Coleção pessoal de bodstein
Pessoas que fazem a diferença são aquelas que têm um objetivo a atingir e uma causa por que lutar. Elas atuam como alavancas para todas as mudanças que acontecem no mundo.
As dificuldades existem para nos lembrar de todos aqueles milênios em que a natureza apostou em nós para nos converter de meros primatas bípedes em Homo Sapiens. Cada vez que você se deixa vencer por um problema, em vez de buscar pela solução, está reconhecendo que todo o investimento feito em você não valeu à pena.
Nao há nada errado no fato de uma pessoa ser burra. O que irrita são as burras desinformadas que adoram contestar as inteligentes que se informam.
Pobre da mente que precisa de um líder ocupando o espaço que deveria ser da consciência. Pobre do coração que dependa de um salvador para agir como deveria. Pobre do cidadão que precise de vigilância para não fazer aquilo que faz quando não tem ninguém olhando. Pobre do homem cuja lisura dependa de que outros a exaltem.
Entre as pessoas que mais admiro não estão as que declaram sua fé num deus, nem tampouco as que o rejeitam, mas aquelas que não hesitam em assumir a própria dúvida.
Descobrimos não contar com um um gestor público confiável quando, em vez de colocar foco nos resultados do que faz, ele ocupa seu tempo defendendo-se do que não faz, e acusando seus oponentes pelo que fazem.
Depois da primeira mentira todas as verdades ficam sob suspeita. Depois da décima, o empenho com desmentidos é pura perda de tempo.
Há um momento na vida em que olhamos para tudo o que fazíamos antes e descobrimos que, à exceção daquelas que verdadeiramente serviam de bálsamo para o espírito, 90% delas eram supérfluas, desnecessárias ou inúteis, e causa de todos os nossos problemas
A aposentadoria para mim nunca irá além de um papel me autorizando a ter de volta um pouco do que doei ao mundo, mas sem nunca interromper a contribuição que ainda quero dar à sociedade até o último dos meus dias. A forma como fiz e continuarei a fazê-lo é um detalhe tão insignificante quanto o papel pelo qual tomei ciência dela.
O ser e o ter são inversamente proporcionais entre si, e focar num deles implica em renunciar ao outro, já que caminham em sentidos opostos.
Opinião é um jeito de pensar. Inteligência também. Só que uma é escolha. A outra é inata: ou a temos, ou não a temos, o que divide o mundo em dois: o dos que pensam, e o dos que pensam que pensam, mas somente replicam. Ambos têm acesso à informação, mas o primeiro a torna útil.
O mestre que coloca a verdade acima do que sabe não se propõe a ensinar, mas a compartilhar suas ideias e instigar o aprendiz a refletir sobre elas.
Não se pode tomar como confiável qualquer conceito legado que nos chegue pela fé, pela formação de berço ou por livre transmissão entre pessoas antes de submetê-lo a cuidadoso processo de análise contextual e adequação temporal ao meio em que se queira inseri-lo, sob pena de consolidar distorções de viés dogmático que ameacem a prática da reflexão e do senso crítico.
O ateu se acredita privilegiado por ter chegado ao real entendimento sobre a origem da vida. O crente agradece a Deus por ter sido escolhido para conhecer toda a verdade sobre o universo. Já o sábio não contesta nenhum deles nem aposta em qual possa estar certo ao se perceber insignificante frente à vastidão: apenas assume sua dúvida como a opção mais sensata em relação à vida e honesta para si mesmo.
Nesta terceira e última fase da minha vida a prioridade é introduzir apenas o que pode simplificá-la e torná-la ainda mais gostosa de ser vivida. Tudo que foge a essa regra é colocado na fila do descarte.
Como ponto de equilíbrio entre o crer e o não crer, o mínimo que o bom-senso nos cobra é nos mantermos abertos para o mistério.
Não importa quão diminuta a dimensão da injustiça que lhe foi imposta. Cada vez que renunciamos ao resgate da verdade contribuímos de forma absurda para que ela se naturalize quando levada a outras milhões de pessoas.