Coleção pessoal de brendonfalara
Muitas vezes, quando acreditamos estar no caminho terapêutico "correto", o que enxergamos como soluções ou dissoluções são artifícios da mente, neocortex e totalmente racional. A verdadeira caminhada até a criança interna não faz sentido para as percepções da mente, pois a chave para a efetivação deste processo se dá através do coração.
O processo de contato com a Criança Interior é doloroso, delicado e complexo. Não dentro de uma esfera de vitimização, mas em um campo estreito que requer mudanças e quebra de sistemas, além de toda referência que nos foi introjetada. A expressão e o potencial interior só encontram caminho quando este caminho é destituído de traumas, sombras, medos e culpas.
Pare de pedir, pois o que você quer não é o que tua verdadeira essência deseja. Tua criança interna não espera dinheiro, bens e luxo. Ela espera que a verdadeira expressão do amor corra em suas veias, em seu campo energético e em tua intenção. Alinhando o poder interno, você percebe que neste exato momento já possui tudo que realmente precisa para esta jornada.
Ouvir o que os mestres da tua vida têm a dizer, ouvir o que Deus tem a te dizer, é silenciar o que você, ou melhor, o que teu ego deseja. Muitas vezes, a resposta que esperamos e não sabemos é silêncio. Mas existe uma "música" que vibra através do silêncio, e para escutarmos a beleza que ela nos oferece, é preciso silenciar tudo ao seu redor.
Autoconhecimento é um caminho que requer honestidade para consigo e responsabilidade integral das percepções que se tem do seu mundo externo. O espelho está diante de ti, olhe com amor e sinceridade para o que se apresenta em tua vida, pois tudo isso é você mesmo gritando para transcender este ciclo.
O poder do silêncio está disponível para todos os que estão cansados e sobrecarregados de máscaras e condicionamentos que foram introjetados ao longo de suas vidas. Este potencial é propulsor para nosso estado letárgico, sombrio e acomodado. O silêncio é uma virtude que presenteia a tua criança interna e abre possibilidades para uma verdadeira transformação.
É preciso neutralidade para que a mente não ofusque o eixo central da tua consciência. Este é responsável pela integração do bem e do mal, aquele que lhe oferece uma nova esfera de percepção a respeito de si e, consequentemente, da vida externa. Os padrões mudam quando a intenção se encaixa com as necessidades da tua própria criança interna.
Para iniciarmos uma jornada genuína junto à espiritualidade, precisamos destituir toda e qualquer percepção e julgamento, precisamos aniquilar dia após dia o Ego e seus devaneios. O caminho é estreito e difundido a uma mudança de padrões e hábitos. Comece pela base da tua essência e permaneça o tempo que for necessário neste lugar, para tomar consciência da estrada que teu Eu Superior lhe apresenta.
Quando forçamos algo em nossas vidas, a tendência é de que as sombras estão nos submetendo às suas próprias vontades, pois, para criar um distanciamento entre a verdadeira essência, o ego utiliza suas próprias ilusões e fantasias para que o julgo seja muitas vezes aceito.
Tudo aquilo que consumimos nesta peregrinação espiritual que realizamos durante a noite escura da alma não é a própria essência interior. Não se identifique com os elementos que se apresentam e nem coloque julgamento sobre nenhuma destas coisas. Além das percepções do Ego, está a própria chave da tua descoberta individual.
A telepatia é um dos mecanismos que possuímos, um domínio esquecido. Na medida em que estamos na busca pela integração da autorresponsabilidade e da espiritualidade, este processo ocorre de forma clara e lúcida. Silencie tua mente e escute os sinais do teu campo vibratório.
A competição por uma vida de ilusão cria um abismo entre tua própria essência. Esta separação será registrada em todas suas psicodinâmicas, padrões mentais e em seu próprio corpo. Um dia a ilusão acaba e estes carimbos se dissolvem ou dominam o teu ser por completo.
Em uma ótica pessoal, mental e rasa, o outro é a causa dos teus problemas. Numa percepção clarificada e sob um processo de individuação, o outro nada mais é do que o teu próprio reflexo, mostrando-lhe que a causa de todos os males é tua própria ignorância.