Coleção pessoal de brunamotti
“Ah, mas você nunca gostou disso. Porque está fazendo agora?” Simplesmente porque eu me permito mudar de ideia, experimentar coisas novas e aprender outras habilidades que não conhecia. Porque eu quero ter novas comidas e bebidas favoritas e quero apreciar fazer nada só pra variar. É muito chato ser sempre a mesma pessoa, não se abrir pro novo. Você deixa de conhecer uma infinidade de possibilidades que poderiam ser incríveis, se você tentasse. Confia em mim. Pense em algo que você nunca fez, vai ver você é bom nisso e nem sabe.
Eu sempre digo que quanto mais grato se é, parece que o universo resolve te dar em dobro, triplo. Por isso, agradeça pelo que você tem hoje. Você um dia pediu pra estar onde está agora. Lembra? E nunca se esqueça de IR ATRÁS dos seus objetivos. Vamos aproveitar o mês de janeiro para planejar e começar a AGIR. Só assim nossos sonhos se tornarão realidade. Vamo que vamo amigos.
A vida vai fazendo uma varredura natural, e por mais que você se incomode com quem vai embora, deixe ir. Entenda que, quem ama não volta. Porque quem ama, meu amor, nem vai.
Dezembro já vem batendo na porta e só consigo pensar em cada momento marcante de um 2017 divisor de águas. Internamente, externamente. Desamarrei preconceitos, desafoguei mágoas, me libertei de amizades rasas, me permiti escolher somente o que faz meu coração pulsar. Aprendi a ser mais leve, a relevar, a deixar a coisa rolar. Pra tudo. Mas confesso que não aprendi a ser menos intensa. Talvez deixe isso pra 2018.
Amar todo mundo ama. Gostar todo mundo gosta. Resta saber se você está disposto (ou disposta) a abrir mão de uma série de liberdades e vontades para viver em conjunto. Se está disposto a assumir um sentimento, e mais que isso, um compromisso. E olha, todo mundo quer uma companhia, mas nem todo mundo sabe ser dupla, ou sabe ser sozinho. Por isso fica aqui meu conselho, primeiro entenda o que você está disposto a assumir. O mais importante disso tudo, é ser feliz. Seja acompanhado do outro ou de si mesmo.
Já perdi as contas de quantas vezes escutei: “você é doida” depois de concluírem que eu saí sozinha. Doidos são vocês, que não conseguem aturar a própria companhia e querem que outro o faça. Doidos são vocês, que não se dão a chance de se conhecer melhor. Sair sozinho é quase uma doença: tem gente que olha torto, gente que te chama de doido ou até que pensa que você não tem amigos. As pessoas se sentem incomodadas porque não conseguem sentar num boteco e tomar uma observando o ambiente. Não conseguem ir a uma sessão de cinema que querem ver. Não fazem aquela viagem que sempre quiseram por falta de companhia. Não vão à praia pra recarregar as energias e ouvir uma música boa. Não vão a um show que amam para curtir o som. Eu já fiz tudo isso e muitas outras coisas incríveis. Planejo fazer muito mais, e farei. Entenda que, nascemos sozinhos, morreremos sozinhos.
Meus caros amigos, eu preciso dizer: a verdade basta. Pra que enganar o coleguinha? Seja seu amigo, sua família, do trabalho ou do coração. A verdade pode não ser muito fácil de dizer, pode ser mais difícil ainda ouvir, mas despende menos energia. Economiza sofrimento e mágoa. Te falo por experiência, omitir também não é a melhor saída. A verdade pode te expor num minuto, mas te situa. Existe coisa pior do que descobrir uma mentira que poderia ser evitada? Vamos poupar sofrimento minha gente. Sejamos reais, verdadeiros. Economizamos tempo e salvamos mais pra viver de verdade.
Tem hora que a gente só quer aproveitar uma vibe boa. Não é amor, talvez uma paixão. A gente dá atenção em demasia porque a pele rolou e a vibe bateu. A gente dá atenção sabendo que o prazo de validade é curto. Porque quer viver um amor breve a todo custo. Mas o que fazer quando a pessoa não entende que essa sede toda é pra viver ao máximo essa intensidade, até que, enfim, ela se acabe. Pra esgotar as possibilidades que, no fundo, sabemos que tem fim. O que fazer quando a pessoa pensa que, no fundo, tem sentimento envolvido. No quesito de relacionamentos amigos, escutem, todos eles, tem prazo pra acabar. Eles estragam como aqueles alimentos maravilhosos que a gente compra e não come. Aqueles que a gente vê na gôndola do mercado e jurava que queria muito. Eles ficam lá na geladeira até expirar o prazo de validade e mofar. Por isso eu aconselho, vamos viver sem medo. Até acabar. Não deixem a vibe estragar. Vamos parar de romantizar tudo. Amor é consequência, se constrói e só o tempo diz. Curtam as paixões. Mesmo que momentâneas.
Sempre tento explicar que não sei fazer planos pro futuro. Não tenho planos nem pro próximo final de semana. Ao mesmo tempo que estou aqui, pode me dar na telha de viajar pra qualquer lugar. E eu vou. Sem pensar, sem planejar. Deixo a energia e as circunstâncias me levarem. Quem se programa demais fica preocupado com cada detalhe. Já eu? Eu não gosto de me preocupar. Gosto que a vida me surpreenda, que novos amigos se façam, novos amores aconteçam. Tudo nessa vida amigos, é passageiro. Cabe a nós saber entender que cada coisa tem seu tempo, e aproveitar, até a última gota. Eu vivo minha própria loucura.
Já dizia um conhecido meu: sou responsável pelo que digo, não pelo que entendem. Mais uma vez repito, não gastemos energia para justificar o que não precisa ser justificado. Para explicar o que não interessa a ninguém. Gastemos nossa energia com coisas positivas, que alegram a alma. Vira e mexe as pessoas me interpretam da forma como lhes convém e isso é problema delas, não meu. A verdade sempre aparece, mesmo que você não diga. Por isso, permaneço em silêncio. Sou adepta a observar atitudes, faça o mesmo. Esta é a melhor maneira de descobrir quem é quem na fila do pão.
Cada dia que passa vejo pessoas apontarem umas às outras pelos erros que cometem. Gente, errar é humano, é super normal, o problema é persistir no erro. Mais uma vez eu volto a dizer que você pode fazer absolutamente o que quiser da sua vida, desde que você durma bem à noite, sem que isso magoe alguém ou seja ilícito. Tudo lhe é permitido, mas observe que nem tudo te convém. Parem de gastar energia com o negativo. Quanto mais você enaltecer os erros dos outros, mais isso vai dizer pra sociedade quem você é. O que eu observo é que os maiores juízes das verdades alheias, são os maiores pecadores. Vamos parar de hipocrisia e começar a olhar pro próprio umbigo.
Tem dias que a gente acorda com vontade de olhar só pra si. E não tem nada de egoísmo nisso. É que a vida anda tão corrida, os dias tão agitados, as noites tão boêmias, que você acaba esquecendo de olhar pro que realmente importa. A rotina nos pega pelo laço e nos abraça de tal forma, que vivemos o dia a dia sempre na correria, sem aproveitar aquilo que faz sentido, que faz sentir. Às vezes parar um pouco e escutar o próprio ritmo faz parte. Penso que a vida é, nada mais, do que uma grande escola de autoconhecimento. Quando você começa a se conectar com a sua essência, a opinião dos outros não importa, a aprovação externa deixa de ser relevante e o amor próprio grita tanto que o mundo não só ouve, como acredita na sua verdade. O julgamento alheio só tem valor se te afeta. Não existe certo ou errado, existe o certo ou errado pra você. Então eu te faço um convite, em plena semana de feriado: olha a ti mesmo com o mesmo carinho pelo qual você olha a pessoa que você mais ama na vida. Comece esse exercício, diário, de enaltecer suas qualidades sob seus defeitos. Você vai ver que, no final, a pessoa que você mais ama, será você mesmo.
Eu sempre ajo pelo coração, mas não sou de abandonar a razão pra tomar decisões, principalmente as mais importantes. Aliás, talvez seja esse o motivo pelo qual eu consigo estar de pé, apesar das adversidades. A real é que é difícil ser assim, porque você tem que decidir se quer entrar em uma barca furada já sabendo que ela vai afundar. Confesso que peguei barcas furadas com uma pontinha de esperança de conseguir conserta-las (nem precisa dizer que não consegui). E essa fé meio cega, me fez por alguns momentos, ter fé em você. De alguma forma meio doida, eu sempre soube que você não me merecia, nunca mereceu e nunca vai. E mesmo assim, meu coração não me deixou te abandonar por completo. Olha, também não fique estufando o peito por aí. Tenho que dizer que, em algum momento, tive sim um sentimento aqui dentro, mas hoje ele se resume a uma saudade do que poderia ter sido. Sabe, uma parte de mim queria acreditar que talvez, só talvez, você tivesse aprendido algumas coisas novas e que pudesse mudar. O fato é que ambiente nenhum muda ninguém. Toda mudança, seja ela qual for, tem que partir de dentro. Me entristece ver você pegando a tal barca furada sem se dar conta de que, é inevitável que ela afunde, de novo. Também não cabe mais a mim, a ninguém talvez. Só queria te desejar sorte, e te pedir um favor: me deixa aqui quietinha no meu canto. No fundo, você também sabe que não me merece.
Ei menina, queria te pedir pra não ficar tão triste assim. Eu sei que parece muito agora que ele fez seu coração em pedaços, e que parece fácil falar pra quem está fora, mas olha, eu já estive aí. E passa, eu juro que passa. Mas eu confesso que não é agora que você vai enxergar isso. Na verdade, vai demorar até seus olhos e mente ficarem claros novamente. Eu sei que seu coração, no fundo, acreditava que ele ainda era aquele cara que você conheceu um dia, que já te amou e te olhou com a cara mais boba do mundo. Mas olha, a gente tem mania de não querer enxergar que as pessoas mudam. A gente se apega tanto àquele amor, àquelas vivências bonitas que passaram, que esquece que a vida não tem repeteco. Ela anda pra frente pra gente crescer com ela, evoluir junto. E olha, você pode não ter percebido, mas você cresceu. Cresceu muito, e ainda vai ficar do tamanho de um gigante. Essa é a vida. E às vezes a gente cresce mais rápido que o outro, aí aquela companhia não cabe na gente mais. Aí a gente conhece uma outra pessoa, totalmente nova, que vai fazer a gente crescer em outro âmbito, outro aspecto da vida. Gente que mostra outra visão de vida, outra perspectiva. Aprende menina, as pessoas têm sempre alguma coisa pra ensinar, nem que seja a não ser como elas. Algumas delas ficam, a maioria delas vai pra não mais voltar. Tenta não se ferir, tenta tornar a partida suave. Um dia desses aí, prometo que vai ter alguém que vai chegar, e que vai querer ficar
Na faculdade a gente sempre tem aquelas aulas que se pergunta 'que diabos eu to fazendo aqui'. Foi isso que me perguntei quando vi na minha grade a matéria de psicologia. Pensando que seria uma grande perda de tempo, frequentei as aulas despretenciosamente. Confesso que não lembro o nome dela, mas é certo que nunca esqueci uma aula que ela deu sobre zona de conforto. Nós, seres humanos pensantes, estamos visivelmente acostumados a repetir hábitos diariamente. Acordar no mesmo horário, ver os mesmos programas, ir aos mesmos lugares, sentar na mesma cadeira e até a usar o mesmo banheiro. Usamos as mesmas marcas, mantemos os mesmos amigos, falamos sobre as mesmas coisas e reclamamos que nada muda. Pra mudar então, temos que sair da zona de conforto. Não sente naquela cadeira cativa, acorde em outro horário, diga sim quando normalmente diria não e veja a mágica acontecer. A gente tem na cabeça atitudes que estão no piloto automático e são elas que nos deixam presos na mesmice. Só que pra mudar, tem que ter coragem. Deixar o medo de lado e não fazer pre-julgamentos. É isso que faz a mudança. E aí, vai mudar o que hoje?
Eu não vou ser sua amiga de rede social
A gente vive hoje em um mundo que as pessoas medem a qualidade das amizades pela redes sociais. Pelas fotos postadas, pelos comentários e likes. Eu vim de uma geração que viu nascer a internet. Lá em casa tinha um computador que ficava no quarto dos meus pais, MS DOS. No início nem tinha internet. Quando ela surgiu, era caro demais e ainda ocupava a linha do telefone porque era internet discada. Pra entrar, eu tinha que revezar com meus irmãos. A gente combinava com os amigos de entrar de madrugada, era mais barato. Era tudo muito lento, e começamos a entrar na era digital com o falecido ICQ. Quando queríamos contar alguma coisa pros amigos, a gente usava o telefone. Quem não sabia de cor o telefone fixo dos amigos? É camarada, fixo, porque naquela epoca os celulares só mandavam SMS e ninguém tinha dinheiro pra bancar uma ligação de longos minutos. Também tinha a opção de ligar de três segundos (quem nunca?). Eu também mandava muita cartinha. Tinha uma caixa de cartas, nem sonhava na existência do whatsapp.
A gente comprava filme de 12, 16, 36 poses. Tirava foto e ficava torcendo (pelo amor de Deus) pra não queimar ou ter piscado na hora. A gente tinha que revelar as fotos, e também pagava por isso, fazia álbum de viagens, excursões, festas. A vida era analógica, e olha, a gente era feliz viu?
Temos vivido na era da paranóia. Todo mundo sabe que vida de instagram nem sempre (quase nunca) retrata a vida real. O problema é que, mesmo sabendo disso, muitos encaram a vida virtual como mais importante que a convivência offline. O fato de não te seguir no instagram ou no twitter, ou não te ter na lista de amigos do facebook, não significa que eu não goste de você. Tenho vários amigos que não tem rede social, e adivinha, sou mais próxima do que vários que me dão likes o dia inteiro. Posso não te seguir porque não curto suas postagens (nada pessoal ta?), ou porque as vezes meu feed ta lotado e numa dessas limpezas da vida, parei de te seguir sem querer. E será que isso é realmente o mais importante?
Há não muito tempo fui questionada sobre isso por algumas pessoas, uns amigos, outros nem tanto. O fato de não medir a intensidade e importância da amizade pela convivência digital me deixou perplexa por ver como as pessoas se importam com o que não deveria ter importância nenhuma. Pessoas que não fazem questão de encontrar pessoalmente, mas que se sentem extremamente ofendidas porque não são meus amigos na internet. Não leve pro pessoal, eu gosto de você, mas não vou ser sua amiga de rede social.
Cada um carrega uma bagagem de vivências que é diretamente proporcional a maneira como vê a vida, como vive a vida. Por vezes, é difícil e quase desleal julgar a escolha dos outros sem ter passado pelas mesmas experiências. Por vezes, é ainda mais difícil compreender o ponto de vista alheio pelo mesmo motivo. E mesmo assim, quem está de fora se acha no direito de apontar o dedo e dizer o que acha certo ou errado. O conceito puro de certo ou errado depende dos valores de cada um, e desde que não fira o direito do outro, é relativo. Entenda, tem coisa que não se discute, é errado e pronto. Só que no que compete a vida pessoal de cada um, o certo vai até onde sua cabeça consegue deitar no travesseiro a noite e repousar em paz. Mais uma vez, desde que estas atitudes e valores não desrespeitem outra pessoa.
Vamos parar de querer ditar pros outros o que eles devem ou não fazer. Apenas parem.
O dia amanheceu ensolarado em plena primavera, quase um dia de verão. O calor incomodava a todos na cidade, mas ela parecia não se abalar. Sua cabeça flutuava como nuvens que pairam no céu, ela decidiu partir. Foi colocando tudo dentro de uma sacola, queria fugir de casa, desse mundo que ela vive. Queria fugir dela mesma, mas não se dava conta disso. Pensou que mudando dali, tudo mudaria também. Erro de quem pensa que a mudança vem de fora pra dentro, claro que ajuda, mas é internamente que a chama se acende e expande até se tornar um incêndio incontrolável. Um fogo que queima a verdadeira vontade de viver. Viver é no fundo não pensar demais, agir sem prejudicar os outros tentando não ferir a si mesmo. A vida é uma constante busca de momentos pelos quais a gente abraça o travesseiro e pede pra voltar pelo amor de Deus.