Coleção pessoal de bruno_ramalho

101 - 120 do total de 137 pensamentos na coleção de bruno_ramalho

⁠O que seria do tudo sem o nada,
se este foi aquele na partida
e aquele será este na chegada?

⁠Cômodo é o bom senso
que exala sua crença,
mas bom mesmo é o pretenso
a inspirar o que o outro pensa.

⁠O essencial não se basta no tangível.

⁠O eu repousa transcrito
onde o íntimo se vê de fora:
no poema, ora medito.

⁠Quanto valerão
os setenta em cem,
se, para os outros trinta,
centenas forem ninguém?

Para alguns,⁣
a verdade que importa⁣
é a que menos se enxerga⁣
e mais se entorta.⁣

Dos anais da insanidade:
dizer que o vírus é mentira
e que o remédio é verdade.

Parei de me ver em você
e, enfim, nos conhecemos.

Dentro do poema,
o que é pouco nada escassa.
Fora, a vida apenas passa.

Poesia é terra de todos e ninguém:
sincera quando mente,
quando não mente é também.

Das antíteses da vida:
às vezes, temos de subir
a ladeira que pede descida.

Às vezes, a palavra
tem um tamanho absurdo...
Percebe o quanto cabe
nas 4 letras de tudo?

Nas máscaras, temos
nova contradição:
as nossas mais vestiremos,
as deles mais cairão.

Hão
de vir os dias
de versos dos momentos
diversos dos momentos
de vírus-dias.

Dia cretino, a saber:
este verso de menino
fazendo-me crescer.

Contradição:
a acidez, sim,
é básica ao não.

O devir,
dever do vírus,
há de vir e
hei de ver.

Contradição:
contato sim,
com tato não.

Um poema,
às vezes,
é um movimento
do silêncio.

A acidez
é básica
aos sinceros.