E como teimoso sou, meu ser deixando de existir, eu me esvaindo, desfalecendo, no entanto, não deixo de amar.
A verdade é que eu estava só, eu-e-eu, eu-comigo, eu-e-o-que-sobrou-de-nós.
Sofra menos, se doe menos, se admita menos, todavia ame, sem ter motivos e sem se permitir concessões.
Te quero, te tolero e te preciso, não minto. Te venero, muito.
Desejando diminuir seu amor, disse pensar vez'enquando nele, quando na verdade pensava a todo momento.
Nem sei bem como é o amor, mas amo, e sinto.
Tenho saudade, uma saudade inquieta e incessante de nós.
Já chega, disse eu pra mim, despido, despojado e limpo. Convicto.
Dizia ele: É amargo como café sem açucar, o meu coração.
Querendo desencontrar, ela encontrou o amor.
Sinto saudades de tudo e de todos. Inclusive, às vezes, de mim!
Eu conseguia tê-la, dentro de mim, era pouco, mas bem mais do que eu merecia.
Tem coisas só nossas, sem tirar nem pôr, nossas, de mais ninguém.
Q'eu me descubra todas as vezes em que me perder, e sendo assim, que eu apenas volte a forma anterior, sem perdas, sem danos.
Foi ofuscado, se contorceu, envergou e ficou frágil. Mas nada que fosse suficiente para derrubar aquele amor puro e imaturo.
Seca, dentro e fora, cansada de sofrer, ela, desabrochava, então, um tom de ternura.
Um ontem mal resolvido, um amor errado e uma tristeza incurável.
Com alguns anos de atraso, prevejo, teria coragem de lhe falar sobre o meu amor.
No fundo, todos temos uma casca, um escudo próprio pra fugir das armadilhas do amor.
Amou, amou, amou, sofreu, deixou de amar, amou outra vez.