data do casamento e depois procuram aonde morar; Pessoas que abrem um negócio e depois tentam se capacitar; Outros que compram ou alugam um imóvel sem um plano de como pagar...
Planejar é considerar cada parte do processo com data de início e fim de cada degrau da sua escada.
Ter um deadline, uma data limite, para cada etapa é fundamental. Assim como ter metas possíveis. Então planeje com cuidado cada ponto do seu plano, definindo cada etapa que precisa ser vencida para concluir sua grande meta.
Escolha com cuidado seu teto (financeiro, emocional e de habilidades) de investimento. Tenha pressa, mas com responsabilidade e busque focar no que pode e deve resolver primeiro.
E se for desenvolver este plano com alguém, as ideias devem ser compartilhadas e desenvolvidas em parceria.
Pular degraus exige muito mais esforço e você ainda pode se quebrar. Quem não encara a realidade, não desenvolve condições de modificá-la.
Marketing para Psicólogos.
Desenvolva parcerias para que possa complementar habilidades, ampliar seu alcance e compartilhar conquistas. A aliança é mais forte que a concorrência.
Uma boa estratégia inclui os danos.
- Estratégia é a ferramenta mais eficaz para evitar improviso.
- Improviso é uma maneira criativa de contornar problemas.
- Problemas são os desafios que estimulam nosso desenvolvimento.
- Desenvolvimento são as habilidades que construímos para alcançar nossas metas.
- Metas são os sonhos que realizamos com esforço.
- Esforço é a capacidade de persistir no plano mesmo com os erros.
- Erros são decisões, medos e riscos que nos levam a desenvolver uma estratégia.
Acolher não é encolher.
Acolher é dar colo, amparo, suporte, carinho, cuidado... É abrigar o outro em seu peito.
Ao longo da vida todos precisamos de colo, de alguém a quem buscar para suportar os mal-tratos da vida.
Mas é muito importante escolher bem a quem vai evocar, a quem vai pedir ajuda. Assim como é um desafio ofertar colo sem que caiamos na armadilha de queremos ser tutores do outro.
Por isso, cuidado para não permitir se encolhido pelo outro, que em sua tentativa de acolher, lhe pode as ousadias, lhe nomeie incapaz, lhe corte a capacidade de arriscar de novo.
Por isso, cuidado para não fazer do abraço um moedor de sonhos, que na tentativa de ajudar a superar, o ajude a desistir, a não tentar, a ter horizontes mais curtos.
A vida pode ser longa ou curta dependendo da intensidade do caminhar. Das formas que se levanta dos tombos que a vida nos da. Colo é abrigo, mas diariamente precisamos sair ao sol para semear, capinar, flor e ser...
Nomear é limitar.
Sempre que dizemos o que aquilo é, estamos delimitando seu existir.
Um nome é uma definição, e tudo que está definido está limitado.
Mas o limite é apenas uma palavra, que não dá conta de segurar todos os sentidos do mundo.
E o sentido às vezes é tato, às vezes é som, às vezes uma temporária conclusão.
No entanto o nó é tanto, que algo sempre escapa.
A capa de chuva que já foi usada.
Algo sempre ultrapassa.
A uva do natal que ficou guardada.
Algo sempre amarela.
O amor que em mim escapa, e ultrapassa as definições na direção dela.
E se der errado?
Você já deve ter duvidado ou conhecido alguém que duvidou, que por medo não arriscou. Ou até tentou com pouco empenho, pois não acreditou.
Seja no esporte, no trabalho ou no vestibular. O medo de fracassar, de ser incompetente ou incapaz, sempre participa quando tudo depende apenas de você.
Então fica a dica, não alimente sua crítica, não fortaleça seus medos, eles existem mas não são maiores que você.
Fracasso não é uma tentativa sem êxito, fracasso é a ideologia que te guia, quando você não se vê capaz de acreditar em você.
Insucesso é quem deixa a vida passar pela janela, sem ousadia de buscar, de sonhar, de tentar e errar.
Incapaz é quem só tenta o que pode dar certo, optando pelos menores riscos e as menores jogadas, pois este não desenvolveu a capacidade de amar.
Amar (se) é se arriscar a dar errado, é investir no que te motiva, no que te afeta, é buscar razão para estruturar uma paixão, é assumir os riscos e tentar se preparar para eles, é ter consciência do desafio e não recuar, ainda sim e somente assim, valer a pena!
Responsabilidade afetiva e procrastinação.
Parece óbvio, o sofrimento da humanidade se baseia na necessidade de fazer escolhas e portanto perder algo. Mas dentro de uma formação que tensiona para o intelecto, fazer escolhas se torna cada vez mais sofrível.
Procrastinar é o comportamento de adiar, de deixar para depois. Podemos pensar vários fatores que levam a isso, mas destacaria o excesso de exigência.
Veja, não existe escolha com 100% de garantias e isso envolve suportar algum risco. Quando colocamos toda a expectativa para que alguém seja inteligente e faça "boas" escolhas, sem que haja um desenvolvimento da responsabilidade afetiva, é comum um enclausuramento na bolha da procrastinação.
- Vou esperar mais um pouco para ver se consigo fazer melhor.
- pensar melhor.
- planejar melhor.
E assim não se faz nada, não se arrisca nada, e não se escolhe nada, em uma fuga do desafio de escolher, acertar ou errar, e arcar com as consequências.
Um procrastinador pode ser alguém com grande dificuldade em suportar a falha, o insucesso, a cobrança, e o desapontamento do Outro. A ironia é que sua estratégia para fugir da cobrança, muitas vezes, o leva a ser cobrado por sua inércia.
A maioria das pessoas que procrastinam não sabem dizer o motivo do seu comportamento e também possuem alguma área da vida que conseguem desenvolver sem tanta procrastinação, mas durante o processo terapêutico, sendo convidado a pesquisar sobre sua própria história, alguns podem identificar elementos que levam ao adiamento/atraso.
E o grande desafio é desenvolver uma estrutura que o possibilite viver com maior responsabilidade afetiva, fazendo investimentos (intelectuais, afetivos, financeiros), considerando e suportando alguns riscos, perdendo e ganhando, mas acima de tudo respondendo por suas ações, planejadas ou não, querendo ou sem querer querendo.
Responsabilidade afetiva e procrastinação.
Parece óbvio, o sofrimento da humanidade se baseia na necessidade de fazer escolhas e portanto perder algo. Mas dentro de uma formação que tensiona para o intelecto, fazer escolhas se torna cada vez mais sofrível.
Procrastinar é o comportamento de adiar, de deixar para depois. Podemos pensar vários fatores que levam a isso, mas destacaria o excesso de exigência.
Veja, não existe escolha com 100% de garantias e isso envolve suportar algum risco. Quando colocamos toda a expectativa para que alguém seja inteligente e faça "boas" escolhas, sem que haja um desenvolvimento da responsabilidade afetiva, é comum um enclausuramento na bolha da procrastinação.
- Vou esperar mais um pouco para ver se consigo fazer melhor.
- pensar melhor.
- planejar melhor.
E assim não se faz nada, não se arrisca nada, e não se escolhe nada, em uma fuga do desafio de escolher, acertar ou errar, e arcar com as consequências.
Um procrastinador pode ser alguém com grande dificuldade em suportar a falha, o insucesso, a cobrança, e o desapontamento do Outro. A ironia é que sua estratégia para fugir da cobrança, muitas vezes, o leva a ser cobrado por sua inércia.
A maioria das pessoas que procrastinam não sabem dizer o motivo do seu comportamento e também possuem alguma área da vida que conseguem desenvolver sem tanta procrastinação, mas durante o processo terapêutico, sendo convidado a pesquisar sobre sua própria história, alguns podem identificar elementos que levam ao adiamento/atraso.
E o grande desafio é desenvolver uma estrutura que o possibilite viver com maior responsabilidade afetiva, fazendo investimentos (intelectuais, afetivos, financeiros), considerando e suportando alguns riscos, perdendo e ganhando, mas acima de tudo respondendo por suas ações, planejadas ou não, querendo ou sem querer querendo.
Tirei o dia para "turistar", não sei se a palavra já foi catalogada, mas poderia ser definida como ato de olhar o mundo com curiosidade, observando os detalhes como se fosse a primeira vez.
E para turistar não há limites de distância, de novidade ou de custos, basta mudar apenas o valor que atribui as coisas que vê, e a beleza do seu olhar.
Se não enxerga graça nas experiências por perto, e acredita que precisa ir longe para encontrar beleza em algum lugar, talvez seja você que precise mudar.
Relacionamentos não acabam por falta de amor.
A cultura romântica nos fez acreditar que o amor é condição para tudo dar certo. A vida, os relacionamentos e a experiência clínica nos mostram que na pratica a teoria é outra.
Pergunte a um pai ou mãe recente como foi a construção da relação com seu filho, se o sentimento de amor foi imediato a saber da gestação, se foi no parto ou se é um processo em continua construção?
Pergunte a um casal com mais de 30 anos de casados se o amor está firme e forte todo os dias da relação?
Pergunte a um universitário ao fim da graduação, se o que ele aprende ainda lhe da tensão?
Relacionamento é suor, trabalho e dedicação, é decisão de construir e manter esse amor, contornando e enfrentando os obstáculos e não apenas amando de pires na mão.
Respeito, cuidado e consideração, vontade debate e concessão, lutar por algo pode resultar em amor ou em frustração, mas não há caminho outro senão a implicação.
É a forma de se relacionar que nutre o amor e não o amor que nutre a forma de se relacionar, pois a maioria das relações acabam com dor para todos os lados, pois elas terminam mas o amor não.
Amor não faz dívida.
Aprendi com livros e pessoas que atos de amor são sempre generosos, e que o que é dado é para ser absorvido sem medo ou culpa.
É claro que algumas pessoas ainda fazem o amor de moeda e fazem cálculos do quanto doam e quanto recebem ou acreditam merecer receber e, em geral, são as que mais sofrem.
O amor é um hectare de discussões, percepções e conceitos, e o que digo é que amor que me faz rir é aquele em que se doa o possível para sua própria alegria.
É investir em um sorriso de uma criança ou de um idoso, sem a expectativa de retorno. Sem o compromisso com o aplauso, mas sim, o compromisso com o momento presente em que o que você emana é absorvido por outro, sem depois.
E quem tem o privilégio de ser acariciado por gestos de amor, eu desejo que cultive a gratidão, o reconhecimento e se for espontâneo que ame também, mas não faça da graça recebida uma dívida.
Viver o amor é incompatível com réguas, contas e medidas, amor não faz caixa, não acumula para o futuro, não rende juros e não se paga.
Amor é apenas um momento de generosidade, que eu torço, seja repetido, repetido, repetido...