Coleção pessoal de bodstein
Quando não se deseja admitir um fato o que não vai faltar é argumento para negá-lo, mesmo que isso contrarie toda lógica.
Não busque pelo sentido da vida, que ela por si mesma não tem. Dê antes um sentido à sua – que está sob seu controle – emprestando-lhe um propósito que a torne prazerosa e acolhedora.
Os afetos fazem com que desejemos confiar em todas as pessoas. Só que confiança não é uma escolha nossa, mas uma conquista delas.
Há pessoas que se guiam durante toda uma vida pelo padrão que lhes foi passado na infância e jamais se questionam se haveria uma forma melhor de viver suas experiências, como se fossem estanques e não tivessem relação entre si. Ao observador fica perceptível que nascem em determinado momento e deixam a vida como se o tempo não tivesse passado, tanto em autopercepção quanto nas mudanças que ocorreram em torno delas. Longevidade, portanto, nunca foi sinônimo de evolução.
Uma maldade nunca deixará de ser maldade apenas por estar respaldada na lei. Bom senso e equilíbrio devem prevalecer quando o que se busca é justiça.
Eu descobri que uma pessoa tomada pela paixão não irá me ouvir, por mais sensato que eu me mostre. A partir daí decidi que não perderia meu tempo tentando provar quem está certo.
Tem pessoas que revelam opiniões bastante firmes e imutáveis – aparentando segurança quanto ao que acreditam – quando tais “certezas” não vão além de inflexibilidade, subtraindo a visão sistêmica que lhes revelaria toda a complexidade por trás do objeto de suas afirmações. Isso porque rigidez nunca foi sinônimo de posse da verdade, o que cobra admitir o contraditório como possível de forma a mudar sempre que necessário, já que a verdade também troca de lados.
Um vida plena é aquela em que no período de plantio não se poupou esforço pra que a terra acolhesse cada semente; e chegado o tempo da colheita se tem os frutos ao alcance da mão para nos deliciar e garantir o sustento.
Conhece o velho ditado que se conselho fosse bom não se dava, se vendia? Concordo com ele em gênero, número e grau. Sempre tive ojeriza àqueles conselhos que me pedem como primeira opção, assim como os que me dão sem que os tivesse pedido. Quando peço é porque já esgotei minha capacidade de solução e aí toda ajuda é bem-vinda. e quando me pedem, pergunto se fizeram a mesma coisa, e então digo que vou trocar o conselho por alguma experiência para que o interessado reflita se serve pra ele ou não, já que pessoas diferentes podem chegar a resultados diferentes. Proporcionar reflexão é menos arriscado do que qualquer solução pronta.
Muitas pessoas à minha volta tomaram como verdade a existência de um deus; outras, ao contrário, assumiram sua inexistência como a lógica mais plausível. Minha pequenez, diante de algo tão grande, reagiu à posse arrogante da verdade e me sugeriu estar aberto a qualquer delas.
...E nem mesmo aquela dedicação mais profunda e abnegada – que resistiu ao tempo e à toda sorte de adversidades – consegue sobreviver à incontestável força de lideranças manipuladoras que transformam esses nichos político-religiosos em verdadeiras fábricas de fanáticos e inocentes úteis.
Cometo erros, sim. Alguns inclusive que reputo como imperdoáveis! O único ponto que lhes atenua a gravidade é sabê-los cometidos por minha conta e risco. O que os deixaria incontestavelmente detestáveis seria cometê-los a partir da cabeça alheia.
Calhordas se revelam pelo caráter, não pelos erros que todos cometemos. Daí que ninguém deveria ser tachado de canalha por esta ou aquela ação em particular, mas pelo conjunto da obra.
Até mesmo sua ação mais altruista poderá ser vista como mero desejo de agradar. Portanto, troque sua preocupação com a critica alheia pelo melhor que possa dar de si em tudo o que faça, já que pessoas insatisfeitas irão critica-lo até por ser essa a natureza delas.
Acreditar em toda narrativa que lhe trazem pode não revelar nada sobre a verdade de alguém, mas apenas que você não é tão esperto quanto imagina!
Só serás justo em teus julgamentos se usares tuas crenças apenas como ponto de partida, teus valores como referencial na busca pela verdade e tua integridade como maior fiadora da visão sistêmica que conquistaste, e da qual os simplórios são tão pobres.
É da natureza humana que esperemos, depois de partir, continuar vivos na lembrança de todos pela contribuição dada ao planeta e a obra construída durante a jornada para os que nos sucederem. Mas alguns – alheios ao sentido da vida e desprovidos da essência inerente à espécie humana – esforçar-se-ão por deixar a única marca que conseguem imprimir nas mentes dos que os conheceram: sua inesgotável capacidade de se mostrarem tóxicos a si mesmos, perniciosos ao ambiente que os rodeia e corrosivos para cada pessoa à sua volta!
O melhor que podemos fazer por nossa saúde física e mental é nunca perder a capacidade de rir de nós mesmos, especialmente naqueles momentos em que a vida parece se recusar a nos dar motivos pra sorrir.