Chorou até as lágrimas secarem, levantou e não se permitiu lembranças nem recaídas, percebeu e aceitou sua partida. Chegou então a saudade.
Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?
Quem muito espera, se decepciona, menina.
E no fundo você só procura um motivo pra amar e acreditar novamente.
Arrastava-se entre um amor perdido, um amor doído e mal curado, mas tinha a esperança de um dia encontrar um amor de verdade.
E sozinho eu me encontro, debruçado nas janelas da vida, esperando, quem sabe, um amor passar e me invadir.
Que, agora, através do álcool eu possa sentir, de novo, o gosto de ser amado.
Era provocante, sedutora e fatal. Pior ainda, sabia disso.
Se doer - e de fato dói - guarde em segredo. E sorria, sorria.
Não havia tempo, horas, dias, anos. E, sem tempo não se tinha amor.
Talvez amor, talvez loucura. Nunca se sabe, dizia inconformada.
Gostaria de ver, nela, um pouco de afeto, afago, até amizade, ou quem sabe, amor.
Tenho uma carência de calor, uma urgência de amor, irremediável.
Mas amo, e amo sem motivo, isso é maior que qualquer força contrária.
E brilhava, tinha uma luz própria, uma forma de amar tão sincera.
Não se permitiria recaídas, estava decidida [...]
Se acalme, disse então. Quando a vontade for maior do que o orgulho, o amor vai desabrochar.
Tenho ficado velho, uma velhice de falta, falta de amor, de ânimo, sorriso e pessoas completas.
Confesso, depois de muito negar, amar por dois é medíocre, é abandono, é sofrido demais, zé.
Eu quero nós, juntos, ligados, agarrados; nós, firmes, atados.